Super Semana dos bancos centrais testa fôlego dos investidores, mas sinalização do Fed pode ser boa para o Brasil
A semana representa um ponto crucial para os mercados globais, com destaque para a reunião do Federal Reserve

Esta semana representa um ponto crucial para os mercados globais. Todos estão atentos à conclusão da reunião do Federal Reserve (Fed), agendada para quarta-feira (26), onde é amplamente esperado um aumento de 25 pontos-base nas taxas de juros.
Contudo, o foco principal está em saber se o Fed irá sinalizar o fim do ciclo de aumento de juros que já dura quase 16 meses, considerando os indícios de redução da inflação.
Uma pausa no ciclo de aumento de juros é vista como uma notícia positiva para os mercados de ações. Porém, antes de nos concentrarmos nos acontecimentos dos Estados Unidos, é importante observar outras regiões também relevantes.
Não é só o Fed
O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ), por exemplo, também estão na lista de autoridades monetárias com reuniões agendadas nesta semana.
- ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE: o Seu Dinheiro consultou uma série de especialistas do mercado financeiro e preparou um guia completo para te ajudar a montar uma carteira de investimentos estratégica para a segunda “pernada” de 2023. Baixe aqui gratuitamente.
O que esperar do BCE
Na Europa, vale destacar que o BCE tem elevado as taxas há um ano. A campanha de aumento do BCE tem sido considerada a mais difícil de todas até o momento.
Ainda é esperado mais um aumento de 25 pontos-base na taxa de depósito, elevando-a para 3,75%, além dos 400 pontos de aperto monetário já decretados desde julho passado (será o nono aumento consecutivo).
Leia Também
Os europeus são menos propensos a oferecer orientações futuras. Ainda assim, o BCE pode adotar uma postura mais dovish.
Tanto é verdade que alguns dirigentes têm dado sinais nessa direção, sugerindo que o ciclo de aperto pode estar chegando ao fim.
No entanto, a inflação na zona do euro ainda se mantém bem acima da meta de 2%, o que demanda atenção, mesmo tendo desacelerado bem desde o pico de 10,6% em dezembro. Alternativamente, outra medida que pode ajudar a combater a inflação é a aceleração do processo de redução das carteiras de títulos.
Leia também
- O dragão virou lagartixa? Por que a frustração com o PIB da China preocupa o mercado
- Onde investir: Novo semestre começa com oportunidade sob medida para os ativos brasileiros
- Como sobreviver ao Banco Central: novas informações sobre juros e inflação desafiam investidores
Do Japão não se espera mudança de rumo
Por outro lado, no Japão, não se espera alteração na estratégia para o controle da curva de juros.
Os dirigentes preferem avaliar mais dados para garantir que os salários e a inflação continuem aumentando.
De qualquer forma, estamos prestes a testemunhar uma série de decisões monetárias que terão impacto significativo.
Fonte: Bloomberg
Voltando ao Fed
Falando novamente sobre os Estados Unidos, além dos resultados corporativos do segundo trimestre, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) será observada de perto pelos investidores.
É praticamente certo que o banco central aumentará a taxa de juros nominal em 25 pontos-base. No entanto, a grande incógnita é o que acontecerá em seguida.
Prevê-se que o Fed sinalize uma abordagem de "esperar para ver", com a decisão de efetivamente pausar possivelmente adiada para o final de agosto, durante o simpósio de Jackson Hole.
Uma pausa após o aumento desta semana pode ser benéfica, já que uma política de aperto contínuo para desacelerar a economia pode levar a mais estresse corporativo, como já ocorreu com os bancos no início do ano.
Irá o Fed tolerar mais inflação?
Ao mesmo tempo, há crescentes esperanças de um "pouso suave" ("soft landing", em inglês) para a economia dos EUA, o que provavelmente dependerá da disposição do Federal Reserve em tolerar uma inflação significativamente mais alta do que preferiria.
Nesse contexto, as ações e os títulos tiveram uma forte alta neste mês, impulsionados pelo crescente otimismo de que o próximo aumento de taxa de juros pelo banco central dos EUA em 26 de julho poderia ser o último para este ciclo.
No entanto, ambas as classes de ativos tiveram momentos de incerteza desde a semana passada, devido a preocupações de que o presidente do Fed, Jerome Powell, possa adotar uma postura mais agressiva em relação à política monetária.
Fontes: Citi e Bloomberg
Como isso pode ser bom para o Brasil
A preocupação aumentou recentemente, à medida que os indicadores do mercado de trabalho destacaram o potencial de que as principais pressões de custo permaneçam presentes, mesmo com a desaceleração do ritmo da inflação.
Essa situação tem sido um desafio, pois a economia dos EUA parece estar desafiando a ideia de que o ciclo de aperto mais acentuado em 40 anos resultaria em desaceleração.
No final, porém, resiliência demonstrada pela economia pode levar a uma postura menos severa do Fed em relação às ações, com a expectativa de que os lucros das empresas voltem a crescer.
