Dupla recomendação de compra? Por que o Itaú inventou uma nova categoria para as ações da Nvidia
“Alguns investidores argumentam que a ação da Nvidia está cara, mas discordamos”, dizem os analistas Thiago Alves Kapulskis, Gabriela Moraes e Cristian Faria
Quando se fala em Nvidia (BDR: NVDC34 / Nasdaq: NVDA), a comparação com a corrida do ouro é quase inevitável. Mas, diferentemente do que se pensa, a empresa de chips e semicondutores não apenas vende as pás para o mercado de inteligência artificial (IA), mas também picaretas, mercúrio para separar as impurezas — e, quem sabe, ela até seja a própria mina a ser explorada.
É o que pensam os analistas do Itaú, que publicaram um relatório bastante otimista para a companhia nesta quarta-feira (20).
Depois de ouvirem pessoalmente o CEO e cofundador da Nvidia, Jensen Huang, e a CFO da empresa, Colette Kress, os analistas reavaliaram a classificação de outperform (o equivalente a compra, no jargão do mercado).
Não porque a empresa deveria ser reconsiderada na carteira dos investidores pelo mau desempenho, mas porque houve uma sugestão da criação de uma nova categoria: double outperform, algo como uma “forte recomendação de compra”.
“Alguns investidores argumentam que a ação da Nvidia está cara, mas discordamos”, dizem os analistas Thiago Alves Kapulskis, Gabriela Moraes e Cristian Faria.
Veja a seguir o que os inspirou a dizer que você deve ter Nvidia no seu portfólio:
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: O Money Picks analisou 20 carteiras recomendadas de diversas casas de análise e bancos para descobrir os melhores investimentos para março; confira as top picks aqui
Nvidia e a nova infraestrutura de IA
A Nvidia promoveu o evento GPU Technology Conference (GTC) na última terça-feira (19), no qual a empresa mostra as novidades do setor de tecnologia, o que inclui IA e o desenvolvimento de hardwares e softwares (isto é, maquinário e programas) em geral.
O saldo desse evento foi extremamente positivo, na visão dos analistas.
Isso porque, apesar de IA ter se tornado a joia da coroa da Nvidia, a empresa está focada em criar facilidades para todo o ecossistema que envolve inteligência artificial aplicada aos vários setores.
Em outras palavras, a companhia está “reconstruindo a história das máquinas de computação 60 anos após a criação dos computadores pessoais”, dizem os analistas do Itaú. E isso inclui o desenvolvimento de plataformas de computação desde o hardware até o software e o design de sistemas.
Nvidia quebrando a lei
Mas calma. Estamos falando da Lei de Moore, uma espécie de máxima dentro do mercado de tecnologia que diz que o número de transmissores de um processador dobraria a cada ano, elevando a capacidade de poder computacional das máquinas.
Em apenas oito anos, a Nvidia conseguiu aumentar a capacidade computacional de seus processadores em mil vezes, simplesmente implodindo a Lei de Moore.
Mesmo assim, a empresa afirma que as demandas crescentes da indústria por processadores mais potentes ainda estão longe de serem atendidas. Por isso, a empresa vai lançar uma nova linha de processadores chamada Blackwell.
Toque de Midas
Assim como o rei Midas da Frígia ganhou o poder de transformar tudo que toca em ouro, a Nvidia parece ter um efeito parecido.
Uma reportagem da manhã desta quarta-feira afirma que o CEO Jensen Huan está em conversas com a gigante sul-coreana Samsung para oferecer chips da Nvidia para os smartphones da empresa. Isso fez com que as ações subissem mais de 5% nas primeiras horas do dia de hoje.
Com isso, a Nvidia ofereceria os chamados chips de memória de banda-larga (HBM) de nova geração, além de unidades de processamento gráfico (GPUs).
E novos produtos
Falando um pouco mais da parte técnica, no evento de ontem, a Nvidia lançou uma nova geração de GPUs da Blackwell, a B200.
Comparada com o seu antecessor, o Hopper H100, ela é capaz de fornecer um desempenho de treinamento de IAs generativas até quatro vezes maior e 30 vezes a otimização de interfaces.
O que chama a atenção é que ela é 25 vezes mais eficiente do ponto de vista energético. E isto é fundamental, tendo em vista que o consumo de energia é uma das preocupações do setor e pode limitar o avanço de novas tecnologias.
Em números, para treinar um modelo de linguagem com 1,8 trilhão de parâmetros (dados, no jargão) seriam necessários oito mil GPUs Hopper e 15 megawatts (MW) de energia. Com as novas placas, seriam necessários dois mil GPUs, consumindo apenas 4 MW.
Tudo são flores para Nvidia? Claro que não
Apesar do otimismo com a inteligência artificial, há uma série de eventos que podem afetar o protagonismo da Nvidia.
Entre eles, como já foi dito, é o consumo de altas quantidades de energia. Apesar de processadores mais eficientes, esse continua sendo um fator que preocupa o mercado para as próximas gerações.
Além disso, a concorrência também não ficou parada após a Nvidia tomar protagonismo no setor.
Outras empresas como a Advanced Micro Devices (AMD) e a Alphabet (dona do Google) entraram no ramo de desenvolvimento de chips de IA específicos, visando atingir setores nos quais a principal concorrente ainda não conseguiu penetrar.
Tensões internacionais devem pressionar Nvidia
Por fim, o banco ainda irá avaliar os impactos no modelo de negócios da companhia em meio a problemas dos Estados Unidos com a China no ramo de IA. Os países estão em uma batalha comercial declarada, sem perspectiva de acordo.
Isso porque a IA é crítica para criar ferramentas e auxiliar em aplicações como segurança cibernética, pesquisa acadêmica, iniciativas climáticas etc — mas o embate entre as potências se dá no ramo do seu uso militar e roubo de dados.
