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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Acabou a queima de caixa: ClearSale (CLSA3) gera caixa positivo pela 1ª vez desde o IPO — veja os números do balanço do 1T24 e as apostas do CEO para 2024

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o CEO Eduardo Mônaco anunciou dois compromissos para garantir o crescimento sustentável da ClearSale e comenta rumores de venda

Camille Lima
Camille Lima
13 de maio de 2024
18:06 - atualizado às 23:15
Eduardo Monaco, CEO da ClearSale
Eduardo Monaco, CEO da ClearSale - Imagem: Divulgação

A reestruturação da ClearSale (CLSA3) parece enfim ter começado a gerar frutos. Após diminuir a exposição a grandes varejistas em busca de rentabilidade e sustentabilidade financeira, a empresa não só conseguiu aumentar o número de vendas novas, como também gerar caixa positivo pela primeira vez desde o IPO, em 2021.

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A companhia de soluções antifraude registrou geração de caixa líquido de R$ 10 milhões no primeiro trimestre deste ano. Já do lado operacional, a cifra chegou a R$ 29,5 milhões.

Ainda que 2024 seja considerado um ano de transição estratégica, o CEO Eduardo Mônaco anunciou dois compromissos para garantir o crescimento sustentável da ClearSale no longo prazo.

“O primeiro compromisso é vender muito e de forma diversificada. O outro é realizar uma gestão muito forte do caixa para ser uma empresa que caminha cada vez mais para rentabilidades sustentáveis e estruturadas”, afirmou o executivo, em entrevista ao Seu Dinheiro.

Questionado sobre os rumores de uma potencial venda do negócio para a Experian, dona da Serasa no Brasil, o CEO da ClearSale afirmou que não há novidades em relação ao comunicado de abril.

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“É muito comum termos momentos de conversa com os players do mercado, seja para aquisições ou para parcerias. Inúmeros processos acontecem diariamente na nossa dinâmica e a gente continua na mesma toada: sempre temos interesse em conversar com todos os potenciais players que estrategicamente possam colaborar com o nosso propósito.”

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Enquanto isso na B3, as ações da ClearSale (CLSA3) aparecem entre os destaques de alta no ano, com uma valorização de 101%.

Balanço da ClearSale (CLSA3): de olho na receita do 1T24

A ClearSale (CLSA3) divulgou nesta segunda-feira (13) o resultado do primeiro trimestre de 2024, logo após o fechamento dos negócios na B3. 

Apesar da geração de caixa, a empresa ficou no vermelho na última linha do resultado e registrou um prejuízo de R$ 8,7 milhões. De todo modo, foi uma perda 50,2% menor do que no mesmo período do ano passado.

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Desde o ano passado, a companhia decidiu “sacrificar” temporariamente a receita para priorizar um aumento de margens, em um reposicionamento de soluções para negócios mais rentáveis no longo prazo, de acordo com o CEO.

Como consequência, a receita líquida da ClearSale recuou 10,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 111,6 milhões. 

“Continuamos sempre muito focados em diversificar muito a nossa receita. Estamos propositadamente conversando com nossos clientes para ter produtos muito mais escaláveis e rentáveis. Isso pressiona a receita no curto prazo, mas gera muitas oportunidades de médio e longo prazo”, afirmou o CEO.

Para Mônaco, a estratégia de reposicionamento da empresa abriu a possibilidade de aumentar o número de produtos oferecidos pela companhia, além de elevar a quantidade de mercados endereçáveis da empresa.

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Veja as principais linhas do balanço do 1T24:

  • Prejuízo líquido: R$ 8,7 milhões (-50,2% a/a);
  • Ebitda: -R$ 6,8 milhões (-63,3% a/a);
  • Venda Nova Realizada total: R$ 9 milhões (+71,4% a/a).

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Diversificação do negócio

O balanço da ClearSale (CLSA3) no primeiro trimestre de 2024 trouxe também o impacto da diversificação de mercados e produtos realizada pela companhia. O indicador “vendas novas realizadas”, que contabiliza a receita de produtos vendidos no período, cresceu 71,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023, a R$ 9 milhões. 

Enquanto as vendas recorrentes mensais caíram 7,2%, pressionadas pela redução da exposição da ClearSale a grandes varejistas, o faturamento com novos produtos foi o principal catalisador do resultado. A cifra chegou a R$ 4,9 milhões entre janeiro e março deste ano, uma disparada de 496% no comparativo anual.

Vale destacar que esse indicador começou a ser sinalizado no balanço da ClearSale neste trimestre como “vendas novas de recorrência não mensal” — isto é, receitas sem previsibilidade mensal de consumo, já que a dinâmica de venda para novos produtos é diferente dos tradicionais ofertados para o setor de varejo.

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Uma das novas apostas da ClearSale para 2024 é o mercado de crédito, com o lançamento da solução de score de crédito para grandes bancos. Já para os emissores de cartões de crédito, o foco é a manutenção da principalidade através da identificação dos “bons consumidores”.

“Em breve, com tudo o que estamos fazendo em função dessa geração de venda nova e desses novos produtos e mercados, a ClearSale voltará a crescer o que a empresa já está pronta para crescer”, afirmou Mônaco.

As apostas da ClearSale (CLSA3)

Apesar da tendência de baixa de receita ter se estendido para o início de 2024, o diretor financeiro (CFO) da ClearSale, Alexandre Mafra, vê o resultado como um sinal de que a transformação estratégica colocou a empresa no caminho certo.

“O nosso sentimento é que batemos no fundo do poço da queda de receita no quarto trimestre, e esses três primeiros meses são emblemáticos porque confirmam isso. Agora, a expectativa para frente é que essa queda comece a diminuir de uma forma mais acentuada e que vire em algum momento para crescimento de receita”, projetou o CFO.

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Já o presidente da ClearSale destacou que a empresa não promete uma data exata de inflexão da receita, mas garantiu que o crescimento do faturamento deve acontecer ainda em 2024.

O CEO afirmou que não vê novos investimentos ou aquisições no radar neste ano. “O nosso plano é acertar continuar essa jornada de deixar a empresa mais estruturada e redonda para que seja capaz de caminhar na direção de gestão de caixa.”

A partir do momento que a geração de caixa estiver “equilibrada e sustentada”, a ClearSale deve investir em três frentes: novos produtos, tecnologias novas como o real digital e oportunidades inorgânicas

Para além das oportunidades, o CEO revelou quais são os principais riscos da companhia em 2024. Assim como outros incumbentes, a ClearSale sofre a pressão do aumento da concorrência — especialmente no mercado de soluções digitais para o varejo. 

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O Magazine Luiza, por exemplo, começou a desenvolver soluções de Cloud para pequenas e médias empresas, incluindo autenticação de usuários — um dos produtos disponibilizados pela própria ClearSale. 

“A gente não enxerga isso como um grande risco para o nosso negócio”, avaliou Mônaco sobre o impacto do Magalu Cloud. “Qual vai ser a nossa estratégia para combater a concorrência? Temos estratégias específicas para cada um dos setores, porque hoje nós temos tecnologia suficiente para poder fazer diferentes combinações e atacar o segmento de forma mais precisa.”

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