Banco do Brasil (BBAS3) obtém empréstimo de US$ 50 milhões com o Citi para financiar agenda ESG a juros mais baixos
É a primeira vez que dois bancos, um americano e um brasileiro, se unem numa linha de financiamento do tipo
O Banco do Brasil (BBAS3) acaba de levantar US$ 50 milhões (R$ 276 milhões) com o Citi, em Nova York, nos Estados Unidos, para emprestar para projetos sustentáveis no Brasil.
É a primeira vez que dois bancos, um americano e um brasileiro, se unem em uma linha de financiamento que prevê juros menores caso compromissos da agenda ESG – sigla em inglês para boas práticas e ações relacionadas ao meio ambiente, sociais e de governança –, sejam alcançados.
- VEJA TAMBÉM: Copom sobe Selic para 10,75% e dá sinal de preocupação com a inflação; veja opção na renda fixa para se proteger contra a alta do IPCA
No mercado de capitais, essa operação, chamada de 'sustainability linked loans' justamente por atrelar compromissos de sustentabilidade das empresas emissoras às taxas do empréstimo, já é bastante utilizada.
A novidade é fazer uma transação com as mesmas características entre um banco americano e um brasileiro. "É uma operação inédita", diz a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, em entrevista ao Broadcast, em Nova York, onde a alta cúpula do conglomerado está para uma nova rodada de captação de recursos para a agenda sustentável do País e conversas com investidores estrangeiros.
Do lado do BB, o banco se comprometeu com duas metas: de expansão da carteira de crédito de agronegócio sustentável e de baixo carbono e de ampliar a liderança de mulheres e negros na instituição financeira, trabalho que tem sido reforçado na gestão de Medeiros.
Além disso, o BB também fica responsável por fazer o monitoramento do investimento, garantindo que os compromissos estão sendo cumpridos.
Leia Também
"Esta operação está na vanguarda das finanças ESG, integrando metas inovadoras que visam a fortalecer nossa carteira de investimentos responsáveis, e se distingue por atrelar suas condições comerciais aos compromissos de diversidade racial e de gênero na alta liderança do banco", diz o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia.
Parceria entre Citi e Banco do Brasil para a agenda ESG deve ser só a primeira de muitas
O Citi entra com a liberação de recursos, a taxas mais atrativas, a depender do atingimento das metas por parte do banco brasileiro. Se não forem cumpridas, os juros cobrados para a tomada de recursos aumentam.
"Uma das nossas aptidões é ser o banco dos bancos. Nós competimos em algumas transações, mas também apoiamos o crescimento deles no Brasil", diz o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, em entrevista ao Broadcast, em Nova York.
Segundo ele, o banco está ampliando o seu portfólio de produtos sustentáveis dentro da sua estratégia de sustentabilidade no Brasil e também global, cuja meta é atingir US$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030.
O empréstimo com o BB é um bom exemplo, e o Citi já conversa com outras instituições financeiras para replicar o modelo. "A ideia é que esse produto ganhe mais volume dentro da nossa plataforma", diz.
Com o próprio BB, a transação selada na sede do Citi, em Nova York, foi só o começo. Conforme executivos, foi uma tranche inicial, e a ideia é estabelecer uma linha constante de recursos para apoiar a agenda ESG no Brasil dentro e fora do banco.
"O mercado norte-americano vem se desenvolvendo cada vez mais no tema ESG, com um crescente engajamento das instituições americanas, e, no caso dessa operação, os recursos farão a diferença na vida de milhares de brasileiros", afirma o responsável pelo BB em Nova York, Mario Fujii.
Bilionário de uma das empresas que mais poluem no planeta promete zerar emissões de sua mineradora até 2030 — e cobra políticos e empresários para que se mexam
Quarta maior mineradora de minério de ferro do mundo, a Fortescue pretende parar de queimar combustíveis fósseis em suas operações na Austrália até o final da década
Prepare o seu relógio: Ministro fala na volta do horário de verão em novembro e diz que decisão será tomada nos próximos dias
Se não houver uma melhora no cenário hidrológico do país, horário de verão pode voltar em novembro, afirmou ministro de Minas e Energia
Rodolfo Amstalden: Brasil com grau de investimento: falta apenas um passo, mas não qualquer passo
A Moody’s deixa bem claro qual é o passo que precisamos satisfazer para o Brasil retomar o grau de investimento: responsabilidade fiscal
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
A um passo do grau de investimento: Moody’s eleva rating do Brasil para “Ba1”com perspectiva positiva. O que mudou na economia?
