🔴 É AMANHÃ: ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – VEJA COMO PARTICIPAR GRATUITAMENTE

Um ano após o atentado: o mercado de petróleo volta a mostrar sinais de alerta e “kit geopolítico” pode proteger o investidor

Diante de um cenário de incertezas, com potencial para ganhar ainda mais escala, a inclusão de ativos defensivos na carteira é fundamental

8 de outubro de 2024
6:08 - atualizado às 18:32
Barril de petróleo e mapa-múndi.
Barril de petróleo e mapa-múndi. - Imagem: Shutterstock

No Oriente Médio, o dia 7 de outubro de 2023 marcou o início de um conflito devastador, provocado pelos ataques do Hamas contra Israel. Nessa data, extremistas invadiram o território israelense, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, configurando o dia mais sangrento dos 76 anos de história de Israel. Além disso, 250 pessoas foram sequestradas, das quais mais de 100 ainda permanecem em cativeiro em Gaza.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva massiva em Gaza com o objetivo de desmantelar o Hamas. Esse evento teve grandes repercussões na política internacional, afetando inclusive as eleições presidenciais dos EUA, com o presidente Joe Biden demonstrando uma capacidade limitada de influenciar a resposta israelense. 

Um ano depois, fica evidente o impacto transformador desse ataque no cenário político e militar da região. Atualmente, Israel enfrenta conflitos em múltiplas frentes. Além da luta contínua contra o Hamas em Gaza, o país está envolvido em embates no norte, onde o Hezbollah, do Líbano, também apoia ataques, e no Mar Vermelho, onde os rebeldes Houthis do Iêmen vêm atacando embarcações israelenses e ocidentais, além de lançar drones e mísseis contra Israel, apesar da considerável distância geográfica.

O petróleo no centro de uma guerra de retaliações

Recentemente, o Irã elevou ainda mais as tensões ao ameaçar uma intervenção direta no conflito, um desenvolvimento com potencial de repercussões devastadoras tanto regionais quanto globais.

Após o assassinato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, o Irã retaliou lançando 200 mísseis balísticos contra Israel. Apesar dos danos terem sido contidos, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma retaliação firme, enfrentando forte pressão doméstica para agir decisivamente.

Podemos argumentar com firmeza, portanto, que os ataques terroristas do ano passado desencadearam uma profunda crise geopolítica, colocando Israel em um conflito multifacetado e de resolução incerta.

Leia Também

A escalada das tensões regionais elevou os preços do petróleo, que voltaram a se aproximar dos US$ 80 por barril, refletindo os riscos que essa situação representa para a cadeia global de suprimentos.

O mundo agora observa atentamente enquanto Israel prepara uma possível retaliação contra o Irã. Nesse ínterim, as forças israelenses têm intensificado suas operações militares, com ataques aéreos recentes que atingiram depósitos de armas ao sul de Homs, na Síria, e armazéns de foguetes em áreas rurais. Além disso, alvos no sul do Líbano e em Beirute também foram neutralizados, ampliando o escopo do conflito.

Estamos atentos a dois principais riscos de escalada que podem impactar o mercado:

  • a possibilidade de interferência iraniana no transporte de petróleo, especialmente no Estreito de Ormuz; e
  • potenciais ataques direcionados à produção e exportação de petróleo, tanto por Israel quanto pelo Irã, incluindo instalações e infraestruturas críticas.

Esses cenários trazem à tona o risco de um novo choque de oferta de petróleo, semelhante ao observado no início da invasão russa na Ucrânia.

O fechamento do Estreito de Ormuz seria mais provável se Israel atacasse as instalações de produção e exportação de petróleo iranianas. O segundo risco, envolvendo um confronto direto mais intenso entre Israel e Irã, dependeria de uma escalada militar significativa.

O "kit geopolítico" como defesa para o investidor

Apesar desses perigos, tanto os EUA, aliados de Israel, quanto China e Rússia, que apoiam o Irã, têm interesse em evitar que o conflito se expanda além da região.

Mesmo assim, diante desse cenário de incertezas, é fundamental revisitar e fortalecer o "kit geopolítico" que venho recomendando. Segue válida a inclusão de ativos defensivos como uma estratégia para proteger as carteiras diante da instabilidade geopolítica.

Moedas fortes, caixa robusto, metais preciosos e, em menor proporção, criptomoedas, devem compor uma carteira bem balanceada. Além disso, manter uma exposição ao petróleo continua sendo uma estratégia prudente para blindar as carteiras contra a volatilidade dos mercados.

Embora fatores como a demanda global também influenciem os preços do petróleo, o desempenho econômico positivo dos EUA e os pacotes de estímulo recentemente anunciados pela China indicam que a demanda pelo petróleo ainda deve se manter não impeditiva.

Dessa forma, considerando os desdobramentos geopolíticos, manter uma exposição moderada ao setor de petróleo permanece uma estratégia coerente.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA

26 de junho de 2025 - 8:20

Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança

25 de junho de 2025 - 19:58

Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA

25 de junho de 2025 - 8:11

Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell

24 de junho de 2025 - 7:58

Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar

24 de junho de 2025 - 6:15

Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)

23 de junho de 2025 - 14:30

Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã

23 de junho de 2025 - 8:18

Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo

DÉCIMO ANDAR

É tempo de festa junina para os FIIs

22 de junho de 2025 - 8:00

Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã

20 de junho de 2025 - 8:23

Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil

SEXTOU COM O RUY

Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos

20 de junho de 2025 - 6:03

É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã

19 de junho de 2025 - 9:29

Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar

18 de junho de 2025 - 14:40

Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego

18 de junho de 2025 - 8:22

Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF

17 de junho de 2025 - 8:24

Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros

17 de junho de 2025 - 6:45

Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?

16 de junho de 2025 - 20:00

Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar

16 de junho de 2025 - 8:18

Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal

13 de junho de 2025 - 8:16

Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco

SEXTOU COM O RUY

Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?

13 de junho de 2025 - 7:11

Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa

Insights Assimétricos

Novo pacote, velhos vícios: arrecadar, arrecadar, arrecadar

13 de junho de 2025 - 6:03

O episódio do IOF não é a raiz do problema, mas apenas mais uma manifestação dos sintomas de uma doença crônica

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar