Em crise, Boeing vende subsidiária de defesa para multinacional francesa enquanto tenta reforçar as finanças
A Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos para os militares dos EUA, será vendida para a Thales Defense & Security, divisão da maior empresa de defesa da Europa
Em meio a uma crise financeira que se arrasta desde o início do ano, a Boeing anunciou neste mês a venda de uma pequena subsidiária de defesa.
A empresa Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos de vigilância sem fio para uso militar nos Estados Unidos, será adquirida pela Thales Defense & Security, uma divisão da Thales SA, líder europeia no setor de defesa.
- Acesso aos programas e podcasts do Seu Dinheiro em primeira mão? Confira esta a outras vantagens de fazer parte do Clube de Investidores SD Select
Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados.
O Wall Street Journal antecipou a informação mais cedo neste domingo (20), sem revelar o nome da pequena subsidiária de defesa da qual a Boeing iria se desfazer.
Segundo o WSJ, a empresa explora vendas de ativos em uma tentativa de impulsionar suas finanças frágeis, desfazendo-se de “unidades não essenciais ou de baixo desempenho”.
Na semana passada, a Boeing revelou planos de levantar até US$ 25 bilhões em ações e dívidas, em um momento em que sua classificação de crédito está sob risco devido a atrasos na produção, problemas de segurança e uma greve que envolve milhares de trabalhadores em seu principal centro de fabricação nos Estados Unidos.
Leia Também
Vale lembrar que a agência Moody's reduziu a classificação de crédito da Boeing para o patamar mais baixo do grau de investimento, citando a queima de caixa e a perspectiva de que a empresa terá que emitir mais títulos de dívida para pagar débitos de mais de US$ 4 bilhões que vencem em 2025.
A crise da Boeing
Desde o início deste ano, a Boeing vivencia uma “tempestade perfeita”, com uma sequência de turbulências chacoalhando suas finanças.
Em janeiro, uma aeronave operada pela Alaska Airlines perdeu uma parte da fuselagem durante voo e forçou o piloto a realizar um pouso de emergência em Portland, Oregon.
Esse incidente levou a Administração Federal de Aviação (FAA), agência regulatória de aviação dos EUA, a intensificar a fiscalização da Boeing e proibir a companhia de aumentar a produção dos jatos 737 até a implementação de melhorias significativas no controle de qualidade da empresa.
A situação resultou no atraso de entregas de novos aviões da gigante aeroespacial a alguns dos maiores clientes, como a United Airlines, a Southwest Airlines e a American Airlines.
Vale destacar que essa não foi a primeira vez em que a família de jatos 737 Max da Boeing apresentou problemas. Em 2018 e 2019, dois acidentes envolvendo esse modelo resultaram na morte de 346 pessoas e na suspensão global de seus voos por 20 meses.
Desde então, o CEO renunciou o comando da fabricante de aeronaves, a produção de jatos foi desacelerada e, em setembro, 33 mil trabalhadores sindicalizados entraram em greve.
A expectativa é que os trabalhadores em greve da fábrica da Boeing em Washington votem na próxima quarta-feira (23) uma nova proposta de contrato.
A decisão poderia colocar fim à paralisação, que interrompeu a produção do modelo mais vendido da fabricante de aviões, o 737 Max, aumentando a pressão sobre as finanças já fracas.
No início deste mês, a Boeing anunciou um corte de 17 mil empregos, o que representa 10% de sua força de trabalho global, além de assumir US$ 5 bilhões em encargos relacionados a essas medidas.
*Com informações de Reuters e CNBC.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado