🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Nem tudo está perdido: mesmo com tempestade no mercado local, é possível encontrar FIIs pagando bons dividendos

Perfil da indústria de FIIs é diferente do mercado de ações, com uma participação relevante de títulos de renda fixa no mercado; confira uma oportunidade para investir

2 de junho de 2024
7:34 - atualizado às 14:37
Cifrão em um prédio em construção representando os dividendos das ações de construtoras, incorporadoras e fundos imobiliários
Cifrão em um prédio em construção - Imagem: Peshkova/iStock

Quando o assunto é o desempenho do mercado de capitais das últimas semanas, é inevitável abordar os movimentos questionáveis das instituições domésticas no que diz respeito à condução da política econômica, fiscal e corporativa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em uma janela de 45 dias, tivemos eventos negativos relacionados ao alcance das metas fiscais e uma mudança de comando na principal estatal do país, que corroeu R$ 50 bilhões de seu valor de mercado.

Para colaborar, o Comitê de Política Monetária (Copom) realizou o corte de 0,25 ponto percentual na Taxa Selic, mas o comunicado foi mal digerido pelo mercado. Houve uma quebra de credibilidade nítida neste momento.

Com isso, mais uma vez a bolsa brasileira foi na contramão do restante do mundo, com queda de quase 3% no mês (Ibovespa). Quando olhamos para os fundos imobiliários, o desempenho do Índice de Fundos Imobiliários (IFix) ficou muito próximo do zero no período.

A Selic e os FIIs

Assim como descrito na última coluna, os potenciais benefícios do ciclo de queda dos juros locais estão ameaçados. As projeções do Boletim Focus para o final do ano para a Taxa Selic já estão em 10,0%. Vemos pouquíssimo espaço para um novo corte na próxima reunião do Copom.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este é um fator importante para os fundos imobiliários (FIIs), tradicionais veículos de captura de valor em ciclos de queda dos juros. É um dos pilares da tese de investimento na categoria em 2024, especialmente no setor de tijolos.

Leia Também

Ainda assim, nem tudo está perdido. Apesar de o ministro da Fazenda ter questionado a meta de inflação doméstica (em mais uma ótima demonstração de timing), o dado do IPCA-15 de maio veio favorável, com núcleos controlados.

Um nível de inflação controlado abre margem para uma política menos restritiva, desde que respeitado o caráter técnico das decisões.

Além disso, ressalto que o perfil da indústria de FIIs é diferente do mercado de ações. Em termos de estratégias, temos uma participação relevante de títulos de renda fixa no mercado (representados pelos fundos de papel), capaz de proporcionar uma relação risco vs retorno mais apropriada em determinados momentos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quando avaliamos a volatilidade da categoria, por exemplo, encontramos um resultado consideravelmente menor do que outros.

​​

Onde mora o risco

Em termos de riscos, o principal motivo desta dinâmica é o fundamento do crédito, que está acima do equity na escala de prioridade de recebimentos. Ou seja, na maioria dos casos, o credor recebe sua remuneração antes dos acionistas. 

Ademais, os títulos de crédito presentes nos fundos imobiliários (CRIs) oferecem algumas possibilidades de indexação, inclusive ao CDI. Nestes casos, temos uma volatilidade ainda menor, diante da carteira pós-fixada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com o CDI em patamares elevados, a participação destes fundos imobiliários volta ao radar dos investidores. O Kinea Rendimentos (KNCR11), fundo mencionado nesta coluna há algum tempo, possui este propósito e está com uma nova emissão de cotas em andamento – a orientação está presente na série Renda Imobiliária, da Empiricus.

Pensando em alocação de carteira, em função deste contexto de mercado mais desafiador, a migração gradual de recursos para crédito é um ponto pertinente para quem busca uma estratégia "tática".

Algo acima de 40% do total, bem diversificado entre gestores e níveis de risco, me parece adequado. Lembrando que o crédito privado não está imune aos riscos e, portanto, há possibilidade de perda também.

Para o médio/longo prazo, sigo convicto que o balanceamento equilibrado entre setores em FIIs é vencedor. O tijolo, apesar da régua mais restrita sob a ótica de valuation, ainda confere boas oportunidades. Precisamos considerar que a recuperação operacional dos portfólios foi significativa nos últimos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por fim, também chamo atenção para os FoFs, que me parecem em um ponto de entrada razoável. Com o desconto em relação ao valor patrimonial aumentando e o dividend yield médio do setor batendo 11%, enxergo potencial geral de valor nesta cesta também – especialmente para os mais arrojados.

BTG Fundo de Fundos (BCFF11): oportunidade pontual em carteira balanceada em FIIs

O BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11) é um FoF gerido e administrado pelo BTG Pactual. O fundo tem por objetivo gerar renda mediante aquisição, principalmente, de cotas de outros FIIs e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). O regulamento do fundo ainda prevê a possibilidade de investir em Letras Hipotecárias (LH) e em Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

O BCFF11 se apresenta como o maior FoF da indústria, com um patrimônio líquido de quase R$ 2 bilhões. No final do último ano, o fundo realizou o desdobramento das cotas na proporção de 1 para 8, passando a ser negociado em base 10, prática que tem ganhado relevância entre os participantes do mercado em busca de elevar a liquidez dos ativos.

De acordo com o relatório gerencial de abril, o portfólio do BCFF11 conta com 86% de cotas de outros FIIs, 11% em CRIs e 3% alocado em aplicações de renda fixa, que representam o caixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte: BTG Pactual

Estratégia

O BCFF11 possui uma alocação mais concentrada em crédito imobiliário, com 47% do seu portfólio. Trata-se do maior patamar dos últimos quatro anos, acima do praticado pelos seus pares. Esta estratégia foi essencial para mitigar a volatilidade da carteira nos últimos anos.

Sua maior posição em crédito é no BTG Pactual Fundo de CRI (BTCI11), resultado da incorporação do fundo BTCR11 pelo FEXC11 em 2022. Enquanto o primeiro contava com um portfólio high grade (baixo risco de crédito), o segundo apresentava um “blend mid grade” (mescla de operações high grade com high yield, de risco maior).

Ainda nesta parcela de crédito, além das cotas de outros FIIs, o fundo possui alocações diretas em CRIs. A grande maioria dos papéis é high grade, com boas garantias e taxas médias interessantes de IPCA + 8,9% e CDI + 2,3%.

No tijolo, o portfólio está distribuído entre os setores de lajes corporativas, logística e shoppings, principalmente. Nesta parcela, não vejo grandes destaques de alocação, mas existem algumas opcionalidades envolvendo alguns fundos (VTLT11, por exemplo).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o último relatório gerencial disponível, se considerarmos o “duplo desconto” (particularidade dos FoFs) encontramos um deságio de cerca de 19%, sinalizando um potencial de ganho interessante para o cotista. Claro que este dado pode estar defasado, tendo em vista o intervalo de dois meses desde a publicação do dado.

No geral, o BCFF11 apresenta um portfólio bem diversificado e com um posicionamento interessante para o momento, dado a maior concentração em veículos de crédito, que contribui para um melhor controle da volatilidade da sua carteira. 

Com o recuo das cotas em maio, o dividend yield anualizado do fundo atingiu a marca de 10%, o que me parece interessante considerando a isenção do imposto de renda. 

Abraço,

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caio

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro

21 de dezembro de 2025 - 17:10

Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana

B DE BILHÃO

R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista

21 de dezembro de 2025 - 16:01

Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias

APÓS UMA DECISÃO JUDICIAL

Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana

21 de dezembro de 2025 - 11:30

O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo

DESTAQUES DA SEMANA

Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques

20 de dezembro de 2025 - 16:34

Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas

OS MAIORES DO ANO

Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking

19 de dezembro de 2025 - 14:28

Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel

MEXENDO NO PORTFÓLIO

De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação

19 de dezembro de 2025 - 11:17

Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar

MERCADOS

“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237

18 de dezembro de 2025 - 19:21

Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)

ENTREVISTA

‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus

18 de dezembro de 2025 - 19:00

CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.

OTIMISMO NO RADAR

Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem

18 de dezembro de 2025 - 17:41

Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário

PROVENTOS E MAIS PROVENTOS

Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025

18 de dezembro de 2025 - 16:30

Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira

ONDA DE PROVENTOS

Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall

18 de dezembro de 2025 - 9:29

A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão

HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar