Primeira classe antes de embarcar no avião: como é a experiência no primeiro e único terminal de luxo do Brasil – e quanto ela custa
Com atendimento personalizado, menu sofisticado e transfer até a porta da aeronave, terminal VIP do BTG Pactual no aeroporto de Guarulhos busca inspiração em Los Angeles e Londres para proporcionar experiência exclusiva de viagem

Uma viagem de luxo começa bem antes de você embarcar na fila prioritária para sentar na primeira classe da aeronave e receber sua taça de champanhe de boas-vindas. Para quem decide embarcar pelo novo terminal do BTG Pactual no aeroporto de Guarulhos, o serviço começa 72 horas antes com um concierge que cuida de todas as burocracias envolvendo o voo.
No dia do embarque, você pode adquirir um serviço adicional para fazer o trajeto de helicóptero (saindo da Faria Lima) ou em um carro Volvo até o Aeroporto Internacional de São Paulo. Ou pode ir com seu próprio carro, passando pela entrada privativa que dá acesso à área construída de 2.400 metros quadrados, a apenas 50 metros do terminal 3 de Guarulhos.
Por enquanto, só o embarque internacional está disponível e apenas 13 companhias aéreas estão operando no novo terminal, incluindo Latam e Air France. O espaço recebe apenas 14 passageiros por hora e oferece um processo de check-in e embarque bem diferente do que se vê nos terminais regulares dos aeroportos, mesmo para quem é cliente VIP ou tem Fast Pass na fila do raio X.
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Como é o processo de embarque no terminal de luxo do BTG Pactual?
Para começar, nada de ficar esperando na fila com a bagagem, nem passar pela longa fila de inspeção de malas.
Um assistente pessoal cuida de tudo, enquanto você espera no lounge, com direito a pratos de entrada e welcome drinks – já inclusos.
Ao entrar na sala de embarque, a experiência gastronômica continua, com um menu à la carte feito com consultoria do chef Ivan Ralston, do restaurante Tuju, dono de duas estrelas Michelin. No próximo ano, ele deve assinar um menu completo exclusivo para o terminal de luxo do BTG.
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Para os apreciadores de bebidas, Ricardo Miyazaki, do The Punch Bar, é o responsável pelo menu dos drinks. Na carta, marcas da Moët Hennessy, como Dom Pérignon e Veuve Cliquot, estão à disposição dos viajantes.
Na etapa final, um Volvo te leva até a porta da aeronave.
Agora sim. Tripulação, portas em automático.
Novo patamar de turismo: o que é um terminal de luxo?
Foi-se o tempo em que os passageiros de altíssimo poder aquisitivo se contentavam com uma sala VIP antes de embarcar. Até porque, hoje em dia, não é mais preciso ter uma renda altíssima para ter direito a um cartão de crédito que dê acesso a uma dessas salas.
Vale lembrar, ainda, que nem todo avião particular faz viagens internacionais. Então mesmo os passageiros que têm acesso a essas aeronaves podem ter de pegar voos de carreira.
Os terminais de luxo surgiram então como uma solução de primeira linha para trazer o suprassumo da exclusividade e sofisticação quando o assunto é viagem aérea.
Aqui no Brasil, o terminal do BTG Pactual é o primeiro – e até agora, único – espaço do gênero. Mas o modelo já existe no exterior há algum tempo.
Entre os principais benchmarks, estão o PS (Private Suites) em Los Angeles e Atlanta e o Signature Elite Class no aeroporto de Gatwick, em Londres. Além disso, cidades como Abu Dhabi, Milão, Dubai e Frankfurt também já criaram os próprios terminais de luxo para atender à clientela de altíssima renda.
O projeto brasileiro é ambicioso e contempla todos os pré-requisitos que um espaço como esse precisa para se igualar, ou mesmo superar, os padrões internacionais:
- Entrada privativa;
- Concierge a partir de 72 horas antes do voo;
- Check-in e canais de inspeção (raio X, alfândega, imigração) feitos dentro do próprio terminal;
- Lounge com menu gastronômico sofisticado;
- Transfer de carro até a porta do avião.
“Isso daqui não é padrão europeu, é padrão Brasil”, comenta Fábio Camargo, CEO do terminal BTG Pactual.