Interessante para outros países, como o Brasil, que já flertam com o início do ciclo de flexibilização (iniciado provavelmente na semana que vem). O fim do aperto americano pode deixar as coisas mais fáceis para nós.
- O fim do aperto monetário parece estar próximo no Brasil, e essa é a oportunidade que você, investidor, tem para buscar lucros com ações que podem estar prestes a disparar. Confira a seleção de 10 melhores ações para investir agora, segundo os analistas da Empiricus Research. Baixe AQUI o relatório gratuito.
JBS (JBSS3) de malas prontas para Nova York: Com BNDES ‘fora’ da jogada, frigorífico avança em planos de dupla listagem
A controladora J&F Investimentos e a BNDESPar firmaram acordo que elimina o principal risco para a aprovação da dupla listagem do frigorífico nos Estados Unidos
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Mais uma Super Quarta vem aí: dois Bancos Centrais com níveis de juros, caminhos e problemas diferentes pela frente
Desaceleração da atividade econômica já leva o mercado a tentar antecipar quando os juros começarão a cair no Brasil, mas essa não é necessariamente uma boa notícia
XP rebate acusações de esquema de pirâmide, venda massiva de COEs e rentabilidade dos fundos
Após a repercussão no mercado, a própria XP decidiu tirar a limpo a história e esclarecer todas as dúvidas e temores dos investidores; veja o que disse a corretora
Frigoríficos no vermelho: por que as ações da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) figuram entre as maiores quedas do Ibovespa hoje
O desempenho negativo do setor deve-se principalmente à confirmação de surto da gripe aviária mortal H7N9 nos EUA; entenda
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
JP Morgan rebaixa Natura (NTCO3) após tombo de 30% das ações; empresa lança programa de recompra
Para o banco, tendências operacionais mais fracas de curto prazo e níveis elevados de ruídos devem continuar a fazer preço sobre as ações NTCO3; saiba o que fazer com os papéis agora
Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Agenda econômica: Super Quarta vem acompanhada por decisões de juros no Reino Unido, China e Japão e a temporada de balanços segue em pleno vapor
Além dos balanços e indicadores que já movimentam a agenda dos investidores, uma série de decisões de política monetária de bancos centrais ao redor do mundo promete agitar ainda mais o mercado
Depois de sofrer um raro ‘apagão’ e cair 20% em 2024, o que esperar de uma das ações preferidas dos ‘tubarões’ da Faria Lima e do Leblon?
Ação da Equatorial (EQTL3) rendeu retorno de cerca de 570% na última década, bem mais que a alta de 195% do Ibovespa no período, mas atravessou um momento difícil no ano passado
Ibovespa tem melhor semana do ano e vai ao nível mais alto em 2025; Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3) destacam-se em extremos opostos
Boa parte da alta do Ibovespa na semana é atribuída à repercussão de medidas adotadas pela China para impulsionar o consumo interno
Bolsa em disparada: Ibovespa avança 2,64%, dólar cai a R$ 5,7433 e Wall Street se recupera — tudo graças à China
Governo chinês incentiva consumo e uso do cartão de crédito, elevando expectativas por novos estímulos e impulsionando o mercado por aqui
Eztec (EZTC3) sobe forte com balanço do 4T24 e previsões ainda mais fortes para 2025. É hora de comprar ações da construtora?
Analistas destacam os resultados positivos em meio a um cenário macroeconômico deteriorado. Saiba de é hora de investir em EZTC3
Vem divórcio? Azzas 2154 (AZZA3) recua forte na B3 com rumores de separação de Birman e Jatahy após menos de um ano desde a fusão
Após apenas oito meses desde a fusão, os dois empresários à frente dos negócios já avaliam alternativas para uma cisão de negócios, segundo a imprensa local
Magazine Luiza (MGLU3) vai acelerar oferta de crédito em 2025 mesmo com juros em alta, diz Fred Trajano
O CEO do Magalu afirma que, diante de patamares controlados de inadimplência e níveis elevados de rentabilidade, “não há por que não acelerar mais o crédito”
Natura (NTCO3) derrete 29% depois da divulgação do balanço do 4T24; por que o mercado ficou tão pessimista com a ação?
Resultados ‘poluídos’ pela reestruturação da Avon Internacional e Ebtida negativo fazem o papel da empresa de cosméticos sofrer na bolsa hoje
Magazine Luiza (MGLU3) salta 17% e lidera ganhos do Ibovespa após balanço — mas nem todos os analistas estão animados com as ações
A varejista anunciou o quinto lucro trimestral consecutivo no 4T24, com aumento de rentabilidade e margem, mas frustrou do lado das receitas; entenda
Telefônica Brasil, dona da Vivo, anuncia mais JCP e aprova grupamento seguido de desdobramento das ações; VIVT3 sobe 1% na bolsa
Mudança na estrutura acionária estava em discussão desde o começo do ano; veja o que muda agora
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos