Troca de comando na Vale (VALE3)? Aqui está tudo o que você precisa saber sobre a sucessão de CEO da mineradora até agora
O mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, está cada vez mais próximo do fim — e a definição da sucessão do presidente é uma das pendências da mineradora
Uma das principais dúvidas dos investidores da Vale (VALE3) sobre o futuro da mineradora é como ficará a liderança da companhia nos próximos meses.
Isso porque o mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, está cada vez mais próximo do fim — e a definição da sucessão do presidente é uma das pendências de divulgação aguardadas pelo mercado.
Havia uma grande expectativa de que a Vale anunciasse uma decisão sobre o processo de sucessão na semana passada, junto com os resultados financeiros do quarto trimestre de 2023, mas isso não aconteceu.
Recentemente, a tentativa de interferência do governo no comando da mineradora produziu uma divisão entre os acionistas da companhia que paralisou a decisão sobre quem vai chefiar uma das maiores empresas do Brasil.
Ainda nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a Vale "não pode pensar que é dona do Brasil" e que "as empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro".
- Quais são as melhores recomendações de investimento para março das maiores casas de análise e bancos do país? O Money Picks analisou 20 carteiras recomendadas para descobrir a resposta – veja aqui gratuitamente.
Como é o processo de escolha do presidente da Vale?
No início de fevereiro, a Vale (VALE3) esclareceu que, de acordo com o estatuto social da companhia, a escolha do novo presidente da mineradora é de competência exclusiva do conselho de administração, formado por 13 conselheiros.
Leia Também
Segundo a empresa, o conselho está avaliando a eventual renovação do mandato do atual CEO, Bartolomeo, ou a realização de processo sucessório.
A Vale afirmou que a decisão sobre a renovação do mandato ou a escolha de sucessor poderá ocorrer até o término previsto do mandato em vigor — ou seja, até 26 de maio.
A última reunião do conselho foi no dia 22 de fevereiro, mas o colegiado não chegou a uma conclusão sobre a sucessão. Até o momento, não há nenhuma reunião extraordinária marcada, segundo o Broadcast/Estadão.
Como está a sucessão do atual presidente da Vale?
O mandato do atual CEO da Vale (VALE3) expira em 26 de maio e um impasse entre os sócios impede que seu sucessor seja escolhido.
De um lado, estão a japonesa Mitsui — que detém 6,31% da Vale — e a Cosan, que defendem a prorrogação do contrato do executivo por cerca de um ano até que o posto fosse assumido por Luís Henrique Guimarães, que foi nomeado conselheiro em abril de 2023 depois de deixar a Cosan.
Já o bloco formado pela Previ — fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil que possui uma fatia de 8,71% na mineradora — e o Bradesco defendem a substituição de Bartolomeo por um executivo com perfil experiente na gestão de grandes empresas.
Por sua vez, o governo tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, no comando na mineradora, mas parece ter desistido da empreitada — pelo menos, por enquanto.
É importante destacar que o Conselho de Administração da empresa segue dividido, já que, após algumas reuniões, ainda não houve decisão devido a um empate.
Em 22 de fevereiro, seis conselheiros da Vale votaram pela troca do atual presidente, incluindo os representantes da Previ e da Bradespar, além do representante dos funcionários na companhia e minoritários brasileiros.
Do outro lado, sócios estrangeiros da companhia e independentes defendem a extensão do mandato de Bartolomeo por pelo menos mais um ano e afirmam que a prorrogação garantiria a continuidade do trabalho, blindando a companhia da intromissão do governo Lula.
Leia também:
- Troca de comando na Vale: comprar ou vender a ação VALE3 em meio ao processo de sucessão? Esse banco responde pra você
- Apesar de queda das ações em 2024, CEO da Vale (VALE3) está otimista e projeta novas aquisições e resolução de Mariana nos próximos meses
O que quer o governo?
De acordo com o Estadão, integrantes do governo alegam que é necessário um novo presidente da Vale (VALE3) que permita o alinhamento de agendas da empresa com o Executivo federal.
O tema da sucessão na Vale começou a ser debatido no ano passado, com o governo Lula sinalizando que gostaria de ver o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como CEO.
O ministro Alexandre Silveira chegou a defender a indicação a acionistas da empresa. Dois representantes do conselho de administração da companhia se encontraram com Silveira para argumentar contra a intervenção em favor de Mantega.
No dia seguinte, o governo recuou e desistiu de tentar emplacar Mantega no cargo de presidente da mineradora, enquanto Silveira negou publicamente a ofensiva.
Segundo o colunista Lauro Jardim, d'O Globo, o governo estaria articulando uma segunda tentativa de impor um nome para o comando da Vale.
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
Quem são os candidatos a CEO da Vale (VALE3)?
Enquanto não há uma definição oficial sobre o processo de sucessão da Vale (VALE3), o mercado continua a especular quem seriam os novos candidatos a CEO na mineradora.
Entre os nomes que passaram a circular nos últimos dias, voltou o do ex-presidente do Banco do Brasil Paulo Caffarelli, que integrou a equipe de Mantega no Ministério da Fazenda em 2014.
Desde que deixou o governo, o executivo construiu uma carreira no setor privado e já atuou como CEO da Cielo, Banco do Brasil e CSN. Ele também foi conselheiro da Vale.
Outro nome cotado para a posição é Luiz Henrique Guimarães, representante da Cosan no conselho de administração da Vale. Guimarães já foi CEO da Cosan, Raízen e Comgás.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações