Nova administração do Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11) diz ter encontrado irregularidades nas despesas e afirma que vai restituir o fundo imobiliário
Uma auditoria conduzida pela gestão identificou cerca de R$ 1,2 milhão em gastos jurídicos pagos pelo FII em dezembro do ano passado
A troca na administração da Devant Asset, gestora do Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), foi efetivada há mais de dois meses, mas segue rendendo novidades para os investidores do fundo imobiliário.
A mais recente é uma alegação de uso de recursos do DEVA11 para despesas que não correspondiam aos interesses do FII.
De acordo com o relatório gerencial, publicado na última quinta-feira (29), uma auditoria conduzida pela nova administração identificou cerca de R$ 1,2 milhão em despesas jurídicas pagas pelo fundo e aprovadas pelos antigos diretores em dezembro.
“Estas despesas foram analisadas por nossos assessores jurídicos e as evidências mostraram aparente falta de segregação entre os interesses do fundo e dos antigos gestores, bem como falta de justa causa para pagamentos nesse montante.”
Ainda segundo o relatório, a gestora arcará com 100% dos custos e está averiguando o operacional para restituí-las ao FII. Além disso, verifica também “tomar medidas necessárias”, mas não detalhou quais seriam e nem contra quem.
Já os ex-diretores da asset afirmaram, em nota enviada ao Seu Dinheiro, que as "insinuações feitas pela atual administração não procedem".
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"A nossa gestão administrativa sempre foi pautada na observância de todas as regras de governança corporativa e visando os melhores interesses da sociedade e dos investidores que confiavam na Devant. A contratação de assessores jurídicos foi feita, inclusive, para proteger o interesse da Devant e de todos os stakeholders diante de irregularidades identificadas", diz a nota, cujo conteúdo está disponível na íntegra abaixo.
Relembre a troca na administração do DEVA11
Vale relembrar que, até dezembro, a diretoria da Devant era composta por sócios minoritários da gestora. Os executivos em questão revelaram naquele mesmo mês terem tomado medidas judiciais para tentar romper a sociedade com a RTSC, holding que controla a asset e investe em outras empresas do setor financeiro.
A antiga administração também travava desde novembro uma batalha judicial com uma empresa que fazia parte do portfólio da RTSC até abril, a Forte Securitizadora (Fortesec). A companhia é emissora de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que estão no FII DEVA11 e apresentaram inadimplência — relembre aqui o caso.
Os problemas com os CRIs começaram em março do ano passado e afetam a performance do fundo, que tem mais de 120 mil cotistas. As cotas do DEVA11 sobem 2% hoje, mas acumulam queda de 45% em um ano.
No contexto da disputa societária, a RTSC optou por demitir em dezembro três dos principais executivos da gestora. “A decisão foi tomada em benefício dos cotistas dos fundos e da própria empresa”, afirmou, na época, a holding, que disse também ter encontrado irregularidades na condução da gestora.
Já os diretores demitidos alegaram que as destituições não foram válidas pois a assembleia na qual elas foram deliberadas não tinha o quórum necessário e questionam a decisão na Justiça.
Enquanto isso, a diretoria executiva gestora foi assumida pelo empresário Marcos Jorge, CEO da RTSC. Os substitutos das diretorias de Gestão e Compliance são Tales Furlanetti Silva e André Catrocchio, que também fazem parte do quadro da Hectare Capital, outra gestora na qual investe a holding.
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O que dizem os ex-executivos da Devant
Os responsáveis pela antiga administração da Devant encaminharam um posicionamento oficial relacionado ao tema. Leia a seguir a íntegra:
A nossa gestão administrativa sempre foi pautada na observância de todas as regras de governança corporativa e visando os melhores interesses da Sociedade e dos investidores que confiavam na Devant. A contratação de assessores jurídicos foi feita, inclusive, para proteger o interesse da Devant e de todos os stakeholders diante de irregularidades identificadas.
As insinuações feitas pela atual administração não procedem. Além de não refletirem a seriedade com que sempre agimos na condição de administradores, também revelam a intenção descabida de disseminar informações equivocadas a respeito da sociedade e dos seus negócios, o que lamentamos e, por certo, será endereçado perante as autoridades competentes.
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