Mesmo após 2T24 abaixo do esperado, Goldman Sachs inicia cobertura da Intelbras (INTB3) com recomendação de compra; entenda os motivos
O banco vê um potencial de alta de 25% para ação da empresa de tecnologia e segurança, com preço-alvo de R$ 27

A estabilidade no lucro líquido e os resultados abaixo do esperado da Intelbras (INTB3) no segundo trimestre do ano não brilharam os olhos dos analistas do mercado. No entanto, o Goldman Sachs vê perspectivas sólidas de crescimento para a empresa nos próximos anos.
Em um novo relatório, o banco iniciou a cobertura da empresa catarinense fundada em 1976, que atua na fabricação de produtos de segurança, comunicação, redes e energia. Os analistas analisaram 15 categorias de produtos da área de Segurança da Intelbras.
O banco recomendou a “compra” das ações, com um potencial de alta de 25% em relação às cotações da última sexta-feira (9). O preço-alvo estipulado pelo banco é de R$ 27. Nesta segunda-feira (12), às 14h30, as ações da empresa subiam 1,12% na B3, a R$ 21,76.
A recomendação positiva vem após divulgação dos resultados mistos da companhia no segundo trimestre de 2024, divulgados no fim de julho, e do anúncio de um investimento milionário em um novo centro de distribuição em São José (SC) no início do mês.
No segundo trimestre, a companhia reportou estabilidade em seu lucro, registrando R$ 117 milhões ante o lucro líquido de R$ 118 milhões no trimestre do ano passado, resultado 0,4% menor. O lucro também foi 23,6% inferior ao do primeiro trimestre deste ano.
Segundo a Intelbras, o resultado foi “impactado pelo reconhecimento de uma variação cambial relevante, devido à característica da evolução da taxa de câmbio no mês de junho”.
Leia Também
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Navegando por tendências de mudanças
Segundo o Goldman Sachs, a evolução do portfólio de produtos junto a outros fatores vão contribuir para que a empresa tenha um crescimento acima do PIB, “apesar da exposição a alguns mercados maduros e uma perspectiva mais cautelosa para o mercado de painéis solares".
Vale lembrar que, em 2022, a Intelbras adquiriu a fabricante de sistemas de energia solar Renovigi, e desde então atua no mercado brasileiro de energia solar.
Para a instituição, a Intelbras ainda apresenta perspectivas sólidas de vendas fortes no segmento de Segurança, e o setor de Segurança e Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) da companhia também já começou a dar frutos.
Com isso, a expectativa do banco é de que a empresa brasileira tenha uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) na receita de 14% de 2024 até 2026.
Esse crescimento vem apoiado por uma exposição a uma “interessante mistura de ventos favoráveis seculares”, ou seja, ao portfólio variado da Intelbras.
Além da energia solar, a empresa atua em diferentes áreas relacionadas à tecnologia e segurança, como alarmes, sensores, sistemas automatizados, displays, controles de acessos residenciais e corporativos, sistemas de monitoramento por câmeras, entre outros.
Por conta disso, a companhia possui “uma rede de distribuição bem estabelecida e um portfólio de produtos em evolução que tem apoiado o crescimento sustentado em tendências tecnológicas em rápida transformação”, de acordo com o relatório.
“Esperamos que a superação dos problemas relacionados ao estoque do AF23 [ano fiscal de 2023] — juntamente com a retomada do crescimento da receita e a melhoria do mix de produtos em Energia — mais do que compense o aumento do uso de parcerias em TIC, impulsionando uma recuperação de +70 bps a/a [pontos-base ao ano] na margem EBITDA ajustada do AF24”, afirma o relatório.
Intelbras: boas perspectivas, mas ainda existem riscos
Embora as perspectivas para a Intelbras sejam positivas, os analistas do Goldman Sachs elencaram alguns desafios que podem ser enfrentados pelos negócios da Intelbras.
Eles envolvem tendências macroeconômicas, competição, estoques e distribuição, tecnologia, relacionamento com fornecedores e tributação.
O banco ressalta que a Intelbras enfrenta concorrência relevante em todos os segmentos onde atua. E isso traz uma incerteza em torno do poder de precificação e margens, especialmente em meio à entrada de novas empresas no mercado ou movimentos mais agressivos de players já consolidados.
Além disso, alguns concorrentes são maiores que a Intelbras e outros têm "tecnologia proprietária significativa", segundo o Goldman. Há também concorrentes globais emergentes no setor de segurança que estão ganhando relevância nesse segmento. O banco cita como exemplo as empresas do mercado de vigilância na China, que podem eventualmente começar a investir no Brasil e na América Latina.
"Ainda assim, notamos que a Intelbras tem resistido a níveis semelhantes de concorrência ao longo de sua história, principalmente em Segurança e Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), enquanto mantém níveis saudáveis de preço/margem.
Segundo o banco, a Intelbras ainda mantém características competitivas, como relacionamento com sua cadeia de distribuição e o suporte ao cliente pós-venda.
Fatores que, para os analistas, fortalecem a presença local mais forte da companhia em relação aos players globais, maior escala e longevidade. Além disso, é uma “marca bem reconhecida construída ao longo de décadas de operação no Brasil.”
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Goldman Sachs de saída da Oncoclínicas? Banco vende maior parte da fatia em ONCO3 para gestora de private equity; operação reacende discussão sobre OPA
O banco norte-americano anunciou a venda de 102.914.808 ações ordinárias ONCO3, representando 15,79% do capital social total da Oncoclínicas
Após seis anos de vacas magras, Embraer (EMBR3) quer voltar a distribuir dividendos com lucros ainda maiores em 2025
Os acionistas da fabricante de aeronaves vinham experimentando um período mais “amargo” desde o final de 2018, quando a companhia parou de realizar o pagamento de proventos
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia
As Sete Magníficas viraram as Sete Malévolas: Goldman Sachs corta projeções para a bolsa dos EUA
O banco reduziu as previsões para o S&P 500, o índice mais amplo da bolsa de Nova York, citando preocupações com o grupo formado por Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla
Procuramos independência: Ibovespa tenta se recuperar de queda em dia de IPCA-15, balanços e Haddad
IRB e Vivo divulgam resultados por aqui; lá fora, investidores concentram o foco no balanço da Nvidia
Totvs (TOTS3) impressiona com salto de 42% do lucro no 4T24 — mas a joia da coroa é outra; ação sobe forte após o balanço
Os resultados robustos colocaram os holofotes na Totvs nesta quinta-feira (13): os papéis da companhia figuram entre as maiores altas do dia, mas quem roubou a cena foi um segmento da companhia
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
A um passo do El Dorado: Ibovespa reage a IPCA, tarifas de Trump, Powell no Congresso dos EUA e agenda de Haddad
Investidores esperam desaceleração da inflação enquanto digerem confirmação das tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio
Por que Citi, Goldman Sachs e Itaú BBA recomendam a compra de Localiza (RENT3) mesmo com cenário ruim para a empresa
Ação da locadora de carros tem pontos favoráveis, mas investimento em RENT3 demanda cautela
Um olho na estrada, outro no retrovisor: Ibovespa reage à ata do Copom enquanto se prepara para temporada de balanços
Investidores também repercutem a relatório de produção e vendas da Petrobras enquanto monitoram desdobramentos da guerra comercial de Trump
Goldman Sachs eleva Natura (NTCO3) para compra de olho no potencial de dividendos — mas empresa precisa se livrar de um risco antes
Banco destaca demanda relativamente defensiva e potencial da reestruturação interna, mas elenca riscos para o investidor ficar de olho — inclusive em relação à Avon
A mensagem de uma mudança: Ibovespa se prepara para balanços enquanto guerra comercial de Trump derruba bolsas mundo afora
Trump impõe ao Canadá e ao México maiores até do que as direcionadas à China e coloca a União Europeia de sobreaviso; países retaliam
Goldman eleva Ultrapar (UGPA3), mas Vibra (VBBR3) é rebaixada e tem a maior queda do Ibovespa. O que esperar do 4T24 no setor de combustíveis?
Além do Goldman Sachs, analistas do Santander também cortaram os preços-alvos para os papéis das duas companhias e divulgaram perspectivas para o balanço
Hora de jogar na defesa: Ibovespa luta contra tensão política e juros em alta na primeira semana útil de 2025
Investidores aguardam IPCA de dezembro em meio a expectativa de estouro do teto da meta de inflação em 2024
Otimismo de ano novo? Goldman Sachs prevê surpresas positivas para as ações em 2025
Banco norte-americano divulga cinco projeções para os próximos meses, incluindo crescimento da economia dos Estados Unidos e mais cortes nos juros por lá
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
CEO do Goldman Sachs afirma possibilidade de negociações de bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) — mas coloca condição de olho em Trump
Banco ainda não avalia possibilidade de aderir completamente ao mercado de criptomoedas, mas perspectiva de um cenário regulatório favorável impulsiona adesão em um futuro não tão distante
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro