Quem foi Ratan Tata, magnata morto aos 86 anos que liderou o maior conglomerado empresarial da Índia
À frente do grupo, Tata foi responsável por transformá-lo em um império global por meio de uma série de negócios de destaque, como as aquisições da Jaguar e da Land Rover

O magnata indiano Ratan Tata, ex-presidente do Grupo Tata, maior conglomerado empresarial da Índia, morreu aos 86 anos, segundo comunicado divulgado pela empresa nesta quarta-feira (9).
O presidente do grupo, Natarajan Chandrasekaran, afirmou em declaração que Tata foi “um líder verdadeiramente incomum, cujas contribuições imensuráveis moldaram não apenas o Grupo Tata, mas também a própria estrutura de nossa nação”.
Fundado em 1868 por Jamsetji Tata, o Grupo Tata é um dos maiores e mais influentes conglomerados industriais da Índia, tendo iniciado suas atividades ainda sob o domínio britânico no país em setores como o têxtil e o de hotelaria.
Ao longo dos anos, o grupo se diversificou para incluir indústrias como aço, energia, telecomunicações, automóveis e tecnologia da informação.
A Tata Steel, fundada em 1907, tornou-se uma das maiores produtoras de aço do mundo, enquanto a Tata Consultancy Services (TCS) emergiu como líder em serviços de TI.
LEIA MAIS: Conheça a ferramenta que ajuda traders iniciantes a buscar renda média de até R$ 680 por dia
Leia Também
O herdeiro do império Tata
Ratan Tata nasceu em Mumbai (antiga Bombaim) em 28 de dezembro de 1937 e foi criado por sua avó após o divórcio de seus pais, Naval e Sooni Tata, quando ele tinha 10 anos.
Considerado um homem discreto e com muita experiência profissional, o magnata se formou em arquitetura em 1962 pela Universidade americana de Cornell e fez mestrado em administração de empresas (MBA) pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Também sabia tocar piano e jogou críquete. Tata nunca se casou e não teve filhos.
Embora quisesse permanecer na Califórnia, Ratan teve de retornar à Índia por conta da saúde de sua avó. Lá, ele recebeu uma proposta para trabalhar na IBM, mas o então presidente da Tata Sons e tio, J.R.D Tata, o convenceu a trabalhar no grupo em 1962.
Desde então, passou por várias unidades antes de ingressar na gestão na década de 1970 e assumir o controle do conglomerado em 1991 como sucessor do tio.
À frente do grupo, Ratan Tata foi responsável por transformá-lo em um império global por meio de uma série de negócios de destaque, subvertendo a lógica colonial da Índia.
Em 2008, por meio da Tata Motors, o empresário adquiriu as marcas de luxo Jaguar e Land Rover em um acordo de US$ 2,3 bilhões (R$ 12,8 bilhões) com a Ford.
Um ano antes, no Reino Unido, ele havia adquirido a siderúrgica anglo-holandesa Corus por 10,6 bilhões de euros (R$ 64 bilhões), a maior compra realizada no exterior por uma empresa indiana.
Com as aquisições, Tata ficou conhecido como um dos empresários mais importantes da Índia e desde 1999 usava sua influência no mundo para expandir o próprio conglomerado.
Ratan Tata comandou o grupo durante 21 anos e se aposentou em 2012. Ele retornou como chefe interino por alguns meses em 2016 após a saída de seu sucessor, Cyrus Mistry.
Além de automóveis, hoje o conglomerado produz desde café, chá e sal até a operação de companhias aéreas e superapps. Atualmente, o grupo opera em mais de 100 países e registrou R$ 165 bilhões em receita no ano encerrado em março de 2024. São 114 companhias e filiais, sendo 27 empresas listadas na bolsa de valores.
Como investidor, Ratan Tata tinha participações em empresas do mundo todo, como o fabricante de café americano Eight O'Clock Coffee e a montadora sul-coreana Daewoo. Nos últimos anos, Tata foi um defensor de startups, como a indiana Ola Electric Mobility, que teve um IPO bem-sucedido este ano, e a plataforma de rede social Goodfellows.
Batalhas pelo controle do grupo e ataque terrorista
Durante sua gestão no grupo, o empresário esteve envolvido em disputas pelo controle do conglomerado. Em 1991, quando assumiu a presidência, Ratan enfrentou executivos de longa data que administravam feudos dentro do conglomerado sob seu predecessor.
Em 2016, o executivo teve que lutar pela preservação de seu legado, enquanto Cyrus Mistry, presidente do Tata Sons, principal holding do grupo, tentava reduzir a dívida da companhia. Mistry, que faleceu em 2022, acabou destituído do cargo, desencadeando uma batalha judicial que quase encerrou a parceria de 70 anos com a família Mistry.
Em 2008 terroristas atacaram o hotel do grupo, o Taj Mahal Palace, localizado em frente ao Portal da Índia em Mumbai, como parte de uma ofensiva mais ampla na cidade. Durante o cerco de quatro dias, 31 pessoas, incluindo 11 funcionários, morreram nos ataques.
*Com informações da Bloomberg
Trump afirma que EUA podem se envolver no conflito entre Israel e Irã e que troca de ataques pode ‘forçar’ um acordo
Quando questionado, o republicano negou que haja um prazo para o Irã voltar à mesa de negociações
Negociações nucleares são ‘injustificáveis’ após ataques de Israel, afirma Irã; veja as atualizações do conflito que entra no seu terceiro dia
Escalada das tensões levou ao cancelamento das negociações sobre o programa nuclear iraniano, que poderiam oferecer uma solução para a crise
Líderes e autoridades mundiais se posicionam sobre o conflito entre Irã e Israel; veja as declarações
Aliados e rivais de ambos os países expressam preocupação com a escalada de tensões e pedem moderação para resolver o embate
Irã “vai queimar”, afirma Israel; veja as últimas atualizações do conflito e quais os impactos para a economia global
A ofensiva israelense matou líderes militares iranianos e cientistas nucleares de alto escalão e mercado acompanham conflito com apreensão
O visto de US$ 5 milhões: EUA abrem inscrição para quem quer ter um Trump card
Se você não tem essa quantia, calma — o governo norte-americano tem outra opção, mas as exigências são elevadas
Vão voltar às boas? A nova declaração de Elon Musk que pode mudar os rumos da briga pública com Donald Trump
Há quem diga que um deles pode retomar a amizade depois de declarar arrependimento das declarações recentes
Trump anuncia conclusão de acordo entre EUA e China: ‘O relacionamento está excelente!’
Tarifas, no entanto, permanecem; veja o que disse o presidente americano na sua rede social, Truth Social
Sem prazo para acabar, mas com estratégia sem precedentes: os bastidores das negociações entre EUA e China em Londres
As negociações entre os representantes dos dois países acontecem depois que Trump manteve uma longa conversa por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping
Elon Musk que se cuide! No hall da fama da WWE: a saga de Donald Trump nos ringues
O bilionário sul-africano talvez não saiba, mas a briga que ele está puxando é com uma verdadeira lenda certificada dos ringues
Bastidores revelados: o que Trump e Xi conversaram por mais de uma hora em meio à guerra de tarifas
Após meses sem contato direto, presidentes da China e dos EUA conversam por telefone sobre comércio entre as duas potências — mas não foi só isso
Presidente dos EUA quebra o silêncio e Musk dispara: “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”
Briga entre Elon Musk e Donald Trump esquenta nesta quinta-feira (5); acusações envolvem subsídios para veículos elétricos, comando da Nasa e suposta “ingratidão” presidencial
A nova tacada de Milei para os argentinos tirarem o dólar debaixo do colchão
A grana guardada não é pouca: o Instituto Nacional de Estatística e Censo estima que US$ 246 bilhões estão fora do sistema bancário do país
Em clima de guerra: Elon Musk se junta à oposição e intensifica ataques ao plano econômico de Donald Trump
Após deixar o governo, Musk amplia críticas ao pacote orçamentário de Trump; bilionário fala em “escravidão por dívidas” e confronta presidente dos Estados Unidos
‘Abominação repugnante’ — Elon Musk e Donald Trump, do ‘match’ político à lavação pública de roupa suja
Elon Musk detona projeto de Donald Trump menos de uma semana após deixar governo dos Estados Unidos
Instabilidade no verão europeu: é seguro viajar para Itália, Turquia e Grécia após erupção do vulcão Etna e terremoto?
Fenômenos naturais atingiram alguns dos destinos mais populares para as férias de julho
Por que o mercado erra ao apostar que Trump vai “amarelar”, segundo a Gavekal
Economista-chefe da consultoria avalia se o excepcionalismo norte-americano chegou ao fim e dá um conselho para os investidores neste momento
Rússia lança maior ataque com drones contra a Ucrânia desde o início da guerra — e tensão no Leste Europeu volta a subir
Segundo a Força Aérea Ucraniana, Moscou lançou 472 drones contra o território ucraniano
Trump dobra tarifas sobre aço e irrita aliados — UE ameaça retaliação, Canadá e Austrália reagem
A decisão norte-americana entra em vigor no dia 4 de junho e reacende as tensões com parceiros comerciais. Veja as reações
Trump encerra a semana com mais um anúncio polêmico: aumento das taxas sobre importações de aço de 25% para 50%
A afirmação foi feita durante um comício para trabalhadores da siderúrgica U.S. Steel em Pittsburgh, na Pensilvânia.
Casa Branca leva a melhor: justiça dos EUA suspende decisão que barrava tarifas de Trump; governo ganha tempo para reverter sentença
Corte de Apelações suspende liminar que derrubava tarifas impostas por Trump; ações são unificadas e prazo para novas manifestações jurídicas vai até 9 de junho