Nubank passa Itaú e se torna o principal banco de 1 em cada 4 brasileiros; ação pode subir até 30%, diz JP Morgan
Percentual dos clientes que adota o Nubank como banco principal passou de 15% para 27%, equivalente a quase o dobro da fatia do Itaú, de acordo com pesquisa do JP Morgan

A primavera ainda nem chegou, mas a tradição brasileira de trocar de paleta de cores a cada mudança de estação já está de volta — ao menos, no que diz respeito à cor dos cartões. Do laranja ao roxo, os brasileiros deixaram a predileção pelo Itaú (ITUB4) de lado e elegeram um novo banco favorito: o Nubank (NUBR33).
A fintech passou o maior banco privado brasileiro como “queridinho” dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa do JP Morgan.
O percentual de clientes que responderam adotar o Nubank como principal banco cresceu de 15% para 27%, de acordo com o levantamento. Ou seja: um em cada quatro brasileiros mantém as principais transações pela instituição digital.
Já a participação do Itaú como banco de maior uso pelos clientes recuou de 16% para 15% em relação ao último levantamento, de dois anos atrás.
A informação sobre qual o principal banco que os clientes usam se tornou fundamental no novo cenário competitivo dos bancos digitais, diante da facilidade de abertura de contas proporcionada pelos aplicativos de celular.
Isso significa que os vencedores dessa disputa provavelmente não serão necessariamente aqueles com maior número de clientes, mas os que conseguirem o maior percentual de usuários como banco favorito.
Leia Também
Ainda de acordo com a pesquisa do JP Morgan, o Nubank também está acima de outros rivais considerados “tradicionais”. A “principalidade” do Bradesco equivale a 13% da população brasileira. Enquanto isso, o Banco do Brasil (BBAS3) é o banco principal de 12% dos brasileiros adultos. Já o Santander (SANB11) é o “queridinho” de 8% da população.
Concorrente do Nubank no mercado de bancos digitais, o Inter possui uma principalidade de apenas 5% do total de brasileiros adultos.
A pesquisa do JP Morgan valida as informações que o próprio Nubank divulgou junto com o último balanço. O banco digital informou que atingiu a marca de 80 milhões de clientes no Brasil, dos quais em torno de 40 milhões de pessoas usavam conta principal.
Porém, segundo o banco norte-americano, a definição de "banco principal" pode ser subjetiva. A pesquisa considerou 1.030 brasileiros, com a metodologia baseada nas perguntas: “De todas as suas contas, qual é o seu principal relacionamento bancário?" e "De todas as contas correntes que possui, qual você considera sua principal?”.
"Não temos a certeza se os clientes basearam as suas respostas nos bancos que utilizam com mais frequência, no banco onde recebem o seu salário mensal ou nos bancos nos quais mantêm uma maior parcela da sua economia", ressalta o JP Morgan.
Nubank vai vencer o Itaú outra vez? Para o JP Morgan, sim
Mas não é só o coração dos clientes que está tingido de roxo. O JP Morgan também escolheu a ação do Nubank como a preferida entre os bancos brasileiros.
“Vemos o Nubank como um vencedor de longo prazo para o banco de varejo no Brasil, com chance de crescimento no México, na Colômbia e em mercados futuros”, escreveu o banco, em relatório.
O JP Morgan elevou a recomendação para as ações do Nubank, negociadas na bolsa de valores de Nova York (NYSE) sob o ticker NU, para “compra”. Vale ressaltar que o banco digital também possui BDRs listados na B3 sob o código NUBR33.
Os analistas fixaram um preço-alvo de US$ 9 por papel NU para dezembro do próximo ano. O valor implica em um potencial de alta de 30% em relação ao último fechamento.
Para o fim de 2024, os economistas do JP Morgan ainda projetam uma receita líquida de US$ 1,6 bilhão (aproximadamente R$ 7,89 bilhões, nas cotações atuais) e um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 23%.
Na visão do banco norte-americano, até então, o valuation era um problema para a tese de investimentos no Nubank. Porém, segundo os analistas, a correção recente nos preços do banco digital “é um bom ponto de entrada”.
Vale lembrar que as ações do Nubank negociadas em Nova York recuaram 13% em um mês. No acumulado do ano, entretanto, os papéis ainda acumulam valorização de 73%.
Com relação ao Itaú, os analistas do JP Morgan seguem otimistas, mas agora colocam as ações em segundo lugar entre os bancos brasileiros favoritos do JPM.
“Gostamos do rápido crescimento do Nubank, do alto envolvimento com os clientes e do potencial geral de alavancagem operacional de seu modelo de distribuição sem agências”, afirmam os analistas.
Para o JP Morgan, o aumento do favoritismo e da principalidade do Nubank entre os brasileiros deve gerar ganhos de participação de mercado (market share) para o banco digital nos próximos anos, além de uma “qualidade de crédito resiliente num ambiente desafiador”.
- ONDE INVESTIR EM SETEMBRO - Novo programa do SD Select mostra as principais recomendações em ações, dividendos, FIIs e BDRs
O que pode dar errado?
A tese mais positiva do JP Morgan para o Nubank baseia-se nas vantagens de custo da fintech em relação aos rivais mais tradicionais, o que significaria retornos mais elevados e melhor adaptabilidade a ruídos regulatórios no longo prazo, segundo os analistas.
Mas, como em toda tese de investimentos, existem fatores que podem impactar negativamente as projeções dos analistas – e o JP Morgan enxerga sete principais riscos à visão otimista com o Nubank. Confira a seguir:
- Monetização do cliente abaixo do previsto;
- Expansão mal sucedida na América Latina;
- Maior rotatividade de clientes;
- Risco macroeconômico e cambial, especialmente no Brasil;
- Liquidação de tecnologia no mundo, gerando múltiplos de valuation mais baixos;
- Impulsionamento do ciclo de crédito no Brasil;
- Mudanças regulatórias, incluindo reformas tributárias e trabalhistas.
*Este conteúdo foi atualizado para incluir os dados de metodologia do estudo do JP Morgan.
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas
Vale (VALE3) e Samarco enfrentam mais uma ação judicial pelo rompimento da barragem de Mariana, desta vez na Holanda
Ação na justiça holandesa foi impetrada contra as subsidiárias das mineradoras no país europeu; primeira audiência será em 14 de julho
CEO do BTG Pactual critica aumento de impostos no pacote fiscal de Haddad: ‘Mais areia na engrenagem do Brasil’
Em painel durante evento do mercado financeiro, Roberto Sallouti alerta para os riscos da decisão do governo de aumentar impostos em vez de cortar gastos
ChatGPT apresenta instabilidade generalizada desde a madrugada desta terça-feira (10); entenda
Os produtos da OpenAI estão apresentando falhas tanto pelo site quanto pelo aplicativo móvel do chatbot
GOL (GOLL4): por que nem o fim da recuperação judicial convence o BTG Pactual? Banco ainda recomenda a venda das ações
Empresa enfrentará um aumento de capital que diluirá significativamente os atuais acionistas, e a Abra passará a deter 80% da Gol
Com ações dobrando de valor, Tenda (TEND3) levanta R$ 43 milhões com liquidação derivativos e aprova recompra
A empresa afirma que o movimento de liquidação dos derivativos reduz chance de diluição dos acionistas e surfa bom momento para os papéis na bolsa