Quem sai perdendo são as empresas do setor — não apenas a queridinha do setor, mas a TSMC, a Intel, entre outras fabricantes de chips e semicondutores.
BB Seguridade (BBSE3) supera expectativas com lucro de R$ 2,6 bilhões; confira os números
No ano, a seguradora do Banco do Brasil (BBAS3) vive questionamentos por parte do mercado em meio à queda dos prêmios da BrasilSeg, também agravada pela piora do agronegócio
Quando começa a Black Friday? Confira a data das promoções e veja como se preparar
Black Friday 2025 começa oficialmente em 28 de novembro, mas promoções já estão no ar em gigantes do e-commerce; veja o calendário e se programe
Apple (AAPL), Amazon (AMZN) e outras: o que esperar das Sete Magníficas depois do balanço e como investir
Entre as sete, apenas uma, a Nvidia, ainda não divulgou seus resultados trimestrais: os números devem sair no dia 19 de novembro
No topo, o único caminho é para baixo: BTG corta recomendação da Marcopolo (POMO4) para neutro
Na visão do banco, o terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025
Grupo Toky (TOKY3) quer reduzir a dívida com aumento de capital — mas ainda falta o aval dos acionistas; entenda o que está em jogo
Após concluídas, as operações devem reduzir as dívidas da empresa dona das marcas Tok&Stok e Mobly em aproximadamente R$ 212 milhões
Renault anuncia que grupo chinês Geely, dono da Volvo, comprará 26,4% da sua operação no Brasil, com fortalecimento das montadoras chinesas no país
A Renault do Brasil ficará responsável por distribuir o portfólio elétrico e híbrido da Geely no país, abrindo novas oportunidades em vendas, financiamento e serviços
Ele serve café, limpa janelas e aprende sozinho: robô do futuro entra em pré-venda, mas ainda sem previsão de chegar ao Brasil
Após quase uma década de desenvolvimento, empresa de robótica 1X lança o humanoide Neo, capaz de realizar tarefas domésticas e aprender com o tempo
EMBR3 vai ‘sumir’ da B3 hoje. Entenda o que acontece com as ações da Embraer nesta segunda-feira
A Embraer estreia nesta sessão os novos códigos de negociação nas bolsas do Brasil e dos EUA; veja como ficam os novos tickers
O que a Raízen (RAIZ4) pretende consolidar com a reorganização societária recém-aprovada pelos acionistas
Primeira etapa do plano aprovado por unanimidade envolve a cisão parcial da Bioenergia Barra, cuja parcela patrimonial será incorporada pela Raízen Energia
Azul (AZUL4) anuncia acordo global com credores e apresenta plano revisado de reestruturação
Azul (AZUL4) qualifica acordo com credores como um passo significativo no âmbito do processo de recuperação judicial iniciado em julho nos Estados Unidos
Reorganização na Porto Seguro (PSSA3) abrange incorporação de empresas e acordo com o BTG Pactual
Em fato relevante, Porto Seguro (PSSA3) afirma que objetivo de reorganização interna aprovada ontem em assembleia extraordinária é simplificar sua estrutura de negócios
Por que o BB Investimentos resolveu cortar o preço-alvo da MRV (MRVE3) às vésperas do balanço do terceiro trimestre?
Segundo analistas do banco, a base forte de comparação com o terceiro trimestre do ano passado é um elemento por trás na revisão do preço-alvo; recomendação ainda é de compra
Zuckerberg sai do top 3 e vê Bezos e Page ultrapassarem sua fortuna
A fortuna do criador do Facebook encolheu R$ 157 bilhões em um único dia, abrindo espaço para Jeff Bezos e Larry Page no pódio dos bilionários
Lemann, cerveja e futebol: Dona da Ambev desbanca a Heineken e fatura a Champions League
AB InBev vai substituir a Heineken como patrocinadora do principal campeonato de futebol da Europa por € 200 milhões por ano
“Se o investidor acredita no minério acima de US$ 100, melhor se posicionar nas ações”. Por que o CEO e o CFO da Vale (VALE3) veem oportunidade agora?
A declaração tem respaldo no desempenho operacional da Vale — mas não só nele; descubra o que está por trás o otimismo dos executivos com a ação da mineradora neste momento
A lição deixada pelo ataque cibernético que parou a linha de montagem da Jaguar Land Rover
Maior fabricante automotiva do Reino Unido não produziu nenhum veículo em setembro devido a ataque cibernético
“É provável que tenhamos dividendos extraordinários em breve”, diz executivo da Vale — eis o que precisa acontecer para isso
Após desempenho operacional e financeiro considerados robustos no terceiro trimestre, o CFO Marcelo Bacci e o CEO Gustavo Pimenta dizem se a compra bilionária de debêntures e se a tributação de dividendos podem afetar a distribuição dos proventos da mineradora daqui para frente
Cade dá o sinal verde para que BTG e Perfin injetem R$ 10 bilhões na Cosan (CSNA3) por meio da subscrição de ações
Com aval do Cade, Cosan se aproxima do aporte bilionário de BTG e Perfin e busca aliviar a pressão financeira
Raízen (RAIZ4) na corda bamba: Moody’s coloca nota de crédito sob revisão; veja motivos
A agência afirma que a análise da revisão da Raízen se concentrará em iniciativas que possam potencialmente contribuir para uma melhoria na estrutura de capital da empresa
Ata da Ambipar (AMBP3) contradiz versão oficial e expõe aval do conselho a operações com Deutsche Bank antes da crise
Documento não divulgado à CVM mostra que o conselho da Ambipar aprovou os contratos de swap com o Deutsche Bank; entenda