Vale lembrar que para a Fitch Ratings e a S&P Global, as outras duas agências de classificação de risco que formam as Big 3, o Brasil segue com grau de investimento especulativo
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Vem Fiagro multimercado: CVM enfim publica novas regras para fundos de investimento no agronegócio; confira o que vai mudar
Segundo a autarquia, a norma para os Fiagros entrará em vigor em 3 de março de 2025 e o Seu Dinheiro havia antecipado a notícia para você
Bolsas da China vão do ‘dragão de madeira’ ao ‘touro de ouro’ com nova rodada de estímulos — mas índices globais caem de olho em dados da semana
Nos próximos dias serão publicados os números de emprego nos Estados Unidos, que darão pistas sobre o futuro dos juros norte-americanos
Agenda econômica: Feriado na China drena liquidez em semana de payroll e dados de atividade das principais economias do mundo
Além dos dados de atividade, os discursos de autoridades monetárias prometem movimentar os mercados financeiros nos próximos dias
A promessa será cumprida: nova regulação dos fiagros sai mesmo em setembro, garante presidente da CVM; veja o que deve mudar
Novas regras devem sair na próxima segunda-feira (30) e ampliam as possibilidades de investimento dos fiagros, incluindo ativos verdes
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
Banco BV lança CDB que rende até 136% do CDI e com resgate até nos finais de semana; veja como investir
O novo título faz parte da ação que comemora os 36 anos do banco neste mês de setembro
Dia agitado na bolsa: Ibovespa reage a RTI, Campos Neto, PIB dos EUA, Powell e estímulos na China
Relatório Trimestral de Inflação vem à tona um dia depois de surpresa positiva com o IPCA-15 de setembro
A fábrica de bilionários não pode parar: Weg (WEGE3) vai investir mais de R$ 500 milhões no Brasil; saiba qual estado vai ficar com a maior parte do aporte
No dia anterior, a queridinha dos investidores havia anunciado a distribuição milionária de dividendos para os seus acionistas; confira os detalhes
Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3) aparecem entre as maiores baixas do Ibovespa após rebaixamento. Qual é o problema com essas duas ações?
O Citi deixou de recomendar a compra dos dois papéis e passou a adotar uma postura neutra; entenda a razão da mudança do banco norte-americano
China anuncia mais estímulos e yuan salta para maior valor contra o dólar em 16 anos; saiba por que essa é uma boa notícia para o Brasil
O aumento dos estímulos à economia chinesa deve aumentar a demanda do país por commodities, o que é positivo, por exemplo, para a Vale
Transformando um inimigo em aliado: Com influência de estímulos da China perto de limite, Ibovespa mira no IPCA-15
Analistas projetam aceleração da prévia da inflação em setembro em relação a agosto, mas desaceleração na leitura anual
Felipe Miranda: O Fim do Brasil não é o fim da História – e isso é uma má notícia
Ao pensar sobre nosso país, tenho a sensação de que caminhamos para trás. Feitos 10 anos do Fim do Brasil, não aprendemos nada com os erros do passado
Campos Neto vê exagero dos mercados na precificação dos riscos fiscais; veja o que o presidente do Banco Central disse dessa vez
Durante evento do Banco Safra, nesta terça-feira (24), RCN também falou sobre perspectiva em relação à economia norte-americana e os impactos das queimadas no Brasil nos preços
Ficou mais caro comprar casa própria no Brasil com juro alto — e a classe média é quem mais sofre, diz Abrainc
Participação do mercado de médio padrão no Valor Global Lançado (VGL) caiu de 60% para 50% no segundo trimestre de 2024