🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

ESQUENTA DO BALANÇO

Ações da Petrobras (PETR4) caem com produção menor no 3T24 — e analistas dizem o que esperar do próximo anúncio de dividendos da estatal

Com base nos dados operacionais divulgados, os grandes bancos e corretoras dizem o que pode vir por aí no dia 7 de novembro, quando a estatal apresenta o resultado financeiro do terceiro trimestre

Carolina Gama
29 de outubro de 2024
13:45 - atualizado às 14:17
Logo da Petrobras diante de gráfico de ações. PETR4 Ibovespa Bolsa
Imagem: Montagem Canva Pro

"Foi declínio mesmo”. Sem rodeios, Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4), comentou nesta terça-feira (29) a queda de produção da estatal no terceiro trimestre. Agora, o mercado espera pelos resultados financeiros, que serão divulgados em 7 de novembro, e os investidores se perguntam o que fazer com as ações da petroleira até lá. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A reação do mercado aos dados operacionais da estatal é negativa — embora a queda do petróleo no exterior não ajude. No início da tarde na B3, as ações PETR3 operavam em baixa de 0,23%, a R$ 39,23, mas acumulavam ganho de 12,9% no ano. No fechamento, a queda foi de 0,25%, a R$ 39,22.

Já as PETR4 recuavam 0,64%, a R$ 35,86, com ganho de 8,7% em 2024. Ao final do pregão, as ações preferenciais da estatal caíram 0,22%, a R$ 36,01. Em Nova York, os papéis PBR caíam 0,56%, a US$ 12,52 e amargavam perda de 7,2% no ano. No fechamento, a queda foi de 1,23%, a US$ 13,62.

A visão dos grandes bancos e corretoras sobre os papéis da Petrobras não é unânime: embora a maioria deles tenha reafirmado a compra — com a XP atualizando hoje o modelo para a empresa — há quem tenha um pouco de cautela com relação à estatal.

O Citi, por exemplo, seguiu com a indicação neutra para os American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras. O preço-alvo é de US$ 15 — o que representa um potencial de valorização de 8,8% em relação ao último fechamento. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco norte-americano não está sozinho. A Empiricus Research também reafirmou a recomendação neutra para Petrobras após os dados operacionais do terceiro trimestre. 

Leia Também

“No geral, a Petrobras mostrou números operacionais sólidos mais uma vez, mesmo atrapalhados por algumas paradas. Por ora, entendemos que PETR4 está bem precificada e mantemos nossa recomendação neutra”, diz Ruy Hungria, analista da Empiricus Research. 

Já o BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Petrobras, enfatizando ser uma “opção segura” para aqueles que procuram alguma exposição ao setor de óleo e gás. O preço-alvo é de US$ 19 para os ADRs, com um potencial de valorização de 37,8%.

“Ainda vemos Petrobras como um dos nomes mais atraentes”, diz o banco ao avaliar que o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre da Petrobras "não mostrou grandes surpresas". 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Goldman Sachs e Santander também estão no grupo que tem uma recomendação de compra para Petrobras. No caso do primeiro, o preço-alvo é de US$ 15,90 — o que representa um potencial de valorização de 15,3% sobre o fechamento de ontem.

"Acreditamos que o anúncio [da queda da produção] deve ser visto como um não evento", afirmam os analistas do Goldman, lembrando que mensalmente a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) divulga os números de produção para o mercado de petróleo. 

Ao reiterar a compra para as ações da Petrobras, o Santander disse que, apesar da queda de cerca de 7% nos preços do Brent, os volumes estáveis de Exploração e Produção (E&P), junto a margens mais altas no refino e volumes mais altos no segmento de Gás e Petróleo (G&P), devem sustentar o Ebitda da estatal.

Já o Bank of America indicou, ao manter a compra para os papéis, que desenvolvimentos importantes na Petrobras ajudaram a acalmar preocupações sobre governança corporativa, preços de combustível e dividendos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Além disso, mensagens fortes foram transmitidas pelo governo e pela estatal em apoio à exploração do prospecto da Margem Equatorial. Por isso, continuamos a esperar fortes retornos de caixa no futuro próximo”, diz o banco, que tem preço-alvo de US$ 18,50 para os ADRs da estatal. 

A XP, por sua vez, passou a recomendar a compra dos papéis da estatal após a divulgação dos dados de produção. A corretora também elevou o preço-alvo das ações ON e PN de R$ 45,10 para R$ 46, indicando um potencial de valorização de 16% e 27%, respectivamente.

A previsão da XP considera o petróleo Brent — referência no mercado internacional — a US$ 70 por barril, mantendo a empresa como a principal escolha do setor, destacando os dividendos como o ponto forte da companhia.

  • Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente

Por falar em dividendos…

A Petrobras ainda está com metade dos dividendos extraordinários represados, e a expectativa agora é saber se a estatal vai liberá-los junto com os resultados financeiros do terceiro trimestre ou se a quantia bilionária ficará para os últimos três meses do ano. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o Itaú BBA, a estatal deve apresentar um desempenho moderado no próximo dia 7 de novembro, principalmente devido aos preços mais fracos do petróleo. 

