Inflação pode deixar de responder ao BC se Lula conseguir mudar meta, dizem gestores
Rodrigo Azevedo, da Ibiuna, e Felipe Guerra, da Legacy, estão com visão pessimista para o Brasil

Responsáveis por cerca de R$ 60 bilhões alocados em seus fundos, os gestores Rodrigo Azevedo, da Ibiuna, e Felipe Guerra, da Legacy, não estão nada otimistas com o futuro da economia brasileira, particularmente com a inflação - e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo a ver com isso.
Nesta terça-feira (31), durante evento do Credit Suisse, ambos reforçaram sua visão negativa para os ativos locais, tendo em vista os primeiros ruídos de um governo que começou há um mês e o cenário observado no exterior.
Na visão de Azevedo, o ponto mais preocupante de janeiro não foram os ataques às instituições no dia 8, ou a descoberta de um rascunho de golpe na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Foi a entrevista de Lula à GloboNews alguns dias após a baderna em Brasília.
Nela, o presidente tocou em vários assuntos e, inclusive, questionou a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano de 2022, de 3,5%.
“Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7% (sic), quando você faz isso, é obrigado a ‘arrochar’ mais a economia para atingir aqueles 3,7%. Por que precisava fazer os 3,7%? Por que não fazia 4,5%, como nós fizemos?”, reclamou Lula.
Para o gestor da Ibiuna, a fala do presidente engatilha uma mudança de expectativas de inflação que pode atrapalhar a atuação do Banco Central. Ele frisa que, para determinar a taxa de juros, um dos principais elementos observados pelo BC hoje é a expectativa de inflação de 2024.
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“Se, de repente, ela embica para cima, se o BC não sabe mais nada do que está acontecendo, o que ele faz? Fala ‘pô, eu preciso apertar mais’. O problema é que a expectativa de inflação, nesse momento, vai deixar de responder ao movimento do Banco Central”, teorizou o ex-diretor do BC.
Vale destacar que a meta de inflação para este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual (p.p.), para cima ou para baixo. Ou seja, a meta determina que o índice fique entre 1,75% e 4,75%.
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Mais que inflação
Se Azevedo acha que está pessimista, Guerra, com quem dividiu o painel, está ainda mais.
O gestor da Legacy tem total certeza de que o governo Lula irá “apertar vários botões” para tentar estimular o crescimento do país e manter seu nível de popularidade.
Isso, em sua visão, passa por algumas medidas como, por exemplo, o “Desenrola”, um programa que foi prometido durante a campanha eleitoral e é voltado para a renegociação de dívidas, tendo em vista o elevado número de famílias endividadas no Brasil.
Os detalhes do “Desenrola” ainda são desconhecidos, mas o programa em si é um sinal, para Guerra, de que o Brasil “vai caminhar para um regime de excepcionalidades”.
Mas juros e inflação altos não são uma notícia exatamente ruim para gestores que operam cenário macro, como é o caso de Azevedo e Guerra. Aliás, como os próprios frisaram no início do painel, ser um gestor global macro nos anos em que os juros no mundo todo ficaram em patamares extremamente baixos foi um enorme desafio.
“Nos últimos dois anos, a inflação voltou. Voltou a ter game”, disse Azevedo.
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