Nuvem carregada? Só se for de dados! Ações da Microsoft e da dona do Google sobem após números do 1T23
O desempenho das big techs teve uma ajudinha da divisão em nuvem, que estava sob olhar de desconfiança do mercado. Junto com os resultados, a Alphabet anunciou uma recompra de ações de US$ 70 bilhões.

Tinha tudo para o tempo fechar para as gigantes da tecnologia dos EUA, mas tanto a Microsoft como a Alphabet — holding que controla o Google — conseguiram ver uns raios de sol em meio às condições econômicas mais difíceis e à concorrência acirrada no segmento de inteligência artificial. Tudo graças à divisão em nuvem.
É bem verdade que a dona do Google vinha operando sob um céu bem mais nublado. Com trimestres consecutivos de fraco crescimento de receita, a Alphabet anunciou a primeira grande rodada de cortes de empregos desde sua estreia na bolsa, há quase 19 anos.
Em janeiro, a empresa disse que estava eliminando 12.000 empregos, representando cerca de 6% de sua força de trabalho, o que custou US$ 2,6 bilhões para a Alphabet, segundo os dados do balanço de hoje.
Em um raro e-mail enviado aos funcionários, a chefe de finanças Ruth Porat chamou os recentes cortes no Google de “grandes esforços em vários anos”.
E os números mostram que esse esforço não foi à toa. No primeiro trimestre de 2023, a Alphabet viu o lucro líquido cair 8,% em base anual, para US$ 15,051 bilhões. Já a receita no período teve um crescimento modesto: de 3% ano a ano, para US$ 69,787 bilhões.
Mas o mercado olhou para o céu e gostou do que viu. As ações GOOG subiram mais de 4% no after market, em Nova York, apagando as perdas de 2% da negociação regulamentar graças ao desempenho surpreendente da divisão em nuvem da Alphabet.
Leia Também
Pela primeira vez, o segmento conseguiu se tornar lucrativo — uma performance que estava sendo muito aguardada e acompanhada de perto pelos investidores.
A divisão em nuvem da dona do Google gerou US$ 191 milhões em lucro operacional sobre US$ 7,45 bilhões em receita no primeiro trimestre. No mesmo período do ano anterior, a unidade reportou um prejuízo de US$ 706 milhões sobre uma receita de US$ 5,82 bilhões.
"Nos últimos meses, os executivos do Google têm falado abertamente sobre a necessidade da empresa se tornar mais enxuta, menos burocrática e alocar recursos em apostas que realmente estejam ganhando tração", diz Richard Camargo, analista da Empiricus.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
A recompra bilionária de ações do Google
Com o temor de uma recessão crescendo desde o ano passado, os anunciantes estão perdendo os orçamentos de marketing on-line, causando estragos em empresas como a Alphabet e o Facebook.
No primeiro trimestre, a receita com publicidade da dona do Google superou as expectativas dos analistas, mas caiu em relação ao ano anterior para US$ 54,55 bilhões.
A receita com anúncios do YouTube veio em linha com as projeções, também caindo em relação ao ano anterior. A receita de buscas e outras do Google chegou a US$ 40,36 bilhões, um pouco acima dos US$ 39,62 bilhões do ano anterior.
A receita em Other Bets, que inclui a unidade de ciências biológicas do Google, a Verily, e a empresa de carros autônomos Waymo, chegou a US$ 288 milhões, uma queda acentuada em relação aos US$ 440 milhões do ano anterior.
Mas nada disso impedirá a Alphabet de fazer uma recompra de ações para lá de bilionária. O conselho de administração da empresa autorizou um programa de US$ 70 bilhões para esse fim.
Se o Google gastar todo esse valor em recompras, dará continuidade ao ritmo do ano passado — em abril de 2022, a Alphabet anunciou os mesmos US$ 70 bilhões em recompras de ações.
- Leia também: O novo ChatGPT está no ar e aqui estão algumas coisas que ninguém no mercado está falando
O Google e a inteligência artificial
Os cortes de custos da Alphabet aconteceram depois que a empresa aumentou as contratações durante a pandemia de covid-19, mas também foram necessários porque o Google está no centro do universo da tecnologia que está gerando mais empolgação entre os investidores: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês).
No início deste ano, o Google lançou seu produto AI chatbot Bard ao público, depois que o serviço ChatGPT, da OpenAI, tornou-se viral no final de 2022.
Mas o mergulho da Alphabet nesse segmento se deu envolto em polêmicas — tanto que os funcionários do Google chegaram a criticar o CEO Sundar Pichai pelo anúncio aparentemente “apressado” e “equivocado” em relação ao concorrente ChatGPT.
A Microsoft, que investiu na OpenAI, está integrando a tecnologia da startup em seu mecanismo de busca Bing e outros serviços.
Pichai disse aos investidores que a Alphabet planeja lançar seu modelo de linguagem LaMDA com componentes de pesquisa “muito em breve”, sugerindo que a pressão está aumentando por parte da Microsoft e da OpenAI.
"Impulsionado pelo sucesso do ChatGPT, a Microsoft fez upgrade em mecanismos de buscas, o Bing, para incorporar a função do chatbot. No mercado, emergiu a narrativa de que o novo concorrente — dá para dizer que é novo mesmo, dado o tamanho da remodelagem no Bing —, seria um detrator importante dos resultados do Google", diz o analista da Empiricus.
Por falar em Microsoft…
... a gigante do software também divulgou os resultados do terceiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de março de 2023, e viu o sol raiar mais uma vez.
Com o investimento plurianual e multibilionário da empresa na OpenAI, a desenvolvedora do ChatGPT, a Microsoft não esconde que a IA será uma fonte importante de seu crescimento futuro — mas foi a divisão em nuvem que deu um empurrãozinho na performance da empresa no trimestre.
Entre janeiro e março, a empresa viu o lucro líquido subir 9% em base anual, para US$ 18,299 bilhões, enquanto a receita somou US$ 52,857 bilhões, um avanço de 7% na comparação ano a ano.
A receita do segmento de negócios Intelligent Cloud da Microsoft, que inclui a nuvem pública Azure, Enterprise Services, SQL Server e Windows Server, gerou US$ 22,08 bilhões em faturamento — um aumento de 16% e superior ao consenso de US$ 21,94 bilhões entre os analistas consultados pela StreetAccount.
A receita do Azure e outros serviços em nuvem cresceu 27%, em comparação com os 31% no trimestre anterior, mas veio em linha com a estimativa média dos analistas consultados pela StreetAccount.
Assim como aconteceu com o Google, os investidores também gostaram do que viram: as ações da Microsoft subiram mais de 4% no after market em Nova York com a apresentação dos resultados trimestrais da empresa.
O tempo também deu uma nublada para a Microsoft
Se olharmos de perto alguns números da Microsoft, o sol aparece entre nuvens.
Embora o segmento de Produtividade e Processos de Negócios contendo Dynamics, LinkedIn e Office tenha registrado um aumento de 11% da receita, para US$ 17,52 bilhões, o segmento More Personal Computing, com Bing, Windows, Surface e Xbox, rendeu US$ 13,26 bilhões em receita, uma queda de 9%.
As vendas de licenças do sistema operacional Windows para fabricantes de dispositivos também não foram tão bem: caíram 28% — levemente menos do que a empresa de pesquisa Gartner projetava, baixa de 30%, no trimestre.
O mais recente anúncio de demissões é mais um reconhecimento da Microsoft de que seus ganhos estão diminuindo em comparação com o pico e também, de forma mais ampla, de que uma recessão pode ser iminente nos EUA.
Embora o mercado permaneça amplamente positivo sobre as perspectivas de longo prazo da Microsoft, as preocupações com a inflação, as elevadas taxas de juros e os gastos mais lentos com tecnologia forçaram a empresa a reduzir o número de funcionários globalmente, ao mesmo tempo em que transferiu recursos de áreas não estratégicas.
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos