🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

ONDE INVESTIR

O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje

Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
8 de novembro de 2024
8:02 - atualizado às 19:11
Baú de Tesouro na praia
Taxas dos títulos indexados à inflação são o verdadeiro 'tesouro' do momento. - Imagem: Shutterstock

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) mais uma vez elevou a taxa básica de juros na última quarta-feira (06), desta vez para 11,25% ao ano.

Essa escalada tende a aumentar o retorno oferecido pelos ativos de renda fixa, como os títulos públicos, aumentando a atratividade desses papéis e abrindo oportunidades de compra. Então o que comprar no Tesouro Direto agora que os juros estão ainda mais altos?

Em sua última newsletter de renda fixa, o analista Rafael Winalda, do banco Inter, faz basicamente três indicações de títulos públicos para comprar no Tesouro Direto levando em conta o cenário atual, mas destaca que os papéis indexados à inflação (Tesouro IPCA+) representam a grande oportunidade desse mercado hoje. Confira as recomendações:

1. Tesouro Selic: reserva de emergência ou caixa

    A primeira recomendação não poderia deixar de ser o Tesouro Selic, título pós-fixado indexado à taxa básica que configura o investimento mais conservador, não só do Tesouro Direto quanto de toda a economia brasileira.

    Como a Selic em 11,25% ao ano e perspectiva de novas altas, o retorno do Tesouro Selic está bastante elevado, e com expectativa de subir ainda mais.

    O analista Rafael Winalda destaca o retorno real (acima da inflação) que o Tesouro Selic vem oferecendo, além de lembrar que, por ter rendimento e liquidez diários, o papel caba sendo uma opção segura e prática para alocar a reserva de emergência e o caixa.

    Leia Também

    "O caixa pode ser considerada aquela parte da sua carteira destinada ao curto prazo. Seu percentual pode variar, a depender das condições de mercado: 5%, 10%, 15%, possibilitando fazer movimentações, ora aumentando, sendo mais conservador, ora diminuindo, aproveitando as oportunidades do momento", diz o analista.

    2. Tesouro IPCA+ 2045 ou Tesouro IPCA+ 2029: a grande oportunidade

    Para o Inter, aqui reside a grande oportunidade do momento entre os títulos públicos. Isso porque a média histórica da taxa prefixada (juro real) paga pelos títulos Tesouro IPCA+ com vencimentos superiores a 10 anos é um pouco inferior a 6% ao ano.

    Com uma taxa como essa, lembra Winalda, é possível dobrar o valor investido, em termos reais, a cada 12 anos. E, considerando uma inflação média de 4% ao ano, é possível dobrar o investimento em termos nominais (isto é, o valor total) a cada sete anos.

    Ou seja, 6% ao ano já é uma bela remuneração. Acontece que, agora, os títulos Tesouro IPCA+ oferecidos no Tesouro Direto estão rendendo quase 7% ao ano mais a variação da inflação. "As contas anteriores para dobrar o investimento caem para dez anos em termos reais e 6,5 anos em termo nominais. Com taxas mais altas, você compra tempo!", diz o analista.

    As taxas atuais estão em nível similar às de outros momentos de estresse de mercado, como a crise financeira de 2008/2009 e o impeachment de Dilma Rousseff em 2026. "No entanto, quando olhamos os indicadores macroeconômicos, como PIB, mercado de trabalho e inflação, não podemos dizer que estamos em momento de crise, o que abre uma oportunidade", acredita Winalda.

    Assim, o analista recomenda a compra de um título de vencimento longo, mais especificamente o Tesouro IPCA+ 2045, que hoje paga 6,66% ao ano mais a variação do IPCA pra quem ficar com ele até o vencimento, que é a ideia inicial da recomendação do Inter.

    O Tesouro IPCA+ 2045 é um dos papéis mais voláteis do Tesouro Direto hoje, experimentando grandes disparadas de preços em épocas de cortes de juros, mas também fortes quedas em tempos de alta nas taxas.

    Neste ano, por exemplo, este título já desvalorizou quase 14%, uma vez que sua taxa subiu forte, o que abriu essa oportunidade de compra.

    Devido ao prazo longo e à grande volatilidade do papel, o Inter recomenda que o investidor aloque apenas uma parte da sua carteira de renda fixa em Tesouro IPCA+ 2045.

    Para aqueles investidores que não tiverem um horizonte de investimentos tão longo ou tenham receio de comprar um ativo com um vencimento tão distante, a recomendação do banco Inter é o Tesouro IPCA+ 2029, que hoje remunera 6,81% + IPCA, a maior taxa entre os títulos públicos indexados à inflação.

    O risco desta opção, diz Winalda, é que quando o título vencer, em 2029, dificilmente o investidor conseguiria reinvestir os recursos a uma taxa igual ou superior, uma vez que janelas de oportunidade como a atual não se abrem a todo momento.

    3. Tesouro Prefixado curto: apenas uma pitada da carteira

    Entre os títulos prefixados, que pagam uma taxa nominal já conhecida na hora de investir, o Inter recomenda os papéis de vencimentos curtos, entre 12 meses e dois anos.

    Hoje em dia não há, no Tesouro Direto, papéis com esses prazos, então o investidor teria que adquiri-los no mercado secundário, via mesa de operações da sua corretora de valores.

    Os títulos prefixados são os mais arriscados, pois além de terem volatilidade, com preços que oscilam ao longo do tempo, eles não são indexados nem à taxa de juros, nem à inflação, ou seja, podem acabar não sendo bons investimentos se a Selic subir demais ou a inflação disparar.

    Assim, Rafael Winalda recomenda uma exposição de apenas 5% da carteira de renda fixa a prefixados.

    VEJA TAMBÉM: ONDE INVESTIR em NOVEMBRO com ELEIÇÕES NOS EUA e SITUAÇÃO FISCAL ALARMANTE

    COMPARTILHAR

    Whatsapp Linkedin Telegram
    TAXAÇÃO GERAL

    Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única

    9 de junho de 2025 - 11:59

    Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações

    COMPENSAÇÃO DO IOF

    Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas

    9 de junho de 2025 - 10:36

    Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda

    RENDA FIXA

    Neon lança CDB que rende até 150% do CDI, de olho em novos clientes; veja como investir

    4 de junho de 2025 - 15:49

    Os Certificados de Depósito Bancário tem aporte mínimo de R$ 100; promoção será válida por dois meses

    MAIS UMA

    Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda

    26 de maio de 2025 - 19:41

    Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale

    EMISSÃO BILIONÁRIA

    Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos

    22 de maio de 2025 - 20:31

    Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais

    COLHER DE CHÁ

    CMN reduz prazo de carência de LCIs e LCAs de nove para seis meses, mas fecha um pouco mais o cerco a CRIs, CRAs e CDCAs

    22 de maio de 2025 - 19:22

    Órgão afrouxa restrição imposta em fevereiro de 2024 a LCIs e LCAs, mas aperta um pouco mais as regras para outros títulos isentos de imposto de renda

    SIMULAÇÃO

    Vencimento de Tesouro IPCA+ paga R$ 153 bilhões nesta semana; quanto rende essa bolada se for reinvestida?

    15 de maio de 2025 - 7:30

    O Seu Dinheiro simulou o retorno do reinvestimento em novos títulos Tesouro IPCA+ e em outros papéis de renda fixa; confira

    CRÉDITO PRIVADO

    Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?

    12 de maio de 2025 - 15:17

    Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje

    NOVO AUMENTO

    Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

    7 de maio de 2025 - 19:15

    Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

    O QUE COMPRAR

    Onde investir na renda fixa em maio: Tesouro IPCA+ e CRA da BRF são destaques; indicações incluem LCA e debêntures incentivadas

    6 de maio de 2025 - 18:30

    Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos recomendam comprar na renda fixa em maio, especialmente entre os ativos isentos de IR

    OBRIGADO, TRUMP!

    Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal

    6 de maio de 2025 - 12:58

    Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil

    NOVOS FORMATOS

    Criptoativos de renda fixa: tokens de crédito privado oferecem retorno de até CDI+4% ao ano; é seguro investir?

    4 de maio de 2025 - 9:02

    Empresas aproveitam o apetite do investidor por renda fixa e aumentam a oferta de criptoativos de dívida, registrados na blockchain; entenda os benefícios e os riscos desses novos investimentos

    DINHEIRO NO BOLSO

    Tesouro Direto pagará R$ 153 bilhões aos investidores em maio; veja data de pagamento e qual título dá direito aos ganhos

    1 de maio de 2025 - 16:37

    O valor corresponde ao vencimento de 33,5 milhões de NTN-Bs, que remuneram com uma taxa prefixada acrescida da variação da inflação

    VALE O RISCO?

    CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário 

    15 de abril de 2025 - 19:26

    Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam

    O PAÍS DA RENDA FIXA

    As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR

    15 de abril de 2025 - 14:32

    Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem

    VALE A PENA?

    Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA

    9 de abril de 2025 - 18:35

    Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual

    ONDE INVESTIR

    Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados

    9 de abril de 2025 - 8:12

    O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês

    NEM QUE ME PAGUE

    CDBs do Banco Master pagam até 160% do CDI no mercado secundário após investidores desovarem papéis com desconto

    7 de abril de 2025 - 17:48

    Negócio do Master com BRB jogou luz nos problemas de liquidez do banco, o que levou os investidores a optarem por resgate antecipado, com descontos de até 20%; taxas no secundário tiram atratividade dos novos títulos emitidos pelo banco, a taxas mais baixas

    ABAIXO DO PREÇO

    O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa

    3 de abril de 2025 - 14:53

    Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”

    REDUÇÃO DE RISCO?

    Banco Master diminui taxas de CDBs em meio à possível compra pelo BRB; veja como ficam as remunerações agora

    2 de abril de 2025 - 19:13

    O grupo Master já soma R$ 52 bilhões em CDBs investidos, mas o Banco de Brasília assumiria apenas uma parte desse passivo — que agora pode aumentar ainda mais

    Menu

    Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

    Fechar