Dia agitado na bolsa: Ibovespa reage a RTI, Campos Neto, PIB dos EUA, Powell e estímulos na China
Relatório Trimestral de Inflação vem à tona um dia depois de surpresa positiva com o IPCA-15 de setembro

Inflação, atividade econômica, bancos centrais e taxas de juros têm sido temas recorrentes por aqui. Hoje não vai ser diferente, mas uma surpresinha nunca é demais.
A primeira surpresa veio ontem. O resultado do IPCA-15 de setembro veio bem melhor do que se esperava. Isso na véspera do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). O documento será divulgado hoje pelo Banco Central (BC).
Para além das projeções econômicas da autoridade monetária, as atenções estarão voltadas para a entrevista coletiva do presidente do BC, Roberto Campos Neto, no fim da manhã.
Isso porque o IPCA-15, embora seja um dado isolado, deixou uma pulga atrás da orelha em relação às percepções do BC e do próprio mercado referentes ao aquecimento da economia.
De qualquer modo, os participantes do mercado mantêm a projeção de que o Copom vai acelerar a alta dos juros em sua próxima reunião.
Enquanto isso, as medidas de estímulo à economia chinesa continuam repercutindo nos mercados financeiros internacionais.
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A essa altura, os estímulos à economia chinesa estão longe de ser uma surpresa, mas as bolsas europeias e os índices futuros de Wall Street aproveitam o embalo mesmo assim na manhã desta quinta-feira.
Nas próximas horas, porém, as atenções dos investidores vão mudar de longitude.
Hoje virá à tona a leitura final do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre.
Ao longo dia, diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) falarão em público.
O destaque fica por conta de um discurso preparado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, para evento de mercado.
Os investidores estão em busca de sinais referentes à magnitude do próximo corte de juros nos EUA. Vai que surge alguma surpresa.
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