A Inteligência Artificial (IA) alçou Wall Street a novos recordes — mas os investidores estão preparados se a bolha estourar?
O surgimento de empresas de ponta no ramo de inteligência artificial conseguiu driblar — ainda que momentaneamente — o mau humor decorrente das altas taxas de juros por lá

O pregão da última segunda-feira (17) foi de recorde para os índices Nasdaq e S&P 500 da bolsa de Nova York. O primeiro atingiu os 17.857,02 pontos, com uma alta de 0,95%, enquanto o outro bateu os 5.473,23 pontos após avanço de 0,77%, tudo graças ao aumento da demanda por empresas do ramo de Inteligência Artificial (IA).
Quem ajudou no forte desempenho dos índices foram as gigantes de tecnologia Microsoft e Apple, além de outras empresas do ramo, como Broadcom e Qualcomm — estas últimas, impulsionadas pelo aumento na demanda por infraestrutura de IA.
Ainda que a queridinha do ramo, a Nvidia, tenha caído no pregão de ontem, seu crescimento nos últimos meses e anos tem chamado a atenção.
Só no primeiro trimestre de 2024, o lucro da empresa cresceu mais de 600% — isso depois de apresentar sucessivos resultados crescentes da ordem de três dígitos.
Porém, se essa febre em relação à inteligência artificial inflou índices, empresas e fez investidores embolsar gordos retornos, até quando esse crescimento se assemelha a uma bolha, como aquela do “pontocom” no início dos anos 2000?
E, mais do que isso, o que acontece se ela estourar antes do esperado?
Leia Também
Microsoft (MSFT34) dispara 9% em Nova York após balanço superar expectativas de lucro e receita no primeiro trimestre
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
- Oportunidade de lucros dolarizados, mais segurança e liberdade financeira: conheça o Plano "Investidor Global" e dê um upgrade nos seus investimentos. Clique aqui para saber como.
A “bolha” da Inteligência Artificial (IA) nos mercados
Analistas da Capital Economics afirmam que um estouro da "bolha" da IA poderia acabar com o desempenho do mercado acionário dos EUA.
Recapitulando, a economia norte-americana vem apresentando uma recuperação superior ao restante do mundo no período pós-pandemia.
Ao mesmo tempo, a elevada taxa de juros no país seria um fator limitante para o mercado financeiro.
Mas o surgimento de empresas de ponta no ramo de inteligência artificial conseguiu driblar — ainda que momentaneamente — o mau humor decorrente das taxas altas.
Contudo, o que era motivo de festa pode ter virado um calcanhar de Aquiles para as bolsas. Isso porque o mercado passou a ficar demasiadamente dependente de ações e empresas do ramo de IA. Caso a “bolha” estoure, ela pode levar os ganhos para o buraco.
Um exemplo desse cenário é a excessiva participação da Nvidia no desempenho do S&P 500: cerca de 30% do bom desempenho do S&P 500 veio da fabricante de chips e semicondutores.
O futuro nebuloso
Para o próximo um ano e meio, o economista-chefe da Capital Economics, Neil Shearing, ainda enxerga espaço para que o mercado acionário dos EUA continue a superar o resto do mundo.
No entanto, sua equipe adverte que essa alta não irá durar para sempre.
Eles lembraram que o principal motor do desempenho além do esperado das ações americanas desde 2008 tem sido "um aumento mais rápido" nos lucros por ação (EPS, na sigla em inglês).
Além disso, setores de crescimento rápido, como o de tecnologia, e um dólar relativamente mais forte em todo o mundo também contribuíram para este cenário.
Porém, quando "a poeira finalmente baixar" após o estouro da bolha da IA, boa parte desses motores da alta das ações norte-americanas desaparecerá.
Assim, o mercado dos EUA voltará a ter "retornos semelhantes" aos do resto do mundo, segundo os analistas.
Por fim, Shearing e sua equipe duvidam que o fim da bolha da inteligência artificial tenha qualquer "impacto duradouro" na economia dos EUA, já que o estouro de outras bolhas — como aquela do “pontocom” — não acabou com o domínio econômico dos EUA na época.
*Com informações do Market Watch
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA
Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas