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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

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Tesouro Direto em outubro: títulos públicos indexados à inflação se encaminham para fechar o ano entre os piores investimentos de 2024

Em compensação, taxas dos papéis Tesouro IPCA+ beiram os 7% ao ano acima da inflação para quem os adquirir agora, patamar extremamente atrativo

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
29 de outubro de 2024
19:43 - atualizado às 18:18
gráfico de preços em queda
Imagem: Shutterstock

Os títulos públicos prefixados e indexados à inflação tiveram mais um mês difícil no Tesouro Direto, fechando outubro em queda em quase todos os vencimentos. Apenas os de prazos mais curtos (vencimentos em 2025 e 2026) conseguiram se salvar e fechar o mês no azul.

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Com isso, depois de um 2023 estelar, os papéis Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ se encaminham para terminar 2024 entre os piores investimentos do ano, principalmente títulos atrelados à inflação, que nos vencimentos mais longos já tombam quase dois dígitos no acumulado de janeiro a outubro.

Em 12 meses, a maioria dos títulos mantém resultado positivo, mas os mais longos já se aproximam do zero a zero.

Quem vai despontando como um dos melhores investimentos do ano é o bom e velho Tesouro Selic, que já sobe mais de 9% em 2024 e mais de 11% em 12 meses. Veja na tabela a seguir o desempenho dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto em outubro, no ano e em 12 meses:

TítulosÚltimos 30 diasNo ano12 meses
Tesouro Selic 20290,86%9,16%11,25%
Tesouro Selic 20270,84%9,16%11,20%
Tesouro Prefixado 2027-0,47%--
Tesouro IPCA+ 2029-0,47%0,93%5,73%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035-2,03%--
Tesouro Prefixado 2031-2,22%--
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035-2,43%-2,43%3,71%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-3,25%-3,91%2,96%
Tesouro IPCA+ 2035-3,94%-6,28%0,76%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-4,11%-7,80%0,76%
Tesouro IPCA+ 2045-6,80%-14,31%-5,98%
Fonte: Tesouro Direto. Fechamento em 29/10/2024.

Tesouro IPCA+ já paga quase 7% ao ano acima da inflação

O aumento contínuo dos juros futuros nos últimos meses levou a uma elevação nas taxas oferecidas pelos títulos prefixados e indexados à inflação e, consequentemente, a uma desvalorização dos preços de mercado dos papéis. Afinal, quando os juros sobem, os preços destes tipos de títulos caem.

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É claro que esse desempenho negativo só é realizado por quem vender os papéis antes do vencimento, pois quem ficar com eles até o fim do prazo receberá exatamente a remuneração contratada na compra.

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Mas quem apostava na continuidade da queda dos juros futuros para ter um ganho pontual com Tesouro IPCA+ ou Tesouro Prefixado com certeza ficou bastante decepcionado.

Quem comprou, por exemplo, um Tesouro IPCA+ 2035 em janeiro, contratou uma taxa em torno de 5,30% ao ano acima da inflação, o que já não é nada mau.

Se esta pessoa, no entanto, esperava lucrar com a valorização do título, com a expectativa de cortes de juros no Estados Unidos e de uma Selic de um dígito no Brasil – cenário esperado no início do ano – teve uma perda até agora de mais de 6%.

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Não só o afrouxamento monetário norte-americano demorou mais que o esperado para começar como, por aqui, a Selic teve que voltar a subir, na medida em que o crescimento econômico continuou resiliente e a inflação voltou a incomodar, tornando a esbarrar no limite superior da meta.

Quem adquirir o mesmo Tesouro IPCA+ 2035 hoje consegue contratar um retorno de 6,77% ao ano acima da inflação até o vencimento.

Risco fiscal continua pressionando os juros futuros

O que mais pesa nos juros futuros brasileiros agora que o Federal Reserve iniciou seu ciclo de cortes de juros é realmente o risco fiscal do país.

A falta de um plano, por parte do governo, de realmente cortar as despesas, num cenário em que o crescimento da economia é justamente turbinado pelo gasto público, deixa o mercado com o pé atrás em relação à inflação e ao risco-país, levando os juros a subirem em praticamente toda a curva.

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Com isso, vimos, recentemente, os títulos prefixados voltarem a pagar o famigerado retorno de 1% ao mês que o brasileiro tanto gosta, o qual havia sido abandonado durante o ciclo de cortes na Selic.

Quem comprar os prés disponíveis no Tesouro Direto hoje conseguirá retornos de quase 13% ao ano, caso eles sejam levados ao vencimento.

Os títulos Tesouro Selic, por sua vez, estão se beneficiando justamente do novo ciclo de alta da taxa básica de juros, que pode levá-la novamente acima dos 12% ou 13% ao ano, segundo algumas projeções.

Retornos do Tesouro Direto estão atrativos

Rendimentos acima de 6% ao ano nos títulos Tesouro IPCA+ e de 10% ao ano nos prefixados são tipicamente considerados atrativos para compra, pois costumam indicar patamares de retornos bastante elevados, vistos quando os juros futuros estão pressionados.

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Assim, para quem visa formar uma poupança de longo prazo, especialmente no caso dos papéis indexados à inflação, o momento é atrativo para comprar e levar ao vencimento, mas é preciso lembrar que esses títulos são voláteis e seus preços sacodem bastante no curto prazo.

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