CEO do Itaú (ITUB4) fala em data para anunciar dividendos extraordinários e quer manter avanço no crédito; ações sobem após balanço do 2T24
Milton Maluhy Filho, presidente do banco, afirmou que existem uma série de eventos regulatórios para determinar o tamanho dos dividendos extras aos acionistas
O lucro líquido recorrente de R$ 10,072 bilhões do Itaú Unibanco (ITUB4) fez os olhos dos investidores crescerem ainda mais para o maior banco privado do Brasil. Não apenas por ter superado a média dos analistas consultados pelo Seu Dinheiro, mas também porque abriu ainda mais as portas para o pagamento de dividendos extraordinários.
Já havia uma expectativa em relação ao pagamento de proventos em 2024, e o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, confirmou que eles devem vir até o fim deste ano.
No entanto, maiores detalhes sobre os dividendos — incluindo o montante — só devem ser divulgados no último trimestre deste ano.
Em um encontro online com jornalistas nesta quarta-feira (7), Maluhy afirmou que existem uma série de eventos regulatórios que precisam ser atendidos para afirmar o montante de dividendos, “além de uma série de fatores de crescimento orgânico e inorgânico do banco.”
Após mais um resultado positivo, as ações ITUB4 sobem 0,80% nas primeiras horas do pregão desta quarta-feira, negociadas a R$ 33,85 por volta das 10h20.
Confira a seguir alguns detalhes do balanço do Itaú e veja outros destaques da fala do CEO:
Leia Também
| Indicador | 2º Trimestre de 2024 | Variação Trimestral | Variação Anual |
| Lucro Líquido | R$ 10,072 bilhões | 3,01% | 15,02% |
| ROAE | 22,40% | 0,5 p.p. | 1,5 p.p. |
| Carteira de Crédito Ampliada | R$ 1,254 trilhões | 5,9% | 8,9% |
Crescimento do crédito do Itaú preocupa?
Entre os questionamentos, o CEO do Itaú respondeu sobre o crescimento da carteira de crédito do banco, que atingiu o patamar de pouco mais de R$ 1,2 trilhão no segundo trimestre de 2024.
O saldo representa um avanço de 5,9% na comparação com o primeiro trimestre e de 8,9% em 12 meses — o que poderia levantar dúvidas sobre o crescimento sustentável no médio e longo prazo. De acordo com as projeções (guidance) para o ano, a expectativa é de que a carteira de crédito do Itaú cresça entre 6,5 e 9,5% até o final de 2024.
“O Itaú está muito bem capitalizado e eu acho que tem uma mensagem implícita que é: a gente conseguiu fazer o resultado do banco crescer, já provisionando dividendos e financiando o crescimento da carteira de crédito e, ainda assim, gerando o capital”, comenta ele.
“Não vemos nenhuma razão para conter a carteira de crédito neste momento. Ficaremos desapontados se não conseguirmos avançar de forma relevante no que nós chamamos de ‘ano Itaú’”, conclui.
Na visão de Maluhy, o que também corrobora para esse otimismo é a baixa inadimplência de longo prazo (acima de 90 dias), que está nos níveis mais baixos para o histórico do banco, a 2,7%.
Além disso, o CEO do Itaú ainda comentou sobre as perdas recentes dos mercados financeiros e se isso não poderia afetar os modelos usados pelo banco para fazer essas projeções. “Avaliamos o cenário dia a dia e mantemos as previsões de antes. O cenário é naturalmente soberano, mas não mudou”, diz.
E o que os analistas acharam do balanço?
Tanto para os analistas do JP Morgan quanto para os especialistas do BTG Pactual, o balanço do Itaú foi bastante positivo — este último, inclusive, reiterou a compra das ações ITUB4 em relatório publicado nesta quarta-feira.
Entre os destaques, estão o crescimento da carteira de crédito e o aumento das receitas com tarifas, que cresceram 4% nos últimos 12 meses, impulsionados pela estratégia no Brasil.
Assim, a receita com tarifas cresceu 9% na comparação trimestral, para R$ 11,3 bilhões, devido às melhores resultados dos serviços de consultoria e corretagem.
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
