Novo visual e mudança de nome: as apostas da Grendene (GRND3) para conquistar franqueados e abrir mais lojas da Melissa
Um ano após internalizar a gestão de franquias, a marca famosa por suas sandálias de plástico com aroma de tutti-frutti também lançará novos formatos de lojas
Nos últimos 45 anos, o inconfundível design em plástico e o cheiro de chiclete das sandálias tornaram a Melissa uma das grifes de calçados mais tradicionais e celebradas do Brasil.
De parcerias com estilistas internacionais como Vivienne Westwood à galeria própria em Nova York, a marca brasileira criada pela gaúcha Grendene (GRND3) embarcou em um processo de renovação em sua rede de franquias, lançada em 2012.
Entre as principais novidades está a mudança de nome. Antes, a rede de franquias era chamada de “Clube Melissa”. Agora, as lojas passam a se chamar apenas “Melissa”.
A Melissa também desenvolveu um novo projeto arquitetônico para as lojas físicas, lançado no final do mês passado durante a ABF Franchising Expo, feira de franquias promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). A nova identidade visual do projeto inclui espaços imersivos com linhas curvas e diferentes texturas inspiradas nas tramas da Melissa Possession, ícone da marca e uma das linhas mais vendidas da Melissa.
A iluminação também será renovada, com mais luzes quentes que evocam aconchego e haverá novidade na forma de pagamento, com os atendentes indo até os clientes para concluir a venda, sem a necessidade de se dirigirem ao caixa, tornando os atendimentos mais fluidos e dinâmicos. Ao final de junho, algumas das novas lojas já estarão configuradas.
- Onde investir neste mês? Veja GRATUITAMENTE as recomendações em ações, dividendos, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Rafael Tremarin, gerente de Gestão de Franquias da Melissa, afirma que a abreviação do nome foi motivada pela vontade da marca em encurtar a distância entre a Melissa e as consumidoras.
Leia Também
“O Clube Melissa sempre fez muito sentido, pois era um ponto de encontro das nossas ‘melisseiras’, que é um grupo muito ativo de consumidoras”, diz o gerente. “Mas percebemos que chamar as lojas apenas de Melissa gera muito mais conexão e proximidade com a marca.”
Além de aproximar as “melisseiras”, a nova fase da Melissa também aposta nos empreendedores para retomar a expansão mais acelerada de lojas. O projeto de novo layout das lojas e expansão da franquia vinha sendo desenvolvido junto à Grendene nos últimos dois anos e envolveu a escuta ativa com franqueados, consumidoras e diversas áreas da empresa.
“Começamos a trabalhar em diversas verticais para melhorar a relação com o franqueado. Além disso, o projeto atual de loja da Melissa já tinha alguns anos de existência, por isso entendemos que era o momento de atualizar a experiência do consumidor dentro da loja, trazendo mais novidades e tecnologias”, afirma Rafael Tremarin.
Atualmente, a rede de franquias conta com 409 lojas pelo país e que correspondem a 60% de todo o faturamento da Melissa. A empresa também possui a Galeria Melissa, um centro de exposições de moda na Oscar Freire, em São Paulo, além de duas lojas próprias.
Nova fase na gestão
As mudanças na marca Melissa vêm acompanhadas de uma nova fase na gestão das franquias. Há um ano, a Grendene internalizou a gestão da área de franqueados da Melissa, que antes era comandada por uma empresa terceirizada, a Multi Franqueadora.
A parceria, que durava 15 anos, chegou ao fim em 2023, quando a Grendene decidiu não renovar o contrato. Desde então, a rede é administrada diretamente pela dona da marca.
Segundo a Grendene, o encerramento da parceria foi amigável e fez parte de uma série de ações internas da empresa com foco na aproximação aos consumidores. “Com o vencimento do contrato, entendemos que era o momento de a Melissa fazer parte de forma direta do escopo de atuação da Grendene junto aos franqueadores e ao consumidor”, afirma Tremarin.
- Ainda dá pra ganhar dinheiro com a bolsa este ano? Os FIIs vão superar o mal estar econômico? ETF de Ethereum vai sair? Veja o “Onde Investir” deste mês e descubra as respostas
Aposta também no digital
A Melissa também pretende avançar no faturamento omnicanal – abordagem integrada que disponibiliza vários canais abertos entre marca e cliente e integrando o online.
Desde 2018, a empresa tem em algumas lojas o Ship from Store (SFS), que permite ao cliente receber os produtos em casa direto da loja física, que nesse caso funciona como um “mini centro de distribuição”. Além disso, há o “retire na loja” e o “estoque compartilhado”.
Quanto custa para abrir uma franquia da Melissa?
A Melissa possui dois tipos de lojas para franquias. Para as grandes capitais, a marca quer abrir novas lojas do tipo Standard, com cerca de 40 metros quadrados. Para esse formato, o capital mínimo necessário é de R$ 360 mil, incluída a taxa de franquia de R$ 45 mil.
Para o interior e regiões metropolitanas, a marca tem o formato pop, cujo investimento inicial para o franqueado é de R$ 270 mil, incluída a taxa de franquia, de R$ 35 mil.
Segundo Rafael Tremarin, a Melissa também está desenvolvendo lojas em formato de quiosque e deve lançar novos espaços da Mini Melissa – vertical de calçados infantis da marca – nos principais shoppings do Brasil.
Apesar da renovação, a Melissa ainda mantém sua fórmula de sucesso criada nos anos 1970 – quando inaugurou a era do merchandising na TV ao estrear na novela Dancin Days –, e o aroma de tutti-frutti nas sandálias que virou a assinatura da marca da Grendene.
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
