Vaca louca: como a Minerva (BEEF3) pretende compensar a suspensão das exportações brasileiras de carne para a China
Frigorífico mais atingido pela restrição sanitária tem meios de continuar exportando para o país asiático; entenda

O setor de frigoríficos brasileiro sofreu um baque nesta semana com a identificação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido popularmente como "mal da vaca louca", em um animal de uma fazenda no estado do Pará, resultando na suspensão das exportações de carne bovina para a China pelo Ministério da Agricultura.
Das empresas com ações negociadas na B3, a Minerva (BEEF3) é a mais afetada pela medida e viu suas ações liderarem as quedas do Ibovespa ontem, com um tombo de quase 8%. A companhia exporta carne bovina para a China a partir de unidades localizadas nos municípios de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).
Mas a Minerva tem meios de "segurar as pontas" em meio às restrições sanitárias e compensar, ao menos parcialmente, as perdas de exportações do Brasil para o Gigante Asiático.
Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (23), a companhia disse que continuará atendendo à demanda chinesa por meio de quatro plantas de abate no exterior, sendo três localizadas no Uruguai e uma na Argentina, sem comprometer sua participação de mercado e relacionamento com clientes.
- [TREINAMENTO GRATUITO] O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para ensinar tudo que você precisa saber para poder receber renda extra mensal com ações. Acesse aqui.
O que é o 'mal da vaca louca'?
A EEB ficou famosa mundialmente após um surto na Grã-Bretanha durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.
A doença acomete o cérebro de bovinos, bubalinos (búfalos), ovinos (ovelhas e carneiros) e caprinos (cabras e bodes) é transmitida, inclusive para seres humanos, por meio da ingestão de carne contaminada, podendo levar à morte. Por isso, existe um controle sanitário muito rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à enfermidade.
Leia Também
A transmissão por meio do consumo de carne contaminada caracteriza os chamados "casos típicos", mas o mal também pode ser gerado espontaneamente em animais mais velhos, os chamados "casos atípicos". No segundo caso, a doença gera menos preocupação, pois geralmente a ocorrência é isolada e independente.
O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência da EEB, de acordo com classificação da Organização Mundial de Saúde Animal. Nas últimas décadas, o país registrou apenas alguns casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
Os últimos registros de vaca louca no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Na ocasião, os casos também foram atípicos, mas a China suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.
O risco da doença para o Brasil
O Ministério da Agricultura anunciou que estava investigando um caso suspeito de EEB no município paraense de Marabá na última terça-feira (21), quando os mercados no Brasil ainda se encontravam fechados por conta do Carnaval. A fazenda foi isolada, e o animal, um macho de nove anos, foi abatido e teve sua carcaça incinerada no local.
Ontem, o ministério confirmou, por meio de nota, que se tratava de fato de um caso de EEB, acrescentando que comunicou o ocorrido à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), além de ter enviado amostras para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, para confirmar se o caso é atípico.
Seguindo o protocolo sanitário oficial, firmado entre o Ministério da Agricultura brasileiro e a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, as exportações de carne bovina para o país asiático foram temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23).
"No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira", diz a nota do ministério.
Além da Minerva (BEEF3), outros frigoríficos sofreram na bolsa
Principal destino das exportações de carne bovina brasileira, a China responde por 70% dos embarques. Ontem, além das ações da Minerva (BEEF3), os papéis de outros frigoríficos também sofreram na bolsa. As ações da BRF (BRFS3) despencaram 6,71%, as da Marfrig (MRFG3) caíram 4,71% e as da JBS (JBSS3) recuaram 4,33%.
Em seu comunicado ao mercado, o Minerva lembrou que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país, sendo que a doença pode ocorrer de forma espontânea e esporádica em todas as populações de bovinos do mundo.
"Em função disso, a Minerva acredita que, tal qual em períodos anteriores, a suspensão das exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo", diz a nota.
*Com Estadão Conteúdo
Problemas no home office do Itaú (ITUB4)? Por que o banco cortou funcionários em trabalho remoto
Os desligamentos foram revelados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que publicou uma nota de repúdio às demissões do banco
Mubadala adquire 22,8 milhões de ações para fechar capital da Zamp (ZAMP3), dona do Burger King e do Starbucks no Brasil
A empresa já havia informado que a controladora avaliava uma OPA pelas ações da companhia, mas a transação havia sido questionada por acionistas minoritários
Casamento confirmado: Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) divulgam data de mudança nas ações e aprovam distribuição de R$ 5,6 bi
Após o casamento ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, a Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) informaram ao mercado que a data de fechamento está marcada para 22 de setembro de 2025
Raízen (RAIZ4): ações disparam com rumores de aportes; empresa não nega negociação
Na última semana, o Pipeline afirmou que a empresa conversa com os controladores da Suzano (SUZB3) e com o banqueiro André Esteves do BTG Pactual
Nubank (ROXO34) ensina, Mercado Livre (MELI34) aprende: analistas do Itaú BBA escolhem qual ação colocar na carteira agora
Relatório do Itaú BBA compara o desempenho do Mercado Livre e do Nubank e indica qual ação deve ter melhor performance no 3T25
Giant Steps e Dao Capital: o negócio na Faria Lima que chega a R$ 1,2 bilhão sob gestão
Processo de incorporação da Dao conclui o plano estratégico de três anos da Giant Steps e integra o pilar final da iniciativa “Foundation”, lançada em 2023, que busca otimizar a combinação de sinais de alpha, custos de execução e governança de risco
Ação da Azul (AZUL4) chega a saltar mais de 60% nesta segunda (8); o que explica a disparada?
O movimento forte das ações do setor aéreo hoje dá sequência ao fluxo de compra dos últimos dias em ativos de risco e papéis “baratos” da bolsa brasileira, segundo analista
Petrobras avalia aquisição no mercado de etanol de milho, diz jornal, mas Raízen (RAIZ4) não aparece no radar da estatal
Estatal mira o etanol de milho em meio à pressão por diversificação e sustentabilidade, mas opções de aquisição no mercado ainda levantam dúvidas entre analistas
MBRF: o que já se sabe sobre a ‘nova’ dona de Sadia, Perdigão e Montana — e por que copiar a JBS é o próximo passo
Nova gigante multiproteína une Sadia, Perdigão e Montana sob o guarda-chuva da MBRF e já mira o mercado internacional. Veja o que se sabe até agora
Sem BRB, fundos de pensão e banco público correm risco de calote de até R$ 3 bilhões com investimentos em títulos do Master
Segundo pessoas próximas à operação entre o Master e o BRB, o Banco de Brasília carregaria no negócio R$ 2,96 bilhões de letras financeiras do Master. Isso significa que, caso o BC tivesse aprovado o negócio, esses papéis seriam pagos pelo BRB
Reag Investimentos (REAG3): fundador João Carlos Mansur deixa a companhia, após operação Carbono Oculto
Os atuais controladores da Reag Investimentos (REAG3) fecharam acordo de venda de ações com a Arandu Partners — entidade detida pelos principais executivos da gestora — por cerca de R$ 100 milhões
IRB (IRBR3) tenta virar a página cinco anos após escândalo e queda de 96% na B3 — o que pensa o mercado
Após fraude bilionária e quase desaparecer da B3, o IRB tenta se reconstruir e começa a voltar ao radar dos analistas
Ataque hacker contra 2,5 bilhões de usuários do Gmail? Google nega e conta como identificou ‘fake news’, mas admite ação contra outro serviço
Google desmente ataque hacker ao Gmail, esclarecendo mal-entendido sobre vazamento; saiba como proteger sua conta de ameaças online
Raízen (RAIZ4): para o BTG, fim da parceria da Femsa na rede Oxxo representa foco em ativos-chave
O banco vê o anúncio como uma decisão razoável diante das dificuldades financeiras da Raízen
Guerra declarada na Zamp (ZAMP3): minoritários vão à CVM para barrar OPA do Mubadala e a disputa esquenta
Gestoras de investimento entram com contestação na CVM e podem melar os planos do fundo árabe controlador
Hora da lua de mel: Cade aprova fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) sem restrições
A aprovação consolida a MBRF Global Foods Company como uma das líderes globais na indústria alimentícia, com alcance em 117 países
Novo ‘vale-gás’ faz ações da Ultrapar (UGPA3) saltarem mais de 6%; BTG eleva recomendação para compra
Novo vale-gás faz ações da Ultrapar (UGPA3) saltarem e leva BTG a recomendar compra com potencial de alta de 32%
Salvação para o Banco do Brasil (BBAS3)? Governo anuncia pacote de socorro ao agro; ação do BB salta mais de 4%
Segundo Lula, o pequeno produtor terá acesso a até R$ 250 mil de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxa de juros de 6% ao ano
Casas Bahia (BHIA3) anuncia dois novos nomes para o conselho; veja o que muda no alto escalão da companhia
No início de agosto, a Mapa Capital passou a deter participação aproximada de 85,5% do capital social da Casas Bahia, se tornando a maior acionista da varejista
Oi (OIBR3) tem prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2T25; confira os resultados completos
A companhia teve uma reversão do lucro de R$ 15 bilhões em comparação ao ano anterior, quando houve ganho de natureza contábil