SoftBank anuncia emissão de títulos para pagar dívida bilionária – empresa quer entrar na corrida da inteligência artificial (IA); ações disparam em NY
O SoftBank opera com cautela no mercado de tecnologia após quedas nas receitas. Mas a empresa japonesa parece estar pronta para entrar na corrida da inteligência artificial
A situação financeira da empresa japonesa SoftBank vem mostrando sinais de recuperação desde março, quando a multinacional voltou a reportar lucro. Agora, a companhia quer pagar as dívidas e entrar na corrida da inteligência artificial (IA).
O SoftBank anunciou nesta sexta-feira (28) que planeja captar US$ 1,86 bilhão através de títulos de dívida privada, emitidos em dólar e em euro.
Segundo o comunicado, a empresa irá emitir US$ 900 milhões em bonds em dólar e US$ 962,8 em títulos em euro, ambos divididas em duas parcelas. As taxas de juros dos investimentos vão variar entre 5,4% e 7%.
De acordo com o SoftBank, a captação de recursos visa o “pagamento de dívidas e propósitos corporativos”. O anúncio, porém, vem em meio a indícios de que a empresa planeja entrar na corrida da inteligência artificial.
Isso porque, na última sexta-feira (21), Masayoshi Son, CEO do SoftBank, afirmou que o propósito da empresa seria a criação do que ele chamou de “Super Inteligência Artificial”.
De acordo com ele, a tecnologia será 10 mil vezes mais inteligente que os humanos e surgirá em uma década.
Leia Também
Após o anúncio da emissão de títulos de dívida privada, as ações da empresa dispararam em Nova York, chegando a subir 3,15% na manhã desta sexta-feira (28). Às 13h30, os papéis apresentavam alta de 2,30%.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Recuperação do SoftBank
Em 2017, o SoftBank lançou o fundo de investimento Vision Fund, considerado o maior fundo voltado para o setor de tecnologia.
Na época, o Vision Fund, voltado especialmente para companhias em estágio inicial, vinha surfando o boom das empresas de tecnologia. No entanto, com a alta das taxas de juros globais e a desaceleração no setor, os resultados do fundo passaram a apresentar sequência de quedas.
No ano fiscal de 2021, o Vision Fund teve perda de 3,5 trilhões de ienes (US$ $ 27,4 bilhões, na época).
Já no ano fiscal encerrado em março de 2023, o fundo de investimentos do SoftBank publicou prejuízo histórico de 4,4 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões).
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera relatórios de investimentos gratuitos com recomendações de ações, FIIs e BDRs
Após a divulgação dos números, o CEO afirmou que o Vision Fund passaria a operar em modo “defensivo” e de forma mais conservadora em relação aos investimentos.
No ano fiscal encerrado em março de 2024, o fundo de investimento registrou primeiro ganho anual em 3 anos, com lucro 724,3 bilhões de ienes (US$ 4,6 bilhões).
Os ganhos apresentados pelo Vision Fund também foram impulsionados pelo aumento do valor de investimentos importantes do SoftBank, como a ByteDance, fundadora do TikTok, e a DoorDash, empresa norte-americana de entrega de alimentos.
Novo carro na pista: SoftBank na corrida da inteligência artificial
Com a sequência de resultados negativos e a postura mais conservadora do SoftBank, a empresa não entrou com intensidade na disputa pela inteligência artificial.
Enquanto investidores de tecnologia se voltaram para empresas fabricantes de chips e tecnologia de IA, o SoftBank ficou de fora. O Vision Fund optou por investir em incorporar ferramentas de inteligência artificial, em vez de produzi-las.
- Receba uma recomendação de investimento POR DIA direto no seu e-mail, sem enrolação. Clique AQUI para fazer parte do grupo VIP “Mercado em 5 Minutos”.
No entanto, o Vision Fund vem sugerindo que quer aumentar os investimentos em empresas de IA.
Em setembro de 2023, a empresa de chips do SoftBank, a Arm, estreou na bolsa de valores norte-americana Nadasq.
O IPO contribuiu para os ganhos do Vision Fund no ano fiscal de 2023. A companhia vendeu 95,5 milhões de ações, no valor de US$ 51 cada.
* Com informações da CNBC, Uol e Financial Times
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador