Selic a 9%? Gestores projetam novas quedas da taxa pelo BC — mas a ‘cervejuros’ pode levar mais tempo para sair
Apesar da expectativa de queda da Selic, economia brasileira deve seguir convivendo com juros restritivos, segundo os gestores
O corte nos juros finalmente veio em agosto, e mais forte que o esperado pelo mercado, levando a Selic de volta ao patamar de 13,25% ao ano. Junto com a decisão, o Banco Central sinalizou novos cortes no horizonte — e dois gestores do mercado financeiro revelaram as expectativas para a taxa básica de juros.
Nas projeções de André Raduan, gestor da Genoa Capital, e de Mario Schalch, sócio fundador da Neo Investimentos, a Selic pode beirar a marca dos 9% ao ano. Ambos foram os convidados do episódio #57 do Market Makers.
Fundada em 2020, a Genoa Capital possui mais de R$ 11 bilhões de ativos sob gestão. Já a Neo, criada em 2003, administra mais de R$ 4 bilhões.
A aposta da Genoa Capital na queda dos juros baseia-se na expectativa de que ainda existe melhora da inflação para acontecer.
“O mercado de trabalho brasileiro está dando alguns sinais de arrefecimento. A gente é mais otimista nessa questão de juros”, explica o gestor.
Apesar das apostas, André Raduan afirma que não acredita que a taxa Selic caia para além dos níveis de 9% — e nem mesmo em um futuro tão próximo.
“Mesmo falando que a gente vai chegar perto de 10% ao ano, 9,5%, essa ‘cervejuros’ já está mais perto do centro, mas ainda assim é restritivo e só deve chegar no patamar no meio do ano que vem", afirma.
“Nós ainda vamos viver em um ambiente restritivo de juros, só menos restritivo”, projeta, em entrevista ao apresentador Renato Santiago.
Dê play aqui para ouvir a conversa completa.
Apesar da expectativa de juros mais baixos, o gestor da Neo tem um cenário menos otimista para o Brasil
“O ambiente é desafiador, não é simples e nem fácil. Ao contrário do que era no final do primeiro trimestre, que tinha bastante prêmio e gordura no mercado, hoje existe muito menos.”
Ainda na visão de Mario Schalch, para que a Selic caia além dos 9% ao ano existem alguns desafios, como a necessidade de evolução do cenário fiscal brasileiro e a inflação voltando a rodar na casa de 4%.
“É preciso um esforço muito grande, bastante coisa precisa dar certo para que os juros venham para baixo de 9%, com um desafio grande para ser entregue na parte fiscal para 2024.”
Aperte o play e assista abaixo ao episódio na íntegra.
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