O que está por trás do pedido de Trump que abalou Washington e pode mudar os rumos da maior economia do mundo
O republicano sugeriu até mesmo liderar a frente democrata para conseguir avanços no Congresso; entenda melhor essa história

Se tem uma coisa que Donald Trump já fez é desenhar as linhas gerais de seu segundo mandato. O republicano já avisou aos quatro cantos que vai aumentar tarifas, endurecer regras de imigração, cortar impostos e mudar o posicionamento dos EUA diante das guerras ao redor do mundo. Mas ainda assim ele consegue surpreender.
Em postagens e entrevistas nas redes sociais, o republicano pediu que o Congresso norte-americano que eliminasse o teto da dívida, controlado por uma lei que limita quanto dinheiro o governo federal pode tomar emprestado.
Em uma entrevista à NBC News, Trump disse que se livrar do teto da dívida completamente seria a “coisa mais inteligente que [o Congresso] poderia fazer”.
"Os democratas disseram que querem se livrar dele. Se eles quiserem se livrar dele, eu lideraria a iniciativa", acrescentou.
O republicano sugeriu que o teto da dívida é um conceito sem sentido e que ninguém sabe ao certo o que aconteceria se ele fosse violado algum dia e ninguém deveria querer descobrir.
"Não significa nada, exceto psicologicamente", disse.
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As implicações do pedido de Trump
O teto da dívida é um limite definido pelos legisladores e que determina quanto o governo dos EUA pode tomar emprestado para pagar as contas — o teto não autoriza nenhum novo gasto.
O Congresso norte-americano aumentou o teto da dívida pela última vez em junho de 2023, suspendendo-o até 1º de janeiro de 2025.
Normalmente, se nenhum acordo é alcançado para ampliá-lo, o Departamento do Tesouro consegue estender o prazo usando as chamadas medidas extraordinárias para ganhar mais tempo para os legisladores lidarem com a questão.
Durante o primeiro mandato de Trump, ele assinou a legislação três vezes para aumentar os tetos da dívida.
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O pedido de Trump tem endereço certo
Muito mais do que se livrar de uma regra que controla quanto o governo pode tomar emprestado para pagar as contas, o pedido de Trump tem outro endereço.
O presidente eleito parece estar reconhecendo o engarrafamento legislativo que o aguarda no primeiro ano de seu segundo mandato.
O republicano tem logo de cara outra rodada de financiamento do governo, um aumento do limite da dívida e planos para avançar grandes projetos de lei partidários sobre imigração e impostos, além de confirmar seu pessoal administrativo por meio do Senado.
Só que mais que isso: a disputa pela ampliação do teto da dívida pode ser a moeda de troca que os democratas terão nas mãos para aprovar — ou não — as medidas que Trump pretende passar pelo Congresso nos quatro anos de mandato.
Os democratas serão minoria em 2025, mas as eleições de meio de mandato em 2026 podem mudar completamente a configuração do Congresso.
*Com informações do The Washington Post e da CNBC
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