Camil anuncia compra de duas empresas de arroz no Paraguai; veja o que BTG Pactual e Itaú BBA dizem sobre a decisão
Empresa dá passo para expansão no mercado exportador de arroz, mas não divulgou os detalhes financeiros da transação
A Camil (CAML3), empresa brasileira de alimentos, comunicou ontem (5) o compromisso de adquirir duas empresas de arroz no Paraguai.
Segundo fato relevante publicado, a aquisição será de 100% do capital social da empresa Rice Paraguay e 80% de sua subsidiária, Villa Oliva Rice, ambas paraguaias.
Essas empresas possuem propriedades rurais, atividades agrícolas e operações relacionadas a todo o processo de produção, industrialização, beneficiamento e comercialização de arroz.
O valor da transação não foi informado.
Um fato curioso também se destaca do comunicado da Camil.
O CEO da Camil será dono de imóveis envolvidos na compra.
Leia Também
Propriedades rurais das empresas ficarão para o CEO da Camil
A Camil se comprometeu em adquirir as empresas pelo modelo de “porteira fechada”, com todos os seus ativos, mas pretende segregá-los posteriormente.
A empresa ficará apenas com a parte de produção e comercialização do arroz. Os imóveis rurais, por sua vez, serão propriedade de seu CEO, Luciano Quartiero.
Segundo o comunicado, a aquisição integral das sociedades, juntamente com seus imóveis, “se fez necessária [...] para cumprir com as exigências legais existentes na República do Paraguai no que se refere à aquisição e utilização de propriedades rurais em áreas fronteiriças”.
O que dizem gigantes do mercado sobre a negociação
Segundo nota publicada pelo BTG Pactual na manhã de hoje (6), a decisão é “uma combinação estratégica” bem alinhada com os objetivos da Camil, mas “a falta de informações financeiras abre questionamentos”.
“Sem os detalhes financeiros, é difícil mensurar o verdadeiro valor que essa aquisição trará. A Camil está em processo de desalavancagem financeira após atingir uma razão de dívida líquida/EBITDA de 3x em 2022. Investidores podem indagar que essa aquisição pode desacelerar esse processo, especialmente dados os atuais preços altos do arroz”.
A nota do BTG Pactual também destaca que a Villa Oliva, uma das empresas adquiridas, exportou cerca de 100 mil quilos de arroz em 2023, gerando uma receita de aproximadamente US$ 50 milhões. Essa força exportadora pode ajudar a Camil em sua diversificação geográfica.
Mas que, baseando-se nessa receita, não é esperado que a transação afete significativamente os balanços da Camil. Esse é, então, um movimento muito mais estratégico do que financeiro.
Já segundo nota do Itaú BBA ontem (5), uma operação da Camil no Paraguai “pode fornecer arroz mais barato para grandes praças brasileiras”. Como o Brasil “já importa quantidades significativas [de arroz] do Paraguai, a Camil pode tirar vantagem desse cenário competitivo”.
A nota também trouxe uma opinião semelhante à do concorrente BTG Pactual:
“Não esperamos que o negócio terá um impacto significativo de uma perspectiva de valuation ou nos resultados consolidados da Camil, mas acreditamos que os investidores podem procurar mais clareza na transação entre as partes antes de embarcarem no negócio”.
O Itaú BBA manteve a sua avaliação da Camil como outperform (equivalente a uma recomendação de compra).
Movimento faz parte da estratégia de expansão internacional da Camil
O comunicado da Camil afirma que “a aquisição vem em linha com a estratégia de continuidade da expansão internacional da Companhia, viabilizando o início da operação de arroz no mercado paraguaio, a diversificação e a melhoria da competitividade da originação do produto”.
Ações da Camil não sentem ‘emoções’ da aquisição
Por volta das 12h55 de hoje (6), as ações da Camil (CAML3) na B3 estavam cotadas a R$ 9,63, queda de cerca de 1,6% em relação ao fechamento anterior. Os papéis têm sido negociados acima de R$ 9 desde o dia 12 de julho, mas sem grandes variações.
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
