Petrobras (PETR4) ganha fôlego com avanço do petróleo, enquanto Azul (AZUL4) cai 13% — veja o que foi destaque na bolsa na semana
Ibovespa acumula baixa de 1,61% na primeira semana do ano, na esteira das bolsas internacionais; dólar ganha força

A primeira semana de 2024 teve poucas surpresas no mercado acionário internacional e no Ibovespa. Na volta das festividades de fim de ano, os investidores começaram a ajustar posições e a revisar as expectativas para a economia nos próximos 12 meses.
No Ibovespa, os primeiros dias de pregão tiveram a liquidez reduzida, com a falta de indicadores e o recesso parlamentar em Brasília — ou seja, sem discussões sobre pautas econômicas e "ruídos" entre o Congresso e o governo.
As atenções dos investidores, porém, ficaram concentradas na maior economia do mundo. Os Estados Unidos tiveram uma semana agitada com divulgação da ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central do país, que aconteceu em 13 de dezembro.
No documento, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) reconheceu que os juros podem estar perto ou atingiram o pico, com "progressos claros" contra inflação, que ainda continua acima da meta de 2%.
A possibilidade de corte de juros ao longo deste ano foi mantida. mas sem nenhum indicativo de quando o ciclo iniciará.
Por outro lado, os dirigentes reafirmaram manter uma "abordagem cautelosa" e dependente de dados para as próximas decisões de política monetária, dado o grau elevado de incertezas — o que reduziu as apostas de corte nos juros em março.
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Ao longo da semana, novos dados sobre o mercado de trabalho foram divulgados. O relatório mais importante sobre emprego nos Estados Unidos foi divulgado na última sexta-feira (5), o payroll.
O país norte-americano criou 216 mil vagas de emprego em dezembro, acima da abertura de 175 mil vagas esperada pelo mercado. A taxa de desemprego, por sua vez, se manteve estável em 3,7%, menor que as expectativas de 3,8%.
Além disso, a abertura de vagas de emprego nos meses anteriores, de outubro e novembro, foram revisadas para baixo. Em outubro, os postos de trabalho criados caíram de 150 mil para 105 mil; já em novembro, de 199 mil para 173 mil.
Por fim, o Ibovespa registrou baixa de 1,61%, acumulada nos primeiros quatro pregões da semana, e encerrou aos 132.022 pontos.
Já o dólar comercial avançou 1,02% e fechou o última sessão a R$ 4,8722.
Confira a seguir as maiores altas e quedas do Ibovespa entre 2 e 5 de janeiro:
Sobe do Ibovespa
O movimento de ajuste predominou nas negociações na bolsa brasileira. Sem novidades sobre a companhia, Cielo (CIEL3) teve a maior alta acumulada da semana, com avanço acima de 5%.
As ações da Petrobras (PETR4; PETR3), por sua vez, se destacaram. Os papéis da estatal foram beneficiados pela valorização do barril do petróleo no mercado internacional, com temores sobre a oferta em meio à escalada de conflitos no Oriente Médio, principalmente na região do Mar Vermelho.
Os contratos do petróleo Brent, referência mundial, para março avançaram 2,23% na semana, com o barril a US$ 78,76, na Intercontinental Exchange (ICE)
Confira as dez maiores altas da semana:
CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 4,88 | 5,40% |
SOMA3 | Grupo Soma ON | R$ 7,80 | 4,70% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 38,72 | 3,97% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 40,39 | 3,62% |
UGPA3 | Ultrapar ON | R$ 27,10 | 2,23% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 7,86 | 1,29% |
PCAR3 | GPA ON | R$ 4,10 | 0,99% |
CMIG4 | Cemig PN | R$ 11,54 | 0,52% |
ASAI3 | Assaí ON | R$ 13,58 | 0,37% |
RADL3 | Raia Drogasil ON | R$ 29,50 | 0,34% |
Desce da bolsa
Se o petróleo impulsionou as ações da Petrobras (PETR4), por outro lado, a commodity foi um dos motivos para a baixa dos papéis das companhias aéreas, com destaque para a Azul (AZUL4) que recuou 13% na semana — e lidera as perdas da semana no Ibovespa.
Em linhas gerais, a valorização dos preços do petróleo aumenta a probabilidade de reajuste do querosene de aviação — o que, em consequência, impacta no aumento dos custos das companhias do setor.
A alta do dólar também pressionou os papéis da Azul na bolsa. A moeda norte-americana mais forte “encarece” a maior parte dos custos das companhias aéreas, que são cotados em dólar, além de reduzir o interesse de consumidores na compra de passagens aéreas e pacotes de viagens para o exterior.
Confira as maiores quedas da semana no Ibovespa:
CÓDIGO | NOME | ULT | VARSEM |
AZUL4 | Azul PN | R$ 13,83 | -13,62% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 9,86 | -12,20% |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 16,55 | -11,50% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 8,01 | -10,70% |
CVCB3 | CVC ON | R$ 3,18 | -9,14% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 1,97 | -8,80% |
BHIA3 | Casas Bahia ON | R$ 10,40 | -8,61% |
BRKM5 | Braskem PN | R$ 20,11 | -8,01% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 22,16 | -7,97% |
IRBR3 | IRB Brasil ON | R$ 40,92 | -7,63% |
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