A ação da Weg (WEGE3) é frequentemente apontada como uma das queridinhas da bolsa brasileira. Mesmo quando analistas a consideram próxima do limite de valorização, fazem questão de apontar como ela pode ser útil na defesa do patrimônio e mantêm a recomendação de compra.
Em grande medida, isso ocorre por causa da atuação da Weg na vanguarda das inovações no campo das fontes renováveis de energia, o que garante à empresa catarinense mercado não apenas no Brasil, mas também no exterior.
De um ano para cá, WEGE3 acumula alta de pouco mais de 15% na B3. No pregão de ontem, a ação fechou a R$ 38,21. Na avaliação da equipe do Credit Suisse, porém, há espaço para que WEGE3 avance mais de 20% nos próximos meses.
O banco de investimentos atualizou hoje seu preço-alvo para o papel de R$ 41 para R$ 46.
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A Weg e os carros elétricos
Para os analistas Regis Cardoso, Marcelo Gumiero e Henrique Simões, a transição para os veículos elétricos tem grande potencial para impulsionar as ações da Weg no decorrer dos próximos meses.
De acordo com eles, o Brasil possui a oitava maior frota de carros leves e a quarta maior frota de veículos pesados do mundo.
“No futuro, mesmo uma transição gradual pode significar um impulso potencial para uma demanda substancial por recarga de veículos elétricos no Brasil”, escrevem os analistas.
A equipe do Credit Suisse chama a atenção para o fato de a Weg ser a única fabricante de equipamentos originais a produzir carregadores para veículos elétricos no Brasil.
Nesse sentido, mais do que desenvolver uma rede, a Weg tende a se beneficiar da venda desses equipamentos para distribuidoras como a Vibra, a Ipiranga e Raízen, pontua o Credit Suisse.
“Isso pode se traduzir em vantagem competitiva no relacionamento com os clientes e capilaridade para distribuir produtos por meio de uma rede estabelecida.”
Riscos potenciais
O cenário desenhado pelo Credit Suisse para a Weg pode ser colocado em risco em três situações, entretanto:
- se houver uma recessão econômica
- se ocorrer uma alta expressiva no custo da energia ou interrupções na cadeia de suprimentos; ou
- em caso de volatilidade excessiva nos preços das commodities e na taxa de câmbio.