Quanto custa embarcar através da ‘primeira classe’ dos terminais?
Tamanha exclusividade e personalização do serviço vêm com um preço, claro. Diferentemente do que acontece em salas VIP, não existe a possibilidade de isenção com nenhum cartão de crédito – nem com o Ultrablue do BTG.
O custo é de US$ 590 por acesso (aproximadamente R$ 3.400) para quem não tem nenhum tipo de assinatura. Clientes dos cartões Black e Platinum têm 10% de desconto; Ultrablue, 20%. Pessoas com cartões de outros bancos podem comprar os acessos da mesma forma, através do site – mas sem nenhum tipo de redução no preço.
Para quem quer ainda mais privacidade, o terminal também oferece uma suíte privativa por US$ 2.100 (R$ 12.190).

Como é de praxe neste mercado, há também opções de assinatura.
Uma “Membership” sai por US$ 1.999 (R$ 11.600) ao ano e dá três acessos gratuitos, além de descontos para acompanhantes e alguns outros benefícios.
Já o “All Access” permite entradas ilimitadas no terminal, transfer sem custo adicional até Guarulhos, além de outras amenidades. O preço é salgado – US$ 15 mil (R$ 87 mil) por ano – mas este é o único produto já esgotado para 2025.
Segundo Camargo, a assinatura foi vendida em horas. Agora, só entrando na lista de espera para ter a chance de adquiri-la para o ano que vem. “Há demanda para serviços premium no Brasil”, caso contrário, o serviço mais caro do terminal não teria sido o primeiro a esgotar, complementa o executivo.
Em comparação, os terminais PS dos aeroportos de L.A. e Atlanta cobram US$ 1.095 por acesso individual. Quem faz a assinatura “All Acess”, paga menos no ano: US$ 4.850. Em contrapartida, ela dá apenas um desconto no acesso individual, não isenção – ainda é preciso desembolsar US$ 750 por entrada.
O que esperar do futuro?
Ainda em soft opening, o terminal deve levar de seis meses a um ano para atingir a maturidade e adicionar todos os serviços previstos, na visão do CEO. Entre os projetos, está o desenvolvimento de uma experiência de shopping com marcas exclusivas – uma espécie de duty free, mas premium.
Além disso, o terminal ainda não está recebendo passageiros em desembarque nem em embarque nacional.
No entanto, para quem já está com viagem marcada para fora do país neste final de ano, as reservas podem ser feitas com até 72h de antecedência do horário do voo.

Atualmente, o terminal atende partidas programadas entre as 17h e a meia-noite das seguintes companhias aéreas: Aeroméxico, Air Canada, Air Europa, Air France, Emirates, Iberia, KLM, LATAM, Lufthansa, Swiss, United Airlines, e South African Airways.
São só 14 passageiros por hora, devido a limitações regulatórias. “Temos que colocar um concierge e um motorista para cada passageiro, mas a polícia também tem que colocar os agentes de imigração e raio X”, explica Camargo.
- Vale lembrar que a operação do terminal, cuja concessão é de 40 anos, é feita pela AESA (Aero Empreendimentos SA), pertencente a um fundo de investimento gerido pelo BTG. O banco tem naming rights por um período menor que os 40 anos.
Por ora, quem quiser ter uma experiência nesse patamar de exclusividade, precisa comprar passagens aéreas saindo de Guarulhos, já que ainda não há planos de replicar a experiência em outras cidades brasileiras.
“Estamos 200% focados em fazer deste o melhor terminal VIP do mundo”, conclui Fábio Camargo.
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