Meu CRI, Minha Vida: em operação inédita, Opea capta R$ 125 milhões para financiar imóvel popular de clientes da MRV
A Opea Securitizadora e a fintech EmCash acabam de anunciar a emissão do primeiro CRI voltado ao financiamento de unidades lançadas pela MRV dentro do programa habitacional do governo federal

Desde que foram criados, há quase três décadas, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) ganharam tração e passaram a financiar boa parte do mercado imobiliário brasileiro. Havia, porém, um território importante do setor onde os títulos de securitização ainda não tinham fincado sua bandeira: os imóveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Mas isso acaba de mudar: a Opea Securitizadora e a fintech EmCash anunciaram nesta terça-feira (16) a emissão do primeiro CRI voltado ao financiamento de unidades lançadas pela MRV (MRVE3) dentro do programa habitacional do governo federal.
O título, cuja remuneração é de IPCA + 11,5% ao ano, financiará R$ 125 milhões do chamado pro soluto — um percentual do valor do imóvel, geralmente correspondente à entrada, que não é financiado pela Caixa Econômica Federal e deve ser pago diretamente às construtoras.
De acordo com as companhias, o objetivo da estrutura é oferecer uma alternativa para melhorar a alocação de capital e reduzir o risco de inadimplência das incorporadoras.
"Com essa solução, ao invés da construtora continuar financiando o pro soluto, a fintech passará a financiar as pessoas físicas e será responsável pela cobrança, gestão e operação do crédito", diz Lucas Drummond, head de relações institucionais da Opea, em nota enviada à imprensa.
- Investimento em imóveis residenciais ainda vale a pena em 2024? Veja o que dizem os maiores players e especialistas do setor imobiliário
O "modelo" do CRI Minha Casa Minha Vida
A operação funcionou da seguinte forma: a Emcash, que conecta investidores e tomadores de crédito, emitiu uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) a uma taxa de IPCA + 0,89% ao mês para cada um de mais de três mil clientes da MRV.
Leia Também
Segundo a fintech, as CCBCs são um instrumento de crédito "muito mais robusto" do que os contratos de confissão de dívida pro soluto já utilizados, pois permitem a inclusão de fiadores e são comunicados ao Banco Central.
Depois, as cédulas serviram de lastro para um CRI da Opea que foi posteriormente vendido a um fundo imobiliário da B3. "Essa primeira operação foi direcionada a clientes da MRV, que receberá parte do financiamento à vista, mas o produto foi modelado para ser replicável e escalável”, diz Drummond.
- LEIA TAMBÉM: MRV (MRVE3) vê melhor momento da história para o Minha Casa Minha Vida com novas regras e FGTS Futuro
Vale destacar que, diferente de vendas da carteira pro soluto das incorporadoras, o CRI não foi estruturado diretamente com a MRV, mas sim em uma emissão pulverizada de clientes que compraram imóveis da construtora e buscaram uma nova opção para financiar a entrada das unidades.
“Essa abordagem pioneira não apenas abre novas perspectivas de investimento, mas também promove uma mudança significativa na maneira como o mercado tradicional opera, representando um marco significativo na evolução e modernização do setor", afirma Guilherme Maia, sócio-fundador da EmCash.
Foguete não tem ré? A ação que dobrou de valor este ano, mas ainda está barata e pode subir mais um bocado, segundo o Itaú BBA
Por que a ação da Moura Dubeux segue descontada depois de uma alta de quase 120% e quais são as perspectivas do Itaú BBA
MRV (MRVE3): O que explica a disparada que fez a empresa ter a maior alta da semana no Ibovespa? Quem mais brilhou?
As ações da MRV terminaram semana com uma forte alta na bolsa de valores. Do outro lado, Vamos (VAMO3) teve a maior queda
Fundo imobiliário Tordesilhas EI (TORD11) volta a despencar mais de 10% após realizar grupamento de cotas; FII tem sido criticado por cotistas
A operação não é exatamente uma novidade: o FII já havia anunciado o grupamento em abril
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Enquanto a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida ganha holofotes, faixa 3 é a “novidade” na Tenda (TEND3), segundo o CFO
Seu Dinheiro conversou com Luiz Mauricio Garcia, CFO da Tenda, sobre Minha Casa Minha Vida, cenário macro, avenidas de crescimento para a empresa, Alea e mais; confira
Fundo imobiliário de galpões é o novo favorito dos analistas, que veem oportunidade de compra com desconto; veja os FIIs preferidos para junho
Apesar de a alta da taxa Selic assustar os investidores, um FII de tijolo rouba a cena e recebe três indicações dos bancos e corretoras procurados pelo Seu Dinheiro
A Cury (CURY3) vai subir mais? Lançamentos e bons resultados no 1T25 fazem Santander revisar o preço-alvo das ações
Além dos resultados dos três primeiros meses do ano, o banco levou em conta a expectativa de aumento no ritmo de novas unidades da construtora
URPR11 reduz dividendos com estratégia de retenção dos lucros e cai mais de 7% na bolsa hoje; entenda os planos do FII
A redução nos proventos já estava no radar do mercado desde o fim de março, mas os cotistas lidam com uma queda maior do que era esperado
FII de hotéis lidera alta do Ifix: cotas sobem mais de 4% após anúncio de distribuição de dividendos
A animação dos investidores vem na esteira do anúncio de um aumento de 92% na distribuição de proventos em relação ao mês anterior
Crédito para habitação popular: Caixa lança linha que financia até 100% do custo para construtoras
Nova linha permite financiar terreno e obra em projetos de até R$ 350 mil; banco espera liberar R$ 5,8 bilhões ainda em 2025
VISC11 aumenta participação em shopping e abocanha mais de 36% do imóvel por R$ 119 milhões
A compra da participação no Shopping Paralela, em Salvador, será realizada através das cotas de um outro fundo imobiliário
Mais risco = mais retorno? Nem sempre. No mercado de fundos imobiliários, o buraco tem sido mais embaixo; entenda
Levantamento do BTG Pactual e da Empiricus Research revelou que carteira de FIIs com menor volatilidade apresentou melhor desempenho do que o CDI acumulado
Xô, penny stock: PDG Realty (PDGR3) recebe novo enquadro da B3 e terá que fazer mais um grupamento de ações
Após meses negociando as ações PDGR3 na casa dos centavos na bolsa brasileira, a incorporadora tentará outra vez aumentar as cotações dos papéis
Fundo imobiliário que integra o TRX Real Estate (TRXF11) vende imóvel alugado pelo Assaí por R$ 69 milhões
O ativo está localizado em Teresina (PI) e, atualmente, é alugado pela rede de atacarejo, com um contrato de locação na modalidade atípica
Tijolo por tijolo: Ibovespa busca caminho de volta a novos recordes em meio ao morde-assopra de Trump e feriado nos EUA
Depois de ameaçar com antecipação de tarifas mais altas à UE, agora Trump diz que vai negociar até 9 de julho
A estratégia da Cury (CURY3) que impulsiona as ações em 75% no ano e coloca dividendos no bolso do acionista, segundo o CFO
Seu Dinheiro conversou com João Carlos Mazzuco sobre a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, dividendos, cenário macro e mais; confira
Bairro de São Paulo tem o condomínio mais caro das regiões Sul e Sudeste, cobrando quase o triplo da média da cidade
Levantamentos sobre custo dos condomínios revelam que, apesar do alto preço, a capital paulista tem o índice de inadimplência condominial menor que a média nacional
Patria estreia no segmento de shopping centers com a compra de 6 FIIs da Genial com R$ 2,5 bilhões em ativos
A Genial também já tem planos para os recursos obtidos com a venda, que ainda está sujeita à aprovação do Cade e dos cotistas dos fundos
Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio
Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos
Nova moda: fundos imobiliários negociados fora da bolsa têm atraído investidores, mas valem a pena? Conheça os fundos cetipados
Os fundos cetipados proporcionam um maior conforto para o investidor em relação à volatilidade das cotas e vêm chamando a atenção do mercado com o ciclo de alta dos juros no Brasil; mas a liquidez é um forte ponto negativo