Dividendos da Petrobras ameaçados? Citi rebaixa a estatal e corta preço-alvo das ADRs; saiba por que o banco americano está mais pessimista
O banco norte-americano saiu de uma recomendação de compra para neutra e cortou o preço-alvo de PBR de US$ 19 para US$ 14
A Petrobras (PETR4) já não é a estrela da carteira de ações de muito investidor por aí. A Empiricus, por exemplo, colocou a estatal no banco de reservas, enquanto o UBS BB recomenda a venda dos papéis. Nesta quinta-feira (10) foi a vez do Citi deixar de recomendar a compra dos ADRs da petroleira.
O banco norte-americano saiu de uma recomendação de compra para neutra e cortou o preço-alvo de PBR de US$ 19 para US$ 14 — o que representa um potencial de valorização de apenas 3% com relação ao fechamento de quarta-feira (9) em Nova York.
Por volta de 13h25, os ADRs da Petrobras 1,18%, cotados a US$ 13,76. Já as ações PETR3 caíam 0,27%, a R$ 33,37. Os papéis PETR4 0,39%, a R$ 30,58 na B3.
O Citi diz que nos últimos anos a Petrobras foi capaz de gerar valor para seus acionistas por meio de quatro pilares principais:
- Crescimento da produção sustentado por novos ativos do pré-sal;
- Desalavancagem do balanço orientada por uma clara política de dividendos;
- Alocação racional de capital que englobou um minucioso plano de desinvestimentos;
- Uma política de preços pró-negócios que permitiu à empresa diminuir seus riscos políticos, seguindo de forma independente a paridade internacional.
Se tudo estava indo tão bem, por que o rebaixamento? O banco norte-americano colocou em dúvida a capacidade da Petrobras de manter esses pilares de pé.
“Dada a visão da nova administração sobre política de preços, dividendos e investimentos, aumentou nosso ceticismo quanto à continuidade da estratégia em andamento e até então bem-sucedida da empresa baseada nesses pilares”, diz o Citi em relatório.
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A política de preços dos combustíveis
Segundo o Citi, a Petrobras pode continuar a seguir os preços internacionais, mas com uma estratégia diferente do passado, com uma fraca correlação com a paridade de preços de importação (PPI).
O banco estima um impacto negativo de US$ 13,9 bilhões por ano no segmento downstream (distribuição) da Petrobras caso a empresa importe 100% dos volumes de gasolina e diesel.
“A recente dissociação do preço doméstico da estatal dos preços do diesel e da gasolina da antiga referência do PPI traz questões adicionais para o cenário futuro — principalmente sobre quem vai importar e abastecer a demanda doméstica com a atual janela de importação fechada”, diz o Citi.
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O risco dos investimentos
O plano de investimento da Petrobras atingiu recorde — de cerca de US$ 200 bilhões — entre 2010 e 2014, alinhado com um retorno ruim, resultando em um nível de endividamento mais alto.
O Citi acredita que este é um grande risco para a Petrobras, já que a combinação de um capex mais alto com baixo retorno eliminaria uma parte significativa do valor da estatal no médio e longo prazo.
“Seguir uma alocação racional de capital é importante para a história de longo prazo da empresa, mas o cenário atual é confuso e a nova administração provavelmente revisará o novo plano de capex até o terceiro trimestre de 2023, que pode chegar a cerca de US$ 100 bilhões”, diz o banco.
A nova política de dividendos
A recente mudança na política de dividendos da Petrobras não interrompeu a política anterior, mas diminuiu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre o pagamento trimestrais de proventos.
“A nova política também introduz a recompra, mas não esperamos dividendos adicionais provenientes desta iniciativa”, diz o Citi.
O banco sinaliza que a principal discussão é até que ponto o dividend yield da Petrobras está em comparação com as principais petrolíferas da Europa e dos Estados Unidos.
“Neste ponto, não vemos espaço suficiente para ver o desempenho forte de Petrobras, já que a diferença diminuiu no passado recente, sustentando nossa recomendação neutra”, acrescenta o Citi.
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