As ações que devem pagar mais dividendos em 2024 – Petrobras está na lista
Ranking da Economatica projeta as empresas que devem ter os maiores retornos com dividendos na bolsa neste ano, para além do Ibovespa; veja as campeãs

Ano novo, hora de rever a carteira de investimentos e, para aqueles que investem com foco na geração de renda, talvez caçar novas "vacas leiteiras". Como já é tradição, a consultoria Economatica divulgou, nesta semana, sua lista de ações que devem pagar mais dividendos no ano, com base nas projeções de dividend yield de cada empresa, isto é, retorno com proventos.
O levantamento leva em consideração não só ações do Ibovespa, mas também papéis negociados fora do principal índice da bolsa. Mesmo assim, ficaram entre as prováveis maiores pagadoras de dividendos de 2024 as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que já foram as campeãs de proventos do ano passado.
O dividend yield esperado para os papéis da petroleira pela Economatica é de cerca de 20%, mas a estatal é apenas a vice-líder do ranking. A campeã, segundo a consultoria, deve ser a Mahle Metal Leve (LEVE3), fabricante de autopeças cujas ações não integram o Ibovespa. O retorno com dividendos projetado para a companhia em 2024 é de nada menos que 30%.
Veja o ranking completo da Economatica a seguir, composto por 18 empresas e 21 papéis:
Ações que devem pagar mais dividendos em 2024
Empresa | Código | Segmento | Dividend Yield projetado em 2024 |
Mahle Metal Leve | LEVE3 | Automotivo | 30,30% |
Petrobras PN | PETR4 | Óleo e gás | 19,50% |
Petrobras ON | PETR3 | Óleo e gás | 18,60% |
Copasa | CSMG3 | Água e saneamento | 14,10% |
BB Seguridade | BBSE3 | Seguradoras | 10,30% |
Bradesco ON | BBDC3 | Bancos | 10,10% |
Bradesco PN | BBDC4 | Bancos | 9,90% |
Banco do Brasil | BBAS3 | Bancos | 8,30% |
Kepler Weber | KEPL3 | Máquinas e equipamentos industriais | 7,90% |
Caixa Seguridade | CXSE3 | Seguradoras | 7,80% |
Irani | RANI3 | Embalagens | 7,80% |
CPFL Energia | CPFE3 | Energia elétrica | 7,50% |
Positivo | POSI3 | Computadores e equipamentos | 7,40% |
Minerva | BEEF3 | Carnes e derivados | 7,40% |
SLC Agrícola | SLCE3 | Agricultura | 6,60% |
Engie Brasil | EGIE3 | Energia Elétrica | 6,40% |
Cury | CURY3 | Incorporações | 6,30% |
Klabin PN | KLBN4 | Papel e celulose | 6,10% |
Klabin unit | KLBN11 | Papel e celulose | 6,10% |
Ferbasa | FESA4 | Siderurgia | 5,90% |
Jalles Machado | JALL3 | Açúcar e álcool | 5,60% |
Critérios de seleção da Economatica
Para fazer a seleção, a Economatica levou em conta uma metodologia para "filtrar empresas com sólida performance financeira e potencial de manter ou aumentar a distribuição de dividendos no futuro próximo." Os critérios são os seguintes:
- As empresas devem ter registrado lucro em 2022 e nos três primeiros trimestres de 2023;
- O lucro nos três primeiros trimestres de 2023 deve ser pelo menos 75% do total de 2022, indicando uma expectativa de lucro anual estável ou crescente para 2023;
- É necessário um histórico de pagamento de dividendos em 2023;
- O dividend yield projetado para o final de 2023 é calculado com base no preço da ação no último dia útil do ano e na distribuição de dividendos igual à de 2023;
- As empresas devem apresentar um Volume Financeiro médio diário (ADTV) em 2023 superior a R$ 5 milhões, para garantir liquidez e mitigar o risco de manipulação de preços.
Trata-se, portanto, de um método que se baseia em dividendos passados, no preço atual da ação e na presunção de que a política de distribuição de proventos permanecerá constante em relação ao valor atual dos papéis.
Leia Também
Uma projeção mais fidedigna requereria métodos como análise de fluxo de caixa descontado, além de análises do setor e do cenário macroeconômico.
- ONDE INVESTIR EM 2024: Descubra o que esperar do cenário econômico brasileiro e internacional e quais são os melhores investimentos para a sua carteira, em diferentes classes de ativos. Clique aqui.
A Mahle Metal Leve, por exemplo, teve um crescimento no dividend yield nos últimos anos, mas o de 2023 (35,8%) foi bem superior aos dos anos anteriores (13,9% em 2022 e 4,4% em 2021, por exemplo).
A Petrobras, por sua vez, apresentou altos dividend yields nos últimos três anos (29,6% em 2023, 58,8% em 2022 e 19,9% em 2021). De qualquer forma, pela natureza do negócio da empresa e pelo fato de ser uma estatal, é difícil cravar como vai ser a distribuição de proventos a partir de dados passados.
"Como uma gigante no setor de commodities e sendo uma estatal, a Petrobras tem sua distribuição de dividendos atrelada à volatilidade dos preços do petróleo e à sua habilidade em gerenciar custos e investimentos de forma eficiente. As políticas de distribuição de lucros e reinvestimento também desempenham um papel crucial na definição desses valores", explica a Economatica.
No ranking aparecem, por outro lado, companhias que atuam em setores considerados defensivos, devido à sua previsibilidade de receitas e custos, o que torna a distribuição de dividendos mais estável e consistente.
É o caso, por exemplo, da empresa de saneamento Copasa e das seguradoras ligadas a bancos estatais, BB Seguridade e Caixa Seguridade.
Na imagem a seguir, que você pode clicar para ampliar, é possível ver a tabela elaborada pela própria Economatica com o ranking, os dividend yields passados, o médio e o mediano de cada empresa:

'PIX' DO MICKEY? ENTENDA POR QUE VOCÊ DEVERIA INVESTIR NAS AÇÕES DA DISNEY (DISB34)
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital
FII BMLC11 leva calote da Ambipar (AMBP3) — e investidores vão sentir os impactos no bolso; cotas caem na B3
A Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado, e a crise atinge em cheio os dividendos do FII
Ouro ultrapassa o nível de US$ 4 mil pela primeira vez por causa de incertezas no cenário global; o metal vai conseguir subir mais?
Shutdown nos EUA e crise na França levam ouro a bater recorde histórico de preço
Fundos de ações e multimercados entregam 21% de retorno no ano, mas investidores ficam nos 11% da renda fixa, diz Anbima
Mesmo com rentabilidade inferior, segurança da renda fixa mantém investidores estagnados, com saídas ainda bilionárias das estratégias de risco
MXRF11 mira captação recorde com nova emissão de até R$ 1,25 bilhão
Com uma base de 1,32 milhão de cotistas e patrimônio líquido de mais de R$ 4 bilhões, o FII mira sua maior emissão
O que foi tão ruim na prévia operacional da MRV (MRVE3) para as ações estarem desabando?
Com repasses travados na Caixa e lançamentos fracos, MRV&Co (MRVE3) decepciona no terceiro trimestre