Por que a empresa líder em educação à distância vai trocar a Nasdaq pela B3 em decisão inédita no mercado de ações brasileiro
A migração vai implicar em alterações para acionistas da companhia; saiba o que muda para quem tem os papéis lá fora

Os investidores brasileiros estão acostumados com empresas nacionais que decidem fazer a estreia na bolsa lá fora e agora vão presenciar um movimento inédito por aqui: a migração das ações de uma empresa listada na Nasdaq para a B3.
Quem vai inaugurar esse fluxo reverso é a Vitru, empresa líder na educação à distância e dona das marcas UniAsselvi e UniCesumar. E isso deve acontecer logo: até o final do ano ou, no máximo, no primeiro trimestre de 2024.
A companhia fez sua estreia em Nova York em setembro de 2020, em uma oferta inicial de ações (IPO) na qual seus papéis foram negociados a US$ 16 — o que deu à Vitru um valor de mercado de US$ 350 milhões.
Nesta terça-feira (5), os papéis da empresa terminaram o dia cotados a US$ 16,09 na Nasdaq, uma alta de 0,37%.
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Por que a Vitru vai voltar?
Quem responde essa pergunta são os próprios executivos da Vitru: a busca por liquidez.
Segundo Pedro Jorge Graça e William de Matos Silva, co-CEOs da Controladora e diretores da companhia, ter as ações da Vitru listadas na B3 abrirá a oportunidade para atrair investidores individuais e fundos de investimento brasileiros que, legalmente ou na prática, estão impedidos de negociar os papéis da companhia.
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“Esses fatores podem, por fim, resultar no aumento da liquidez das nossas ações”, disseram os executivos.
Vale lembrar que a Vitru também tem avaliado a realização de um follow-on no futuro, operação que pode ser facilitada com a vinda para a B3.
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Como as ações vão migrar para a B3
Para ter ações negociadas diretamente no mercado brasileiro, a Vitru vai ser listada no Novo Mercado da B3 e incorporar a Vitru Limited.
Todos os acionistas da Vitru Limited vão receber American Depositary Receipts
(ADRs) da Vitru Brasil na mesma proporção das suas participações. As ADRs poderão ser convertidas em ações.
Atualmente, 22% das ações da empresa estão em circulação no mercado (free float) e, desses, 16,9% estão sob o controle do grupo Compass. Além da gestora chilena, os maiores acionistas da empresa são:
- SPX Carlyle: 18,5%
- Vinci: 17,3%
- Famílias que eram donas da UniCesumar: 16,6%
- Neuberger Berman:12,9%
- Crescera Capital: 1,4%
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