Petróleo tomba no exterior com guerra no Oriente Médio e demanda mais fraca no radar — e ações da Petrobras (PETR4) acompanham queda na B3
O esfriamento da guerra no Oriente Médio faz sombra sobre a commodity hoje após notícias de que Israel teria prometido aos EUA que não atacaria instalações de petróleo e nucleares do Irã

Os barris de petróleo tombaram no mercado internacional nesta terça-feira (15) com o empurrão de duas ondas de vento contrárias: a demanda pela commodity enfraquecida e os conflitos no Oriente Médio mais contidos.
Por volta das 12h30, o barril do óleo tipo Brent — referência global e para os preços praticados pela Petrobras (PETR4) — recuava 4,70%, cotado a R$ 73,82. No mesmo horário, o petróleo cru WTI, referência no mercado americano, caía 4,97%, a R$ 70,16.
- A carteira de investimentos ideal existe? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar carteira personalizada para diferentes estratégias; saiba mais
O mau humor ainda respingou na bolsa brasileira, com quedas se espalhando por todo o setor de óleo e gás e pressionando o Ibovespa. O principal índice de ações da B3 registrava baixa de 0,12%, aos 130.847 pontos.
O destaque negativo do segmento é a Petrobras (PETR4), que recuava 1,54%, negociada a R$ 37,13 na B3.
Veja o desempenho das ações do setor de energia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VARDIA |
---|---|---|---|
RECV3 | PetroRecôncavo ON | R$ 17,61 | -1,62% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 40,72 | -1,57% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 37,13 | -1,54% |
PRIO3 | Prio ON | R$ 42,89 | -1,24% |
BRAV3 | Brava Energia ON | R$ 17,16 | -0,69% |
Demanda por petróleo enfraquecida
Um dos principais fatores de pressão nas cotações da commodity hoje é o corte nas projeções de demanda da Agência Internacional de Energia (AIE) para 2024.
Leia Também
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
A agência reduziu a projeção para o avanço da demanda global por petróleo neste ano pelo terceiro mês seguido, refletindo o peso da rápida desaceleração do consumo na China nas perspectivas da commodity.
Agora, a AIE prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 862 mil barris por dia (bpd) em 2024, contra uma estimativa anterior de 903 mil barris.
No entanto, para o ano que vem, a projeção para a alta do consumo foi revisada para cima: de 954 mil bpd para 998 mil bpd.
"A demanda chinesa por petróleo segue abaixo das expectativas e é o principal obstáculo ao crescimento geral", afirmou a AIE, acrescentando que a China deverá ser responsável por cerca de 20% dos ganhos globais neste ano e no próximo, em comparação a quase 70% em 2023.
As projeções da AIE permanecem substancialmente inferiores às da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Vale lembrar que o cartel reduziu suas previsões na última segunda-feira (14), mas ainda projeta um crescimento da demanda em níveis saudáveis de 1,93 milhão de bpd este ano e 1,64 milhão de bpd no próximo.
- Acesso aos programas e podcasts do Seu Dinheiro em primeira mão? Confira esta a outras vantagens de fazer parte do Clube de Investidores SD Select
Sem escalada dos conflitos no Oriente Médio
O esfriamento da guerra no Oriente Médio também faz sombra sobre o petróleo hoje, após notícias de que Israel teria prometido aos Estados Unidos que não atacaria instalações de petróleo e nucleares do Irã.
Segundo o Washington Post, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse ao governo de Joe Biden que está disposto a atacar instalações militares em vez de petrolíferas ou nucleares no Irã.
No início deste mês, a commodity disparou em meio a temores de que Israel responderia aos ataques de mísseis iranianos com retaliações às instalações petrolíferas da república islâmica.
Ou seja, Israel agora estaria mais inclinado a um contra-ataque limitado com o objetivo de evitar uma guerra em grande escala — o que limitaria as chances de uma interrupção na produção iraniana de óleo e gás.
O próprio Biden já havia dito publicamente que não apoiaria um ataque israelense a instalações nucleares.
O gabinete do primeiro-ministro israelense disse, em nota, que "ouviu as opiniões dos Estados Unidos, mas tomará as decisões finais com base no interesse nacional".
“Notícias sugerindo que Israel pode não atingir alvos de petróleo iranianos aliviaram os temores de uma interrupção no fornecimento”, avaliaram os analistas do Itaú BBA.
Na avaliação do Santander, o foco do mercado de petróleo nos próximos meses será principalmente na oferta — e não na demanda —, especialmente de olho em questões como potenciais interrupções que uma escalada de tensões geopolíticas poderia ter na produção no Oriente Médio, especialmente na produção do Irã e exportações.
Além disso, a política da Opep também deve continuar no radar, com foco na decisão do cartel de quando começar a desfazer os cortes voluntários de produção. Segundo os analistas, isso poderia ocorrer após a reunião de 1º de dezembro.
“Embora acreditemos que o cenário geopolítico atual possa dar suporte aos preços do petróleo no curto prazo, notamos que a volatilidade pode permanecer pelo menos até que a Opep dê mensagens claras sobre sua estratégia para 2025”, disse o banco, em relatório.
*Com informações da Reuters, Washington Post e Estadão Conteúdo.
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora