Elon Musk ficou R$ 437 bilhões mais rico em 2023 — mas as apostas do bilionário podem colocar o império em risco
Assim como a ascensão de Musk foi rápida neste ano, todo o “caminho do sucesso” trilhado em 2023 pode começar a ruir em pouco tempo; entenda

Elon Musk foi do inferno ao céu nos últimos meses. Se em janeiro o dono da Tesla e do X (antigo Twitter) batia o recorde de “maior perda de fortuna pessoal da história”, o bilionário agora caminha para encerrar o ano como a pessoa que mais ganhou dinheiro em 2023.
Só neste ano, o homem mais rico do mundo engordou sua fortuna em US$ 88,7 bilhões (R$ 437,74 bilhões, nas cotações atuais). Com isso, o patrimônio do bilionário atualmente é estimado em US$ 226 bilhões (R$ 1,11 trilhão) pelo Bloomberg Billionaires Index — e você confere aqui como ele construiu a riqueza ao longo dos anos.
Mas assim como a ascensão de Musk foi rápida neste ano, todo o “caminho do sucesso” trilhado em 2023 — e seu próprio império multibilionário — pode começar a ruir em pouco tempo. E tudo devido às apostas arriscadas feitas pelo executivo nos últimos anos.
Os problemas de Elon Musk com o finado Twitter
O futuro do X — o finado Twitter e uma das maiores apostas de Elon Musk — é um dos principais riscos ao futuro do império do homem mais rico do planeta.
Desde que o bilionário adquiriu a rede social no ano passado por US$ 44 bilhões, a plataforma de mídia social perdeu mais da metade de seu valor de mercado e agora é avaliada em menos de US$ 20 bilhões, de acordo com a última avaliação.
A rede social enfrenta diversas críticas de usuários às alterações na plataforma, como a flexibilização na moderação de conteúdos, a adoção da assinatura paga e a revisão do sistema de verificação de identidade, que levaram ao aumento de perfis falsos e robôs na plataforma.
Leia Também
Vale lembrar que a empresa teve que enxugar o quadro de funcionários em cerca de 80% para equilibrar as contas, uma vez que perdeu boa parte dos patrocínios, que eram uma das maiores fontes de receita do Twitter.
As receitas com publicidade despencaram ao longo deste ano. Segundo um relatório da Vox, mais da metade dos mil principais anunciantes no Twitter pararam de exibir anúncios na plataforma.
Após Elon Musk ter mandado as empresas de publicidade “irem se f*****”, pelo menos metade dos 100 maiores anunciantes do X, como Coca-Cola, General Motors e Heineken, ou diminuíram os patrocínios ou pararam totalmente de anunciar na plataforma.
O bilionário chegou até a apelar para a cantora Taylor Swift, nomeada a personalidade do ano pela TIME em 2023, e pedir uma “ajudinha” para tentar salvar o Twitter, mas não teve retorno da artista.
Afinal, analistas como Vicki Bryan, CEO da empresa de pesquisas Bond Angle, suspeitam que o Twitter atualmente esteja queimando caixa e gastando muito mais do que é capaz de gerar ou até mesmo de pedir emprestado.
É importante lembrar ainda que, desde que decidiu comprar a plataforma, Elon Musk teve que desovar milhões em ações da fabricante de veículos elétricos Tesla para conseguir dinheiro suficiente para financiar o negócio.
O temor dos investidores agora é que, se o X continuar perdendo valor, restará ao bilionário injetar mais dinheiro na plataforma — o que leva ao problema número dois: as ações da “joia da coroa” do império.
A Tesla está em risco?
A maior parte da fortuna de Elon Musk é constituída principalmente por suas participações em empresas e ativos de baixa liquidez.
Acontece que, no caso das fatias do bilionário na Tesla, mais da metade dessas ações são usadas como “garantias para garantir certas dívidas pessoais” do executivo, segundo documentos públicos apresentados em março deste ano.
Se o executivo precisar se desfazer de novas fatias na Tesla para financiar os aportes no Twitter, o mercado poderá reagir negativamente às notícias de venda outra vez — e, por sua vez, uma pressão vendedora resultaria na queda dos papéis, assim como do patrimônio do ricaço.
Isso significa que, se as ações da Tesla caírem abaixo de um certo patamar, existe a possibilidade de que os bancos comecem a executar as garantias dos empréstimos pessoais de Musk.
Para além dos efeitos de uma potencial venda de participações, a montadora ainda enfrenta perspectivas mais negativas para o negócio e margens de rentabilidade mais pressionadas, com o aumento das concorrentes e a necessidade de cortes de preços de automóveis para conseguir manter as vendas.
No terceiro trimestre, a Tesla reportou um lucro líquido de US$ 1,85 bilhão, o que representa uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2022. Já a receita subiu 9% na comparação anual, para US$ 23,35 bilhões, impulsionada pelo crescimento de entrega de veículos e pela redução do preço médio de venda.
No pregão de hoje, por exemplo, as ações da Tesla amargam uma queda de pouco mais de 2% em Wall Street, derrubando o patrimônio de Elon Musk em US$ 3,6 bilhões em um só dia.
Os processos contra Elon Musk
Não bastasse as questões corporativas e financeiras, o jurídico também é um dos riscos para o império de Elon Musk.
Afinal, hoje, o bilionário encontra-se no banco dos réus por um suposto esquema de pirâmide envolvendo a criptomoeda-meme Dogecoin (DOGE), enquanto ainda é investigado pela SEC (a CVM norte-americana) pela compra do Twitter.
No caso do primeiro processo, a ação começou em meados de 2022, quando um grupo de investidores acusou o executivo de cometer insider trading com o ativo digital.
Os autores do processo alegavam que Elon Musk e suas empresas teriam intencionalmente feito o preço da Dogecoin disparar mais de 36.000% em dois anos — para, em seguida, deixar a criptomoeda afundar.
A denúncia afirmava que o bilionário e suas companhias teriam lucrado "dezenas de bilhões de dólares" às custas de outros investidores de DOGE e “enriquecido injustamente” após condutas ilegais, como fraude eletrônica e propaganda enganosa.
Já na ação mais recente, a Security and Exchange Comission está investigando possíveis violações das leis de valores mobiliários norte-americanas em relação ao acordo de Musk para adquirir o Twitter, além de suas declarações e registros sobre a empresa.
Como o bilionário tem se recusado a testemunhar, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA resolveu processar Musk para forçá-lo a depor. A SEC afirma que a investigação busca saber se houve fraude na compra das ações do X no ano passado.
*Com informações de Business Insider, Reuters e Bloomberg.
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”
Investidores sacam R$ 38 bilhões de fundos no ano, e perdem a oportunidade de uma rentabilidade de até 35,8% em uma classe
Dados da Anbima mostram que a sangria dos multimercados continua, mas pelo menos a rentabilidade foi recuperada, superando o CDI com folga
Cury (CURY3): ações sobem na bolsa depois da prévia operacional do segundo trimestre; bancos dizem o que fazer com os papéis
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros com algumas linhas do balanço vindo abaixo das expectativas. O BTG Pactual também não viu nada de muito extraordinário