Toda unanimidade é burra? Mercado passa a ver 100% de chance de corte de juros nos EUA em setembro
Há um mês, as probabilidades de que os juros fossem reduzidos em setembro eram de cerca de 70%; entenda o que mudou de lá para cá e entenda se a redução ds juros está mesmo garantida
					Toda unanimidade é burra. A frase famosa atribuída ao escritor brasileiro Nelson Rodrigues é colocada em xeque pelo mercado financeiro. Nesta terça-feira (16), as apostas no corte de juros nos EUA em setembro alcançaram os 100%.
Elas estão divididas da seguinte forma, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group:
- 93,3% enxergam um corte de 0,25 ponto percentual (pp), o que colocaria a taxa referencial norte-americana entre 5% e 5,25% em setembro, dos atuais 5,25% a 5,5%;
 - 6,7% veem a chance de que os juros sejam reduzidos em meio ponto percentual mais baixa em setembro. Juntas, as chances vão a 100%.
 
Há um mês, as probabilidades de que os juros fossem reduzidos em setembro eram de cerca de 70%.
Vale lembrar que a ferramenta FedWatch calcula as probabilidades com base na negociação de contratos de juros futuros na bolsa, com os traders fazendo apostas sobre o nível da taxa referencial em 30 dias — na prática, é um reflexo de onde os traders estão investindo seu dinheiro.
- Você está preparado para ajustar sua carteira? Descobrimos as principais recomendações dos analistas da Empiricus Research no novo episódio do “Onde Investir”; confira aqui
 
O gatilho para o corte de juros em setembro
O catalisador para a mudança nas apostas de corte de juros nos EUA foi o índice de preços ao consumidor de junho da semana passada, que mostrou uma queda de 0,1% em relação ao mês anterior — o que colocou a taxa de inflação anual em 3%, a mais baixa em três anos.
As recentes sugestões do presidente do Fed, Jerome Powell, também consolidaram a crença dos traders de que o banco central norte-americano agirá até setembro.
Leia Também
Como uma vila de pescadores chegou a 18 milhões de habitantes em menos de 50 anos
Na segunda-feira (15), Powell disse que o Fed não esperaria que a inflação chegasse à meta de 2% para começar a cortar a taxa referencial devido aos efeitos defasados da política monetária.
Na ocasião, Powell afirmou que o banco central norte-americano busca maior confiança de que a inflação retornará ao nível de 2%. Você pode conferir as principais declarações de Powell aqui.
“O que aumenta essa confiança são mais dados bons sobre a inflação e, ultimamente, temos obtido alguns desses dados”, acrescentou Powell.
A próxima reunião do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) acontece nos dias 30 e 31 de julho. Depois, o Fomc volta a se encontrar em 17 e 18 de setembro.
SE TRUMP VENCER AS ELEIÇÕES, ELE VAI BATER DE FRENTE POWELL?
Toda unanimidade é burra?
Se Nelson Rodrigues tinha razão, no caso dos juros dos EUA, só saberemos em setembro. Mas fato é que enquanto o mercado eleva as apostas a 100% para o começo do afrouxamento naquele mês, os economistas divergem sobre o momento do início do novo ciclo.
Ao participar do podcast Touros e Ursos, o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, por exemplo, diz que nenhum fundamento técnico aponta para a necessidade de um corte de juros em setembro, lembrando que a inflação está em 3% nos EUA.
“As condições para o afrouxamento não estão totalmente postas à mesa. O Powell não teve um ciclo deflacionário claro, que justifique um movimento do Fed. E mesmo que tivesse, talvez o caminho ideal fosse começar um afrouxamento monetário sob a óptica da liquidez e só depois pensar na taxa de juros”, diz.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
 
