A guerra fria entre Campos Neto e Lula, o impacto da Americanas (AMER3) nos bancos e outros destaques do dia
Brasília vive um momento de guerra fria. De um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua vontade de ver a Selic abaixo do patamar atual. Do outro, Roberto Campos Neto e sua defesa à independência do Banco Central e à política monetária adotada pela autarquia.
Depois de semanas de ataques diretos, o chefe do Executivo tem se mantido calado, mas a participação de RCN no Roda Viva, da TV Cultura, na noite de ontem poderia ser palco para uma nova rodada de ataques.
Campos Neto não chamou Lula para o tatame. Muito pelo contrário. Sinalizou respeito ao presidente e disse estar disponível para explicar ao Congresso quantas vezes forem necessárias os motivos por trás dos juros altos.
Com a bandeira branca no céu de Brasília, quem se movimentou foi a linha de frente de ataque de ambos os lados, sem participação direta de nenhum dos dois principais personagens dessa guerra que, até o momento, segue ‘fria’.
Rumores ao longo do dia indicaram que Lula gostaria de ver a meta de inflação subir cerca de 1 ponto percentual e a Selic voltar à casa dos 12%. Já no Congresso, a base do presidente lançou uma campanha contra os juros altos, fez críticas à autonomia do BC e cobrou um posicionamento oficial de Campos Neto sobre a política monetária atual.
Mas esse não foi um ataque unilateral. Coube a Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, colocar panos quentes na briga, lembrando que qualquer mudança deve ser feita pelo Congresso e se colocando contra a revisão da meta de inflação.
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Os atritos internos não foram a única razão para a queda do Ibovespa. Lá fora, a inflação maior do que a esperada nos EUA fez com que os principais índices em Wall Street tivessem um dia misto. Aqui, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,91%, aos 107.848 pontos — bem longe das máximas. O dólar à vista avançou 0,42%, a R$ 5,1984.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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RESULTADO
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REPERCUSSÃO DO RESULTADO
Banco do Brasil acredita em recuperação de ativos da Americanas. Dos grandes bancos brasileiros, o BB é o que tem menor exposição à varejista e decidiu provisionar apenas metade do valor.
REFLEXOS DO ROMBO
Fundos de investimento somam R$ 8,5 bilhões em exposição a Americanas (AMER3), mas Anbima vê impacto contido. Um total de 1.126 fundos possuíam algum tipo de exposição à varejista, de acordo com a associação que representa as instituições que atuam no mercado de capitais.
SEM ATALHO
André Esteves, do BTG Pactual, vê ansiedade natural de Lula para cumprir promessas, mas alerta para risco. Executivo diz que o rentista é o mais prejudicado com uma política fiscal saudável e que banqueiro não gosta de juros altos.
IR 2023
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UMA RASTEIRA NOS BANCÕES
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