E agora, Lula? Governo não conquista aéreas ‘low cost’ e Brasil tem opções escassas de voos de baixo custo
Atualmente existem companhias que demonstram interesse em entrar no mercado doméstico brasileiro, mas elas ainda vêem obstáculos
Se você é dos que sonha em voar pagando menos no Brasil, a notícia não é boa. O governo ainda não conseguiu convencer empresas aéreas “low cost” — aquelas que buscam oferecer viagens mais baratas minimizando custos operacionais — a entrarem no país.
As operações das low cost são vistas pelo governo como uma das saídas para alcançar o barateamento das passagens aéreas — e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, já deixou claro que existem esforços para aumentar a quantidade de voos de baixo custo.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o valor médio dos tickets cresceu 32% entre 2019 e o primeiro semestre de 2023.
Apesar da ofensiva retórica de gestores nos últimos anos, o Brasil ainda não conseguiu tornar o país atrativo para o modelo de negócios, avaliam especialistas.
As aéreas low cost
A melhoria do cenário atual passa pela definição sobre cobrança de bagagens e pela consolidação de iniciativas para reduzir a judicialização que afeta o setor.
Porém, ainda que essas demandas sejam alcançadas, faltam sinalizações mais concretas sobre o entusiasmo de companhias estrangeiras.
Leia Também
Uma possível explicação para isso pode estar no terceiro obstáculo para esse modelo de negócio: a legislação trabalhista do setor.
Atualmente existem empresas low cost que operam no Brasil, mas com sede em outros países e apenas para rotas internacionais. É o caso das chilenas JetSmart e Sky, e da argentina Flybondi.
Segundo uma fonte próxima ao governo, as três companhias estão entre as que mais demonstram interesse em entrar no mercado doméstico brasileiro, mas ainda vêem obstáculos na entrada.
“O Brasil tem um mercado aéreo em expansão e isso chama a atenção das empresas”, afirma a fonte ao Estadão. “Enquanto no Chile o índice de penetração da aviação é de 1,2 viagens por habitante, no Brasil, é de 0,5.”
Na visão do diretor-presidente da Anac, Tiago Sousa Pereira, o Estado já faz sua parte, do ponto de vista regulatório, em comparação com o resto do mundo.
Para Pereira, entre os avanços dos últimos anos, houve redução do tempo de certificação, além de abertura para aéreas com maioria do capital estrangeiro.
O executivo afirma que, atualmente, a bola do jogo está muito mais com o Congresso e o Judiciário que com o regulador.
A avaliação de Pereira é de que os impasses estão concentrados na cobrança de bagagens e na judicialização.
Porém, resta ao governo "sentar com o Poder Judiciário" e com o Congresso para sensibilizá-los sobre esses temas.
“Isso já estamos fazendo. Temos, por exemplo, convênios para tentar conscientizar o Poder Judiciário para encaminhar passageiros com queixas para resolver pelo Consumidor.Gov”, afirma.
A judicialização que afeta o setor aéreo
O principal ponto que poderá movimentar o mercado são mudanças para reduzir o alto volume de judicialização que afeta o setor aéreo.
Os custos de processos judiciais por reclamações de clientes que sofreram principalmente por atraso de voos pesa de forma significativa para as companhias domésticas.
Segundo a Anac, indenizações por condenações ou acordos extrajudiciais estão entre os dez componentes mais representativos no custo das aéreas, representando 1,94% na composição do preço das passagens.
De acordo com estudo realizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), a chance de uma empresa aérea ser processada no Brasil é 5.836 maior que nos Estados Unidos.
O próprio ministro Silvio Costa Filho definiu o fenômeno como "indústria da judicialização". Isso porque existem empresas que se especializaram em monitorar atrasos de voos para oferecer a abertura de processos para os passageiros afetados.
Em outubro, o representante da Flybondi apontou que a operação doméstica no território brasileiro é atrativa, mas que há "fortes barreiras de entrada", como a judicialização.
"Só podemos planejar uma entrada doméstica no Brasil se houver alguma flexibilização e uma melhora no entendimento jurídico", disse o CEO da companhia, Mauricio Sana.
A cobrança de bagagens
Em junho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro vetou a volta do despacho gratuito de bagagem em voos.
Porém, 19 meses depois do veto, a decisão ainda não foi apreciada pelo Congresso, o que mantém diferentes possibilidades em aberto.
As aéreas low cost conseguem compensar os custos mais baixos das passagens com cobranças acessórias, como o despacho de bagagens ou a venda de outras comodidades durante os voos.
Conforme dados da Iata, as receitas auxiliares, incluindo taxas de bagagem, representaram até 20% do faturamento dessas companhias.
Prepare o seu relógio: Ministro fala na volta do horário de verão em novembro e diz que decisão será tomada nos próximos dias
Se não houver uma melhora no cenário hidrológico do país, horário de verão pode voltar em novembro, afirmou ministro de Minas e Energia
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
A um passo do grau de investimento: Moody’s eleva rating do Brasil para “Ba1”com perspectiva positiva. O que mudou na economia?
Vale lembrar que para a Fitch Ratings e a S&P Global, as outras duas agências de classificação de risco que formam as Big 3, o Brasil segue com grau de investimento especulativo
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Bolsas da China vão do ‘dragão de madeira’ ao ‘touro de ouro’ com nova rodada de estímulos — mas índices globais caem de olho em dados da semana
Nos próximos dias serão publicados os números de emprego nos Estados Unidos, que darão pistas sobre o futuro dos juros norte-americanos
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Dia agitado na bolsa: Ibovespa reage a RTI, Campos Neto, PIB dos EUA, Powell e estímulos na China
Relatório Trimestral de Inflação vem à tona um dia depois de surpresa positiva com o IPCA-15 de setembro
A fábrica de bilionários não pode parar: Weg (WEGE3) vai investir mais de R$ 500 milhões no Brasil; saiba qual estado vai ficar com a maior parte do aporte
No dia anterior, a queridinha dos investidores havia anunciado a distribuição milionária de dividendos para os seus acionistas; confira os detalhes
China anuncia mais estímulos e yuan salta para maior valor contra o dólar em 16 anos; saiba por que essa é uma boa notícia para o Brasil
O aumento dos estímulos à economia chinesa deve aumentar a demanda do país por commodities, o que é positivo, por exemplo, para a Vale
Transformando um inimigo em aliado: Com influência de estímulos da China perto de limite, Ibovespa mira no IPCA-15
Analistas projetam aceleração da prévia da inflação em setembro em relação a agosto, mas desaceleração na leitura anual
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Campos Neto vê exagero dos mercados na precificação dos riscos fiscais; veja o que o presidente do Banco Central disse dessa vez
Durante evento do Banco Safra, nesta terça-feira (24), RCN também falou sobre perspectiva em relação à economia norte-americana e os impactos das queimadas no Brasil nos preços
Ficou mais caro comprar casa própria no Brasil com juro alto — e a classe média é quem mais sofre, diz Abrainc
Participação do mercado de médio padrão no Valor Global Lançado (VGL) caiu de 60% para 50% no segundo trimestre de 2024
Entre estímulos e desestímulos: corte de juros na China anima bolsas internacionais, mas Ibovespa espera a ata do Copom
Iniciativas do banco central chinês incluem a redução do compulsório bancário e corte de juros para financiamentos imobiliários e compra de um segundo imóvel
O último corte: juros na China, discursos de membros do Fed e expectativas sobre a ata do Copom; confira o que mexe com as bolsas hoje
Decisões de política monetária dão o tom dos principais índices globais nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam semana pesada de indicadores e falas de autoridades
Katy Perry e Cyndi Lauper tocam hoje no Rock in Rio 2024. Confira o line-up completo do festival e como assistir aos shows na Cidade do Rock ou em casa
Para os próximos dias também estão previstos shows de grandes nomes internacionais como Shawn Mendes, Akon e NE-YO
Barrados no baile: Ibovespa passa ao largo da euforia em Wall Street com juros em direções opostas no Brasil e nos EUA
Projeções de juros ainda mais altos no futuro próximo pressionam as taxas dos DIs e colocam o Ibovespa em desvantagem em relação a outras bolsas
Ed Sheeran e Will Smith tocam hoje no Rock in Rio 2024. Veja o line-up completo do festival e como assistir aos shows na Cidade do Rock ou em casa
Para os próximos dias também estão previstos shows de grandes nomes internacionais como Katy Perry, Mariah Carey, Shawn Mendes, Akon e NE-YO