Piccioni faz referência ao quantitative tightening, operação que vem sendo conduzida pelo BC norte-americano para enxugar a liquidez da pandemia — quando a autoridade monetária despejou bilhões de dólares para manter o mercado funcionando.
Carl Weinberg, economista-chefe da High Frequency Economics, vai na mesma linha. Segundo ele, nada está garantido diante da força da economia norte-americana, que segue se expandindo com os juros no maior nível em mais de duas décadas, a 5,25% e 5,50% ao ano.
“[Powell] deu a entender que nada pode mudar na política monetária já que a economia está em pleno emprego, com a inflação onde o Fed quer que esteja e crescendo bem. Por que você iria querer cortar as taxas nessas circunstâncias?”, questionou Weinberg ao “Squawk Box Europe” da CNBC na semana passada.
Argentina lança moeda comemorativa de gol de Maradona na Copa de 1986 — e os ingleses não vão gostar nada disso
Em meio à histórica rivalidade com a Inglaterra, o Banco Central da Argentina lança uma moeda comemorativa que celebra Diego Maradona na Copa de 1986
Juros voltam a cair nos EUA à sombra da falta de dados; ganho nas bolsas dura pouco com declarações de Powell
Enquanto o banco central norte-americano é iluminado pelo arrefecimento das tensões comerciais entre EUA e China, a escuridão provocada pelo shutdown deixa a autoridade monetária com poucas ferramentas para enxergar o caminho que a maior economia do mundo vai percorrer daqui para frente
João Fonseca no Masters 1000 de Paris: onde assistir e horário
João Fonseca entra em quadra nesta quarta-feira (29) pela segunda rodada do Masters 1000 de Paris, na França
Cachoeira, cinema 24h e jacuzzi com vista: o melhor aeroporto do mundo vai muito além do embarque e do desembarque
Da cachoeira mais alta do mundo a suítes com caviar e fragrâncias Bvlgari, o luxo aéreo vive um novo auge nos aeroportos da Ásia
Por que a emissão de vistos de turismo e negócios para brasileiros continua mesmo com o ‘shutdown’ nos EUA
A Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil informam que os vistos de turismo e negócios seguem em processamento
A nova Casa Branca de Trump: uma reforma orçada em US$ 300 milhões divide os EUA
Reforma bilionária da Casa Branca, liderada por Trump, mistura luxo, política e polêmica — projeto sem revisão pública independente levantou debate sobre memória histórica e conflito de interesses
Mercado festeja vitória expressiva de Milei nas eleições: bolsa dispara e dólar despenca; saiba o que esperar da economia argentina agora
Os eleitores votaram para que candidatos ocupem 127 posições na Câmara dos Deputados e 24 assentos no Senado, renovando o Congresso da Argentina, onde Milei não tinha maioria
Garoto de ouro: João Fonseca já soma R$ 13 milhões em prêmios e entra para o top 30 da ATP aos 19 anos
Aos 19 anos, João Fonseca conquista seu primeiro título de ATP 500, entra para o top 30 do ranking mundial e já soma R$ 13 milhões em prêmios na carreira
Máquina de guerra flutuante: conheça o porta-aviões enviado pelos EUA à costa da Venezuela e que ameaça a estabilidade regional
Movido por reatores nucleares e equipado com tecnologia inédita, o colosso de US$ 13 bilhões foi enviado ao Mar do Caribe em meio à escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela
A motosserra ronca mais alto: Javier Milei domina as urnas das eleições legislativas e ganha fôlego para acelerar reformas na Argentina
Ao conseguir ampliar o número de cadeiras no Congresso, a vida do presidente argentino até o fim do mandato, em 2027, deve ficar mais fácil
EUA e China costuram acordo sobre terras raras e tarifaço às vésperas do encontro entre Trump e Xi Jinping; veja o que foi discutido
As operações do TikTok nos EUA também foram pautadas no encontro das equipes econômicas norte-americana e chinesa
Argentina decide futuro do governo de Javier Milei nas eleições deste domingo; entenda o que está em jogo
O partido de Milei, o La Libertad Avanza (LLA), busca conquistar ao menos um terço dos assentos na Câmara de Deputados e no Senado
Roubo de joias no Museu do Louvre: polícia da França prende dois suspeitos, mas peças não são encontradas
Apesar da prisão dos suspeitos, a França — e o mundo — pode nunca mais ver as joias, segundo especialistas
O dia em que a Mona Lisa desapareceu: o crime que consolidou a pintura de Da Vinci como ícone mundial da arte
O desaparecimento da Mona Lisa em 1911 mudou para sempre o destino da obra de Leonardo da Vinci. Entenda como o roubo no Louvre fez do quadro o símbolo mais famoso da arte mundial
Como é o charmoso vilarejo italiano que fica perto de Florença e promete pagar metade do aluguel para você morar lá
Com pouco menos de mil habitantes, Radicondoli, na Toscana, oferece subsídios para compra de imóveis, aluguel e até abertura de negócios
Além do fundador da Binance, confira outros 3 perdões de Donald Trump
Mais de 1500 pessoas já foram perdoadas por Donald Trump, apenas em 2025. Relembre alguns dos casos mais icônicos
O crime perfeito que não aconteceu: pintura de Picasso é encontrada e polícia revela o motivo do misterioso desaparecimento
A pintura de Picasso deveria estar em exibição desde 9 de outubro, mas, dez dias depois, foi oficialmente dada como desaparecida. Mas o que aconteceu, na realidade?
É por causa de 30 centavos? O plano da Amazon para substituir 600 mil funcionários por robôs
A gigante fundada por Jeff Bezos tem planos ambiciosos para o futuro do trabalho, automatizando as operações e reduzindo custos
China vs. Estados Unidos: começou uma nova guerra fria? O que está em jogo na disputa entre Trump e Xi
Convidado desta edição do podcast Touros e Ursos, Hsia Hua Sheng, vice-presidente do Bank of China (Brasil) S.A. e professor da FGV, comenta os impactos da disputa e se ela pode afetar a reaproximação entre Brasil e EUA
Trump quer Coca-Cola com açúcar “de verdade” — e o Brasil pode acabar ajudando a adoçar o ícone americano
O refrigerante 100% americano pode acabar com um ingrediente made in Brazil