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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

DE OLHO NAS REDES

Estados Unidos em alerta: ‘guerra’ contra a China chegou a outro nível, um novo império global pode começar — e o TikTok tem a ver com isso

O novo campo de batalha entre Estados Unidos e China mostra a preocupação com o avanço do gigante asiático

Bia Azevedo
Bia Azevedo
2 de abril de 2023
8:00 - atualizado às 14:58
guerra entre china e EUA coloca TikTok na mira
Imagem: Montagem Seu Dinheiro com fotos do Canva Pro e divulgação TikTok

“O poder é mais do que a comunicação e a comunicação é mais do que o poder. Mas o poder depende do controle da comunicação, assim como o contrapoder depende do rompimento desse controle”. 

A frase do sociólogo espanhol Manuel Castells ajuda a explicar por que os Estados Unidos ‘desbloqueou’ uma nova etapa na “guerra” contra a China. 

Depois de comprar briga por causa de alguns balões e, mais recentemente, admitir pela primeira vez a possibilidade de uma guerra nuclear contra o gigante asiático, a maior potência global montou um circo na Câmara do país para lutar contra o que eles enxergam como uma grave ameaça… o TikTok!

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Na última quinta (23), os deputados americanos ouviram o Shou Zi Chew, diretor-executivo da ByteDance, empresa por trás do TikTok — a televisão da geração Z. O objetivo era apurar possíveis riscos do aplicativo chinês para a segurança nacional.

Com mais de 150 milhões de usuários nos Estados Unidos, o TikTok corre risco de ser banido do país caso não aceite ser vendido para uma uma empresa de lá. Por outro lado, no Brasil a rede está firme e forte, nos siga por lá para receber conteúdos “raíz” sobre investimentos. Basta clicar aqui. 

Os norte-americanos evocam a ameaça de vazamento de dados para explicar a perseguição. 

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O governo americano aponta a possibilidade de a China acessar dados de cidadãos americanos, já que o país possui leis que permitem que autoridades exijam secretamente dados de empresas e cidadãos chineses para operações de coleta de informações. 

Também estão preocupados que a China possa usar as recomendações de conteúdo do TikTok para desinformação. A ByteDance, por outro lado, negou que algo dessa natureza já tenha ocorrido. 

Durante o depoimento na Câmara, Chew disse entender que existam preocupações nesse sentido, mas deixou claro: 

"Deixe-me afirmar isso de forma inequívoca: a ByteDance não é um agente da China, nem de qualquer outro país". 

A empresa ainda se ofereceu para transferir todas as informações de cidadãos americanos para servidores dos EUA até o final deste ano. 

Mas, por trás das cortinas, existe outro motivo — além da segurança — que está deixando os governantes do país ensandecidos com o crescimento exponencial da rede entre os jovens: a perda significativa de poder geopolítico americano. O TikTok é uma representação disso.

TikTok é só um dos símbolos do enfraquecimento dos EUA, isso os deixa apavorados 

A disputa entre China e Estados Unidos não se restringe aos artefatos bélicos de cada um, há um outro fator em jogo: o soft power (poder brando, em tradução livre), um conceito elaborado pelo autor e cientista político Joseph Nye. 

Trata-se da habilidade de jogar a opinião pública e as ações políticas ao redor do globo em favor de seus objetivos sem precisar usar a força. E o TikTok tem tudo a ver com isso. 

Afinal, estamos falando de uma plataforma criada na China que gera tendências e influencia diretamente no comportamento de seus usuários na vida real. 

É o algoritmo deles que define quais discursos serão virais entre os mais de 1 bilhão de usuários ativos da rede. O sistema deles que decide quem atinge milhões e quem cai no esquecimento. 

“No limite, trata-se de qual empresa irá definir os moldes que são calibrados para pautar a realidade e conduzi-la de acordo com os interesses das potências e do mercado”, explicam os pesquisadores Juliana R. Corrêa e Ergon Cugler em um artigo para o Le Monde Diplomatique Brasil.

É o que preocupa os Estados Unidos, que vem perdendo o domínio geopolítico global para a China há alguns anos. 

Enquanto isso, as redes norte-americanas também sofrem com a perda de espaço para o aplicativo chinês, o que deixa Mark Zuckerberg, dono da Meta (ex-Facebook), doido de raiva. Falo mais sobre isso nesta matéria. 

Cabe ressaltar que uma série de redes sociais e serviços norte-americanos também são proibidos na China. Instagram, Twitter, Google e Facebook são alguns deles. Ou seja, o sentimento é recíproco.

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Continue lendo abaixo.

Não é só o TikTok: a China tem outras armas para a guerra cultural

Nos últimos anos, a China tem feito um avanço significativo quando o assunto é a guerra cultural contra os EUA. 

Para Corrêa e Cugler, enquanto os Estados Unidos exercem o soft power por meio das grandes produções audiovisuais para difundir o “american way of life”, a fonte de poder brando da China é a dependência comercial de seus produtos. 

“É o caso do TikTok que, além de ditar tendências virais, também contribui para o mapeamento do mercado consumidor”, explicam. 

Mas, desde o início do século 21, a China está engajada em um programa massivo de expansão internacional de mídia e cultura. 

De acordo com o pesquisador de comunicação, Graham Murdock, o jornal em inglês China Daily é um exemplo. O veículo foi fundado em 1981 e até 2009 era publicado apenas em Pequim. Então se expandiu para uma edição diária na América do Norte e suplementos semanais na Europa, Asia e África. 

O principal jornal oficial, People’s Daily, e seus companheiros China Daily e Global Times, também lançaram edições internacionais ambiciosas e exploraram os recursos da internet para fazer suas notícias e visões disponíveis ao redor do mundo. 

A China conseguirá vencer os EUA nessa guerra? 

Por mais estranho que pareça, existe sim a possibilidade de a China conseguir triunfar na batalha cultural que está travando, mas isso pode demorar décadas (ou até um ou mais séculos). 

De acordo com o pesquisador em comunicação, Colin Sparks, certamente a China não vai vencer os Estados Unidos e implementar um novo império cultural tão cedo, mas isso não significa que o gigante asiático jamais conseguirá fazer isso. 

“É um erro concluir que os críticos estão certos e que todo este investimento em televisão, jornal impresso e internet é dinheiro jogado no lixo.  Por uma razão: ainda está cedo, e influência cultural leva tempo para ser construída”, explica em um capítulo do livro “Media Imperalism”.

Nas palavras do próprio secretário de Estado do governo Joe Biden, Anthony Blinken, a China é o único país capaz de desafiar o domínio global norte-americano. 

Para o diplomata e consultor geopolítico Henry Kissinger, a cada século surge um país com poder e vontade para moldar todo o sistema internacional aos seus próprios valores. Assim como os EUA conseguiram tirar a Europa do centro do mundo depois da segunda guerra mundial, é possível que a China faça o mesmo.

O TikTok está a salvo no Brasil e nós estamos ativos por lá

Enquanto China e Estados Unidos brigam e colocam a sobrevivência do TikTok em jogo em território norte-americano, a rede social está a salvo no Brasil e o Seu Dinheiro publica conteúdos diários por lá. 

E se você está pensando que a rede só tem coisas bobas, saiba que nós estamos comprometidos em publicar vídeos ‘raíz’ sobre investimentos que podem ser decisivos para o seu bolso. 

Um exemplo disso são os materiais  produzidos pela nossa equipe premiada, incluindo a repórter vencedora do prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças Julia Wiltgen. Clique aqui para assistir. 

Fica o convite para você nos seguir por lá. Basta clicar aqui. 

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