Cielo se prepara para sair da bolsa e uma dupla de empresas de maquininhas pode surfar essa onda, mas o Santander tem uma favorita
Os analistas avaliam que existe uma boa janela de curto prazo para a Stone e a PagSeguro em meio à queda das ações e à OPA da Cielo; veja quem é a preferida

A potencial saída da Cielo (CIEL3) da bolsa brasileira gerou uma oportunidade atraente para outras duas empresas de maquininhas: a PagSeguro e a Stone.
Na avaliação do Santander, ambas as ações já teriam um ponto de entrada interessante devido à queda acumulada dos papéis em 2024. Mas o fechamento de capital da rival das maquininhas azuis melhorou ainda mais as perspectivas dos analistas para a dupla.
Os analistas elevaram a recomendação do par de ações de “neutro” para “outperform” — equivalente a compra — em Wall Street, com um potencial de alta estimado na casa de 20% para os papéis até o fim deste ano.
Vale lembrar que as companhias também possuem BDRs (recibos de ações) negociados na bolsa brasileira, sob os tickers PAGS34 e STOC31.
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De onde vem o otimismo com as maquininhas?
É importante destacar que, mesmo com a revisão para cima das ações, o Santander continua com um pé atrás em relação ao setor de maquininhas. Porém, os analistas avaliam que existe uma boa janela de curto prazo para a Stone e a PagSeguro.
“Não nos entenda mal. Nossa visão estruturalmente cautelosa sobre o setor de aquisição do Brasil continua. Mas vemos oportunidades sólidas de curto prazo”, afirma o banco, em relatório.
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Nas contas dos analistas, as empresas atualmente são negociadas a um múltiplo inferior a 10 vezes a relação preço sobre lucro (P/E) de 2025 — bem abaixo dos patamares históricos de 28 vezes da Stone e de 20 vezes da PagSeguro.
Além disso, o crescimento do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) também foi mais forte do que o esperado.
O indicador da indústria subiu 11% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2023 — enquanto a Stone avançou 13% e a PagSeguro teve alta de 27% — devido às contínuas revisões para cima no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, segundo o Santander.
Por sua vez, a oferta pública de aquisição (OPA) em andamento da Cielo (CIEL3) oferece uma oportunidade para que as concorrentes ganhem participação de mercado no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs), de acordo com os analistas.
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Oportunidade de abocanhar a Stone
Os analistas do Santander elevaram a recomendação das ações da Stone para compra, mas cortaram o preço-alvo de US$ 18 para US$ 16 para o fim de 2024, implicando em um potencial de valorização de 25,4% em relação ao último fechamento.
“Acreditamos que este é um ponto de entrada sólido para uma posição longa na Stone”, escreveram os economistas.
A Stone é a favorita do Santander no segmento de empresas de maquininhas devido às perspectivas de crescimento mais forte do lucro no longo prazo e ao fato de que a empresa “raramente foi negociada com um múltiplo P/L semelhante ao da PagSeguro”.
“A administração declarou que, se as tendências positivas atuais persistirem, os resultados podem potencialmente superar o guidance em 2024 — com o que concordamos —, mas eles acreditam que ainda é muito cedo para revisar a orientação para cima”, disse o banco.
“Também vemos seu produto de crédito (empréstimos para capital de giro) com tendências positivas de crescimento.”
Para a inadimplência, a expectativa é que o NPL acima de 90 dias suba “significativamente” durante os próximos trimestres. “Por enquanto, não vemos o aumento como prejudicial”, afirmou o Santander.
“A Stone está atualmente com um nível de provisionamento de 20% e, embora esperemos que os NPLs se deteriorem, uma almofada de provisionamento é mais do que suficiente.”
Já as projeções para a carteira de crédito — especialmente no produto de empréstimos de capital de giro —, os analistas acreditam em uma tendência positiva de crescimento melhor do que o imaginado.
Entretanto, o banco prevê quatro principais riscos ao desempenho da Stone:
- Execução ruim para crédito e novas iniciativas;
- Intensificação da concorrência, que está aumentando no segmento de PMEs;
- Desafios regulatórios, como a intervenção do governo na indústria, incluindo a limitação de quantidade em parcelas sem juros; e
- Deterioração do ambiente macroeconômico.
De olho no PagBank
Segundo os analistas, as oportunidades de ganho de participação de mercado após a OPA da Cielo são de players concentrados em pequenas e médias empresas.
“A PagSeguro decidiu recentemente entrar neste segmento — no momento certo, ao que parece, já que ela foi a principal ganhadora de participação de mercado no 1T24”, disse o banco.
Além disso, o Santander avalia que a capacidade de a empresa de maquininhas retomar o crescimento em crédito por meio de linhas não garantidas pode ser uma fonte adicional de receita e ajudar as margens no futuro.
“Embora um ambiente de taxas mais altas por mais tempo tenda a ser negativo para as empresas de maquininhas que não são apoiadas por bancos, a PagSeguro tem contrariado essa tendência nos últimos trimestres ao reduzir seus custos financeiros, como resultado principalmente de sua crescente base de depósitos.”
O banco revisou para cima a recomendação para as ações da PagSeguro, mas reduziu o preço-alvo de US$ 15 para US$ 14 para o final deste ano, um potencial de valorização de 20,2% frente ao fechamento anterior.
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“Vemos o nível de preço atual como um ponto de entrada sólido, considerando que a ação caiu 6% no ano e está sendo negociada a 9,8 vezes o P/L de 2024, mas ainda fornecendo fundamentos sólidos e perspectivas de crescimento.”
O Santander aumentou as estimativas de lucro líquido em 5%, para próximo do guidance da PagSeguro para 2024. A revisão foi baseada em melhores perspectivas para TPV, além de um melhor custo de financiamento e expansão de crédito.
Já de olho nos riscos de investimento, os analistas avaliam uma trinca de fatores que podem colocar a tese de PagSeguro em risco.
São eles o ambiente econômico, já que uma crise econômica poderia causar uma desaceleração no crescimento da empresa; o regulatório, já que o possível teto no rotativo do cartão de crédito e mudanças nos pagamentos parcelados podem possivelmente prejudicar as receitas da empresa, e o aumento da concorrência.
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