A estimativa do banco é de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 11,6 bilhões e gastos de capex (investimentos) de US$ 3,4 bilhões para o trimestre — o que levará a um dividendo ordinário de US$ 2,5 bilhões (rendimento de 3%).

Para um potencial anúncio de dividendo extraordinário, o BBA leva em conta uma avaliação com o limite atual da dívida bruta e o nível de caixa ideal, com cenário-base de US$ 2,6 bilhões (rendimento adicional de 3,1%), resultando em um possível rendimento total de dividendos de 6,1%.

Com base na política de dividendos da Petrobras, a XP espera dividendos ordinários de cerca de US$ 2,6 bilhões (yield trimestral de 2,8%). A corretora, no entanto, acredita que o yield de dividendos para o trimestre pode ser maior se a Petrobras anunciar dividendos extraordinários. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Embora a empresa não tenha obrigação de fazer tal distribuição, acreditamos que o estágio avançado de organização para o próximo plano de negócios permite que a Petrobras tenha maior visibilidade sobre as necessidades futuras de caixa. Em nossa opinião, a distribuição adicional poderia chegar a até US$ 4 bilhões (yield adicional de 4,6%), embora a empresa possa optar por ser mais conservadora e reter mais dinheiro em caixa”, diz a XP em relatório.

Enquanto o mundo cresce, a bolsa brasileira patina o que está acontecendo?

O Morgan Stanley acredita que os dividendos extraordinários serão anunciados com a atualização do plano de negócios da Petrobras, o que deve acontecer no final de novembro.

Ou seja, o banco espera apenas o anúncio de dividendos ordinários de R$ 1,06 por ação (US$ 0,38 por ADR) junto com o balanço trimestral. 

O Santander estima o pagamento de US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários e não inclui dividendos extraordinários na prévia trimestral, mas os analistas afirmam que não se surpreenderiam caso a estatal anunciasse mais uma rodada de extraordinários, por acreditarem que a companhia possa distribuir até US$ 4,5 bilhões até o final do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos cálculos do BTG Pactual, a Petrobras deve anunciar em 7 de novembro um Ebitda recorrente de US$ 11,6 bilhões referente ao terceiro trimestre, fluxo de caixa livre em US$ 2,1 bilhões, e dividendos ordinários de US$ 2,1 bilhões, com rendimento de 2,5%. 

“Não descartaríamos a possibilidade de dividendos extraordinários em novembro, que, juntamente com o novo plano estratégico de cinco anos, poderiam ser os principais gatilhos para as ações — potencialmente ainda mais do que os resultados trimestrais”, diz o banco. 

O que diz quem manda na Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, não comentou sobre os dividendos da estatal nesta terça-feira (29), mas ela avaliou o desempenho operacional da estatal no terceiro trimestre. 

Segundo Chambriard, o declínio natural da produção dos campos da Petrobras foi a principal causa da queda registrada pela companhia entre julho e setembro. Ela prevê, no entanto, um quarto trimestre melhor e um crescimento gradual nos próximos anos com a entrada de novas plataformas e a recuperação de campos maduros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na noite de segunda-feira (28), a Petrobras divulgou os dados operacionais do terceiro trimestre do ano, quando registrou queda de 6,5% na produção de petróleo e gás natural na comparação com o ano passado.

"Foi declínio mesmo. Toda vez que a gente coloca algumas plataformas [em operação] e no ano seguinte custa para colocar [em operação], a produção cai, por isso temos que estar sempre antecipando produção e colocando plataformas", disse Chambriard após participar do 4º Brazilian Petroleum Conference, que está sendo realizado até o dia 31, no Rio de Janeiro.

"Este ano a gente tinha programado só uma plataforma no plano estratégico, mas estamos antecipando Maria Quitéria em seis meses e Almirante Tamandaré em três meses — isso vai dar um gás para produção e já vai começar no quatro trimestre", acrescentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

MATILHA CRESCENDO

Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP

10 de dezembro de 2025 - 18:46

A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove

SOCORRO A CAMINHO

Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal

10 de dezembro de 2025 - 16:54

Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro

CONSTRUINDO VALOR AO ACIONISTA

Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?

10 de dezembro de 2025 - 14:58

A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)

ALÔ, ACIONISTAS

Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança

10 de dezembro de 2025 - 13:32

A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil

EMPREENDEDORISMO

Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento

10 de dezembro de 2025 - 12:56

No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados

ADEUS, PENNY STOCK

Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?

10 de dezembro de 2025 - 9:57

Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização

ESTÁ DECIDIDO

Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos

10 de dezembro de 2025 - 9:01

O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual

GRANA NO BOLSO

Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos

9 de dezembro de 2025 - 20:28

Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento

PIOR QUE A ENCOMENDA

Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação

9 de dezembro de 2025 - 18:51

O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano

INCERTEZAS

Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master

9 de dezembro de 2025 - 16:03

Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure

SOB PRESSÃO

Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso

9 de dezembro de 2025 - 15:11

A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão

VOO AOS STATES

Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda

9 de dezembro de 2025 - 13:42

Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta

DIVIDENDOS NO BOLSO

Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas

9 de dezembro de 2025 - 13:06

O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões

DO LIVRO AO LIVE COMMERCE

Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento

9 de dezembro de 2025 - 7:11

Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar