🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Ana Carolina Neira

Ana Carolina Neira

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero com especialização em Macroeconomia e Finanças (FGV) e pós-graduação em Mercado Financeiro e de Capitais (PUC-Minas). Com passagens pelo portal R7, revista IstoÉ e os jornais DCI, Agora SP (Grupo Folha), Estadão e Valor Econômico, também trabalhou na comunicação estratégica de gestoras do mercado financeiro.

RESULTADOS 1T23

Com expectativas baixas, temporada de balanços do 1T23 pode ser mais positiva — mas isso não quer dizer que as empresas estão brilhando

A maioria das companhias deve apresentar resultados que são mais do mesmo nesta temporada de balanços, com a pressão dos juros castigando as despesas financeiras

Ana Carolina Neira
Ana Carolina Neira
20 de abril de 2023
6:45 - atualizado às 18:51
B3 com gráficos
Imagem: Shutterstock / Divulgação / Montagem Brenda Silva

Dizem que é melhor criar qualquer coisa, menos expectativa. E, para muitos analistas, o sentimento é exatamente esse para a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2023, que acaba de começar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com projeções de que teremos uma safra bastante fraca, parece que o que vier é lucro — e é justamente isso que pode trazer volatilidade ao mercado, mas também impulsionar as ações caso os dados não venham tão frustrantes quanto o esperado.

Considerando que a temporada de balanços que encerrou 2022 terminou há poucos dias, é de se esperar que pouca coisa tenha mudado. Desta vez, poucos setores se salvam e os focos de interesse ficam por conta dos bancos e Petrobras (PETR4).

  • Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]

Além disso, grande parte das empresas deve apresentar resultados que são mais do mesmo, com a pressão dos juros castigando as despesas financeiras. A regra ainda é preservar o caixa e manter o foco nas margens.

No caso dos bancos, o grupo ainda vivencia os efeitos da crise deflagrada pela Americanas (AMER3) e que contaminou todo o mercado, deixando o acesso ao crédito ainda mais difícil. Segundo analistas escutados pelo Seu Dinheiro, desta vez não é só a inadimplência das pessoas físicas que preocupa, mas também a das empresas, com muita dificuldade para se financiar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Principalmente os resultados dos bancos virão pressionados pela inadimplência, mas dessa vez também veremos que essa pressão vem das pessoas jurídicas, já que o crédito está mais restrito. Assim, as provisões devem pesar nos balanços", avalia Gabriela Joubert, analista-chefe do Banco Inter.

Leia Também

E o balanço da Petrobras (PETR4)?

Mais uma vez, o mercado vai prestar muita atenção à Petrobras (PETR4), mas não por seus resultados, e sim pela condução feita pelo novo governo. Não há dúvidas sobre os dados financeiros da petroleira, que devem vir robustos graças ao aumento nos preços do petróleo visto recentemente.

O que permanece no radar são a política de preços e também de dividendos da estatal, já que os investidores procuram qualquer sinal capaz de tornar esse cenário menos incerto. 

Mas, apesar dessa expectativa, ninguém sabe ao certo quando anúncios mais concretos sobre esses assuntos virão — até lá, parte do mercado prefere não apostar demais nas ações da Petrobras, com medo de mudanças futuras e uma mudança brusca nas prioridades da empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Commodities na temporada de balanços

Seguindo na linha de que os fundamentos podem até ser frágeis, mas os resultados não sejam tão desastrosos assim, o Santander acredita que o setor de mineração e siderurgia traga os melhores resultados de sua cobertura neste 1T23. 

Os analistas do banco projetam uma alta de 26% para o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das siderúrgicas na comparação trimestral, revertendo uma tendência observada nos períodos anteriores. No geral, o melhor desempenho de custo deve garantir margens Ebitda mais altas.

Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) tendem a trazer os melhores resultados, segundo a equipe do Santander. O Bank of America (BofA) também acredita que a Gerdau será destaque nesta safra, o que deve provocar revisões positivas para sua tese de investimentos em breve.

Já as mineradoras, incluindo a Vale (VALE3), devem ter resultados sólidos por conta do preço do minério de ferro, o que deve compensar o período sazonalmente mais fraco em volume e pressionado pelos custos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No caso específico da Vale, o Santander projeta uma baixa de 18% na produção ante o trimestre anterior, com baixa de 36% nos volumes vendidos. E outro tema que estará no radar dos investidores é a tão comentada venda de uma participação na divisão de metais básicos da mineradora, tida como essencial para destravar valor para a empresa.

Para o setor de papel e celulose, que teve um desempenho muito bom ao longo de 2022, este ano já não começa tão bem assim e as projeções são ruins, especialmente por conta da queda nos preços da celulose.

Segundo Gabriela Joubert, analista-chefe do Banco Inter, o que vai segurar as margens das companhias do setor é o alívio visto nos custos.

"Havia um processo de reestocagem após o ano novo lunar na China, mas ele não aconteceu neste ano. As empresas não compraram celulose e isso também pressionou o preço", explica a analista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório, o Santander aponta que a Suzano (SUZB3) deve trazer os dados mais fracos do setor, com uma queda de 21% no Ebitda na comparação trimestral. O BofA também coloca a companhia como um destaque negativo para a temporada.

Já a Klabin (KLBN4), que possui uma exposição menor à celulose, pode trazer resultados mais sólidos.

"Esperamos que as empresas de papel e celulose apresentem resultados mais fracos durante o 1T23, começando a refletir a forte correção de preço de celulose reportada no acumulado do ano. A realização do preço da celulose deve ocorrer com um desconto acima da média em relação aos preços de referência, devido ao descasamento para as transações reais, além de volumes mais concentrados em março do que o normal, após vendas fracas em janeiro e fevereiro", escrevem os analistas do BofA em relatório.

Economia doméstica

Os setores cíclicos e que sofrem com a alta dos juros, como o varejo, devem continuar com balanços fracos neste trimestre, uma vez que o consumo está longe de um momento mais aquecido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale lembrar também que a crise na Americanas (AMER3) continua colocando todo o segmento à prova e boa parte do mercado segue cético em relação às teses das varejistas. 

Além dos resultados mais fracos nesta temporada de balanços, já que os consumidores continuam com menor renda disponível, as empresas do setor seguirão sendo analisadas com lupa — para garantir que ninguém está incorrendo nos mesmos erros que colocaram a Americanas em recuperação judicial.

"Os impactos dessa crise no varejo serão vistos ao longo do ano todo porque as varejistas estão preocupadas com as dívidas e um operacional ruim", diz José Luiz Torres, sócio da Apex Capital e analista de empresas e co-gestor.

E, contrariando o esperado para tempos de juros nas alturas, as empresas do setor imobiliário e de construção civil podem trazer números mais animadores neste trimestre, conforme antecipado nas prévias operacionais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relatório, o Itaú BBA aponta os resultados operacionais da Helbor (HBOR3) e da Trisul (TRIS3) entre os destaques positivos, graças ao bom gerenciamento dos lançamentos e controle de estoque e velocidade de vendas.

LEIA TAMBÉM: A BR Partners (BRBI11) já ajudou CVC (CVCB3) e Marisa (AMAR3) a evitarem o fundo do poço — mas, se nada mudar nos juros, mais empresas podem se juntar à lista

VEJA TAMBÉM: Vulcabras (VULC3) colhe os frutos de uma reestruturação bem executada — e chega aos 71 anos com resultados recordes e ações em alta

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PROVENTOS E BONIFICAÇÕES

Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas

19 de dezembro de 2025 - 19:58

Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal

OPERAÇÃO RESGATE

‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência

19 de dezembro de 2025 - 19:08

Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores

A QUERIDINHA DO MERCADO

WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos

19 de dezembro de 2025 - 18:19

Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes

NOVIDADE NOS CÉUS

Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%

19 de dezembro de 2025 - 17:31

Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural

FOCO NA DESALAVANCAGEM

Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos

19 de dezembro de 2025 - 16:58

O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda

ENGORDANDO O BOLSO

Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações

19 de dezembro de 2025 - 16:10

A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social

FIM DE UMA ERA

Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência 

19 de dezembro de 2025 - 14:50

Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos

DE NEUTRO PARA VENDA

É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%

19 de dezembro de 2025 - 13:31

Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP

19 de dezembro de 2025 - 12:40

Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos

ENTENDA

Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios

19 de dezembro de 2025 - 12:15

Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo

TÍTULOS DE DÍVIDA

Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões

19 de dezembro de 2025 - 11:45

A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação

FELIZ, TRUMP?

Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação

19 de dezembro de 2025 - 10:50

Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance

MAIS AÇÕES NA CONTA

O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados

19 de dezembro de 2025 - 10:15

Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda

SINERGIAS

Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões

19 de dezembro de 2025 - 9:36

Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio

DIVIDENDOS E BONIFICAÇÕES

Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações

18 de dezembro de 2025 - 20:21

A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber

DE VOLTA AO RADAR

CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA

18 de dezembro de 2025 - 16:08

O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda

CORRIDA TECNOLÓGICA

Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA

18 de dezembro de 2025 - 14:55

Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips

DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER...

Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%

18 de dezembro de 2025 - 13:08

Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho

DESTAQUE DO IBOVESPA

Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026

18 de dezembro de 2025 - 12:31

Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio

FIM DE UMA ERA?

Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’

18 de dezembro de 2025 - 11:45

Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar