🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Após balanço

Quando o Nubank (ROXO34) vai pagar dividendos? CFO diz o que o banco digital pretende fazer com os lucros

Nubank teve lucro líquido de US$ 379 milhões no 1T24, e diretor financeiro falou sobre os planos do roxinho para o seu resultado positivo

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
15 de maio de 2024
15:50 - atualizado às 15:54
Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO), do Nubank
Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO), do Nubank, durante evento com jornalistas na sede do Nu. - Imagem: Divulgação/Nubank

Depois de operar por anos no vermelho, o Nubank (ROXO34) confirmou que a trajetória lucrativa veio para ficar, com um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, segundo o balanço divulgado ontem (14). Depois de se provar viável, agora a questão para o banco digital é outra: o que fazer com esse resultado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pelo menos por enquanto, destinar parte do lucro para pagar dividendos aos acionistas ou recomprar ações ainda não está nos planos da companhia. Foi o que afirmou Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO) do Nubank, em evento na sede do Nu nesta quarta-feira (15), onde estavam presentes executivos do banco digital e jornalistas brasileiros, mexicanos e colombianos.

Além de Lago, também falaram com o público os cofundadores David Vélez (CEO), Cristina Junqueira, (diretora de crescimento - CGO) e Edward Wible, que foi o primeiro engenheiro de software do Nubank, bem como o atual diretor de tecnologia (CTO), Vitor Olivier e a CEO da operação brasileira, Livia Chanes.

Segundo o diretor financeiro, 100% dos resultados positivos do roxinho serão reinvestidos no próprio Nubank, destinados à “aceleração da roda de crescimento da empresa”, o que envolve lançar novos produtos, atingir maior escala, reunir mais dados e reduzir custos, para crescer mais em número de clientes.

O banco divulgou, na semana passada, ter atingido 100 milhões de clientes em todas as suas operações na América Latina, sendo cerca de 92 milhões no Brasil. A operação mexicana totaliza quase 7 milhões de clientes, e a colombiana acaba de bater 1 milhão, conforme anunciado por Cristina Junqueira durante o evento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O investimento na expansão internacional, aliás, será outro destino para os lucros do Nubank, disse Lago durante sua apresentação.

Leia Também

“Historicamente há poucos exemplos de sucesso de bancos que se deram bem na expansão internacional. Mas isso era no modelo antigo, de agências”, observa o CFO, acrescentando que o modelo de negócios digital do Nubank provou ser escalável e possível de exportar, com sucesso, como a atuação no México vem mostrando.

Operação do Nubank no México e na Colômbia vem surpreendendo

Nos seus resultados do primeiro trimestre de 2024, o Nubank destacou seu rápido crescimento no México, com uma adição de 1,5 milhão de clientes no período, totalizando 6,6 milhões, o que corresponde a uma participação de mercado local de 5,1%.

Com o mesmo tempo de atuação no Brasil, no início das suas operações, o Nubank havia atingido 6 milhões de clientes e um market share de apenas 3,0%. Várias outras métricas mexicanas superaram suas equivalentes brasileiras, como o número de NuContas ativas (3,1 milhões no México vs. 1,0 milhão no Brasil no mesmo prazo), depósitos (US$ 2,3 bilhões vs. US$ 600 milhões) e receitas (US$ 149 milhões vs. US$ 99 milhões).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, as operações internacionais do Nubank ainda são deficitárias, pois o foco é investir em crescimento, como ocorreu no Brasil. Mas, para Cristina Junqueira, atingir o breakeven [ponto de equilíbrio, momento a partir do qual a empresa “se paga”], será “uma consequência natural do crescimento das operações”, ocorrendo de forma similar ao que aconteceu no Brasil e sem demandar uma mudança grande no modelo de negócio.

Mas, dado o fato de que México e Colômbia estão se saindo até melhor do que o banco esperava, os executivos do Nubank acreditam que essas operações se tornem lucrativas em prazo menor que a operação brasileira, que levou cerca de oito anos para começar a dar lucro.

E a internacionalização do Nubank não deve parar por aí: “Em três a cinco anos já pode haver outros países nessa nossa geografia”, disse David Vélez.

ONDE INVESTIR EM MAIO: VEJA OS MELHORES INVESTIMENTOS - AÇÕES, FIIs, BDRS E ALOCAÇÃO DE ATIVOS

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Balanço do Nubank agradou o mercado…

O resultado do primeiro trimestre do Nubank agradou ao mercado, principalmente pelo lado do lucro líquido e da rentabilidade, medida pelo ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que se manteve em 23%, acima dos demais grandes bancos (27% no critério ajustado). Segundo Guilherme Lago, se considerar apenas o Brasil, o ROE já está em mais de 40%.

“O Nubank hoje é a uma das únicas, se não a única, fintech global que consegue combinar crescimento forte, lucratividade e resiliência financeira”, disse o CFO, ressaltando que a receita praticamente triplicou nos últimos dois anos e que o rating do Nubank, conferido pelas agências de classificação de risco, se equipara ao dos grandes bancos.

Nesta quarta, as ações NU, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) sobem mais de 3%, e o BDR ROXO34, negociado na B3, avança quase 5%. No acumulado do ano, a ação NU sobe cerca de 47%, e o BDR ROXO34 já avança mais de 50%.

Ao explicar o “segredo” para o lucro no Nubank, Lago destacou a fórmula que combina foco na expansão da base de clientes ativos – principalmente aqueles que terão o roxinho como seu banco principal –, aumento da receita média por cliente (ARPAC), que no 1T24 atingiu US$ 11,40, e manutenção de um baixo custo de servir, que se mantém inferior a US$ 1,00, 85% menor que o custo dos bancos tradicionais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Nubank se considera banco principal quando o cliente transfere para a sua conta, todos os meses, mais da metade da sua renda média mensal. Hoje, 83% dos clientes do Nubank são clientes ativos e, destes, 59% têm o roxinho como seu banco principal.

“Safras mais maduras dos nossos clientes ativos têm receita média de US$ 26. Nos bancos incumbentes, este valor chega a US$ 45, US$ 46. Ou seja, tem muito espaço para aumentar esse número”, diz Lago.

…mas inadimplência e qualidade dos ativos ainda preocupa

Apesar de os números do Nubank no primeiro trimestre terem sido bem recebidos por analistas, a inadimplência continua chamando a atenção. O índice de 15 a 90 dias, que havia desacelerado nos últimos trimestres, voltou a subir, de 4,1% no 4T23 para 5,0% no 1T24. Já a inadimplência superior a 90 dias subiu de 6,1% no 4T23 para 6,3% no 1T24.

Segundo Guilherme Lago, esse aumento no primeiro trimestre se deve à sazonalidade e está dentro do esperado pela empresa. “Não fomos surpreendidos e não foi um sinal amarelo para retroagir na concessão de crédito. Nossos produtos têm prazo médio curto. Conseguimos navegar a qualquer ‘micro sinal’ de fragilidade”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório a clientes, tanto o Santander quanto o Itaú BBA destacaram a “deterioração da qualidade do crédito” como ponto negativo do balanço do Nubank no primeiro trimestre, tanto pela alta da inadimplência (que superou a estimativa do Itaú) quanto pelo aumento de 40% nas provisões em comparação ao trimestre anterior (ficando 36% acima da estimativa do Santander).

No entanto, ambos os bancos, que têm recomendações opostas para as ações do Nubank, consideraram o balanço forte de uma maneira geral.

No caso do Santander, que tem recomendação underperform (equivalente a venda) para a ação NU, o lucro líquido veio acima da expectativa. “O Nubank apresentou outro trimestre de crescimento no lucro, combinado com tendências positivas de expansão do negócio. No entanto, a qualidade dos ativos foi um ponto fraco, na nossa visão, e isso pode levantar preocupações em relação à deterioração da qualidade do crédito nos próximos trimestres”, dizem os analistas.

Já no caso do Itaú BBA, que tem recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações, com preço-alvo de US$ 13, o lucro líquido veio abaixo do esperado, mas isso se deu possivelmente pela alta concentração de compensação baseada em opções de ações ou uma alíquota de imposto acima do esperado, uma vez que a performance do negócio e as tendências operacionais foram sólidas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

MATILHA CRESCENDO

Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP

10 de dezembro de 2025 - 18:46

A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove

SOCORRO A CAMINHO

Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal

10 de dezembro de 2025 - 16:54

Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro

CONSTRUINDO VALOR AO ACIONISTA

Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?

10 de dezembro de 2025 - 14:58

A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)

ALÔ, ACIONISTAS

Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança

10 de dezembro de 2025 - 13:32

A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar