Após uma série de dificuldades financeiras, por que as ações da Marisa (AMAR3) dispararam quase 24% na B3 hoje? Entenda o que aconteceu
Os papéis da Marisa (AMAR3) acumulam queda de quase 59% no ano em meio a problemas financeiros, mas deram um salto no pregão desta sexta-feira (27)
Assim como outras varejistas, a rede de vestuário Marisa (AMAR3) passou por uma série de problemas financeiros que derrubaram os preços das suas ações recentemente.
No acumulado de 2023, os papéis já caíram quase 59%, o que fez ficarem abaixo de R$ 1 e resultou no grupamento das ações, que passaram a ser negociadas grupadas desde a última terça-feira (24).
Porém, nesta sexta-feira (27), as ações dispararam e avançaram quase 24%, a R$ 2,70.
Segundo analistas, o que está ajudando é a notícia de que a companhia conseguiu um empréstimo de R$ 65 milhões com o BTG Pactual.
Mas por que um financiamento é motivo de tanta animação? Por que, segundo a própria Marisa, o contrato com o BTG representa a volta da companhia ao mercado de crédito bancário após esse período difícil.
Para Pedro Wilson Domingues, sócio da Nexgen Capital, a operação foi vista como “muito positiva”, porque é sinal de um plano de reestruturação financeira sustentável, que permitiu à empresa voltar a acessar o mercado de crédito.
Leia Também
Regras do financiamento contratado pela Marisa
O empréstimo tem prazo final de três anos e tem como garantia parte dos direitos creditórios de que a Marisa tem direito após o fim de um processo judicial sobre a incidência de ICMS na base de cálculo de PIS e COFINS.
A companhia explicou ainda que continuará a ser proprietária dos direitos creditórios e apenas parte deles será transformada em precatórios (requisição de pagamento por parte da União).
Dessa forma, a Marisa poderá compensar, durante a duração do financiamento, um valor superior ao inicial previsto, chegando a R$ 85 milhões.
Combinado com a operação de crédito, também haverá reforço de capital de giro da companhia em R$ 150 milhões. O desembolso da transação está condicionado ao cumprimento de algumas condições precedentes usuais.
É a melhor empresa do brasil’: ação já decolou 4.200% desde o ipo, é líder de mercado e está barata
Marisa: reestruturação financeira em nova fase?
Além da operação de crédito, a Marisa vem tomando outras medidas para se reestruturar financeiramente.
Desde o início do ano, a rede adequou o parque de lojas, reduziu despesas de pessoal e gerais e fez uma formulação organizacional. Também foram concluídas negociações com fornecedores e proprietários de imóveis
Com a conclusão dessas negociações - somado ao reforço de capital de giro e de adequação da estrutura de capital em curso - o presidente da Marisa, João Nogueira Batista, afirmou que a expectativa é entregar resultados financeiros do quarto trimestre em linha com o cenário projetado pela companhia.
Além disso, a previsão é entregar “o orçamento do exercício do ano que vem, conforme projeções 2024 já divulgadas para o mercado”.
Para Batista, a reabertura do mercado financeiro para a contratação do empréstimo ainda representou um “reconhecimento concreto dos avanços estruturais” que a empresa fez.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio