RESUMO DO DIA:
Com o setor bancário voltando a injetar cautela nos mercados e a tensão do mercado a respeito do novo arcabouço fiscal — que deve ser apresentado pelo governo na próxima semana — o Ibovespa caiu forte nesta sexta-feira (17).
O principal índice acionário da B3 encerrou o pregão com um recuo de 1,4%, aos 101.981 pontos. Na semana, a queda foi ainda maior, de 1,58%. O dólar à vista, por outro lado, avançou 0,58% hoje, cotado em R$ 5,2702 e acumulou uma alta de 1,19% nos últimos cinco dias.
No cenário corporativo, o destaque do dia foram as ações da 3R Petroleum (RRRP3), que dispararam mais de 16% impulsionadas pelo balanço trimestral da companhia e confirmação de ela segue em negociando com a Petrobras (PETR4) a compra Polo Potiguar.
Veja tudo que movimentou o dia abaixo:
A ponta positiva do Ibovespa foi definida pela Petrobras, mas a estatal não ocupou o lugar mais alto da tabela. A companhia confirmou que segue negociando a venda do Polo Potiguar para a 3R Petroleum (RRRP3) e a notícia provocou um salto nos papéis da petroleira privada.
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 31,75 | 16,73% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 5,16 | 8,86% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 7,00 | 4,63% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 11,70 | 3,27% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 7,33 | 3,24% |
Veja também as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 13,31 | -10,73% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 2,37 | -10,23% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 3,88 | -7,66% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 14,74 | -7,47% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 6,26 | -7,40% |
Há quem se recorde de como era viver no “Brasil da hiperinflação”, o medo de retornar aos mercados horas depois e encontrar um amontoado de remarcação de preços, uma colada por cima da outra. Ao final da década de 80, os preços chegavam a subir mais de 3.000% ao ano no país.
O Plano Real surgiu com a intenção de resolver uma das maiores crises inflacionárias do mundo e trazer os preços de volta a um patamar, no mínimo, aceitável. Desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, o dragão da inflação foi abandonando os palcos brasileiros cada vez mais — isto é, até a explosão da pandemia.
No ano passado, os temores de inércia inflacionária e indexação voltaram aos holofotes — e, do mesmo jeito que na época da hiperinflação, as altas de preços passadas voltaram a se refletir nos preços futuros e manter a inflação em alta.
Afinal, é tudo uma questão de expectativa. Fabiano Rios, CIO da Absolute Investimentos, chegou a afirmar no Market Makers que a razão para o patamar mais elevado dos juros era justamente a projeção do aumento de preços, chamada de inflação prospectiva.
O Brent encerrou a sessão em queda de 2,31%, a US$ 72,97
Apesar da cautela predominar na bolsa e no dólar, os juros futuros operam em queda nesta tarde. Trata-se de um movimento técnico, após um movimento de leilão de títulos do Tesouro americano. Os DIs brasileiros acompanham.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,00% | 13,04% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,12% | 12,16% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,26% | 12,32% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,53% | 12,60% |
As ações de construtoras e incorporadoras da B3 são um dos destaques do Ibovespa nesta sexta-feira (17). A maior parte delas está em evidência, porém, por registrar uma queda brusca após a divulgação do balanço do quarto trimestre.
Cyrela (CYRE3), EZTec (EZTC3), Plano & Plano (PLPL3) e Trisul (TRIS3) comunicaram os resultados ao mercado ontem e os investidores digerem os números no pregão de hoje. E apenas para uma delas, a Plano & Plano, essa digestão não resultou em azia acionária.
Por volta das 14h50, os papéis PLPL3 operavam em alta de 5%, cotados em R$ 5,04, enquanto as ações das outras três construtoras apareciam entre as maiores quedas do Ibovespa. Confira o desempenho dos ativos e veja abaixo os destaques de cada um dos balanços:
- Cyrela (CYRE3): R$ 14,79 (-7,16%)
- EZTec (EZTC3): R$ 13,25 (-11,13%)
- Trisul (TRIS3): R$ 3,16 (-11,24%)
EZTec (EZTC3) entregou resultados fracos
Dona de uma das maiores quedas da bolsa de valores hoje, a EZTec não surpreendeu os analistas do Itaú BBA, que já esperavam um resultado fraco.
A Vivara apresentou resultados trimestrais que estão sendo considerados joias pelos especialistas do setor. O desempenho fez os papéis da empresa brilharem na B3 nesta sexta-feira (17), mas será que é hora de colocar VIVA3 na caixinha de ações?
Para o Itaú BBA, a resposta é sim. O banco tem recomendação de compra para Vivara, com preço-alvo de R$ 27, o que representa um potencial de valorização de 21,4% em 2023.
A Empiricus Research também recomenda a compra de VIVA3 assim como o Santander que tem preço-alvo de R$ 29, um potencial de valorização de 30,4% com relação ao fechamento de quinta-feira (17).
JÁ o J.P. Morgan manteve a indicação neutra para os papéis da Vivara, considerando o múltiplo de 13 vezes o preço sobre lucro (P/L) para 2023 e de 11 vezes P/L para 2024.
- Londres: -1,01%
- Milão: - 1,64%
- Paris: -1,43%
- Frankfurt: -1,33%
- Stoxx-600:-1,21%
O Ibovespa mantém-se em queda de 1,09%, aos 102.304 pontos.
O dólar à vista sobe com cautela externa a R$ 5,2752, alta de 0,85%.
A curva dos juros futuros (DIs) firma-se em queda com a ampliação do recuo dos rendimentos dos Treasuries e da forte desvalorização do petróleo, em meio a cautela sobre bancos.
Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,04% | 13,04% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,13% | 12,16% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,27% | 12,32% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,54% | 12,60% |
Os dias nublados da Vale (VALE3) parecem ter chegado ao fim. Depois de ter sido rebaixada em 2022, após o setor siderúrgico e de mineração mostrar sinais de melhora na China, a Vale foi eleita a escolha favorita do Itaú BBA no segmento de S&M na América Latina.
O banco elevou a recomendação de neutro para "outperform" — isto é, acima da média do mercado, com recomendação de compra — para as ações da empresa negociadas na B3 e para as ADRs listadas no exterior.
Apesar da visão mais otimista, os analistas mantiveram intactos os preços-alvo para os ativos, com o valor para VALE3 em R$ 94 para 2023, equivalente a um potencial de alta de 14,9%, com base na cotação do último fechamento.
Já para a ADR da mineradora, a casa de análise fixou o preço de US$ 18 por ativo VALE negociado na bolsa de valores de Nova York (NYSE), implicando numa valorização potencial de até 15,6% para o fim deste ano.
O Ibovespa cai 1,45%, aos 101.933 pontos, acompanhando a cautela do exterior.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 31,18 | 14,63% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 5,39 | 13,71% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 7,32 | 3,10% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 6,88 | 2,84% |
JBSS3 | JBS ON | R$ 20,29 | 1,55% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 2,33 | -11,74% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 3,81 | -9,33% |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 13,58 | -8,92% |
ENGI11 | Engie units | R$ 36,90 | -7,70% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 22,11 | -4,90% |
O setor bancário injetou mais cautela aos mercados nesta sexta-feira (17). As bolsas internacionais que ensaiavam recuperação na abertura, inverteram o sinal após o pedido de recuperação judicial do grupo do Silicon Valley Bank (SVB).
E com a agenda esvaziada, o Ibovespa acompanha o exterior e cai 1,49%, aos 101.889 pontos.
Por aqui, os investidores aguardam novas sinalizações sobre o arcabouço fiscal, que deve ser apresentado pelo governo na próxima semana, antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além disso, o índice da bolsa brasileira repercute os balanços trimestrais divulgados ontem (16) depois do fechamento dos mercados.
Entre os destaques do dia estão 3R Petroleum (RRRP3), que destoa do setor com alta acima de 14% repercutindo os resultados do quarto trimestre e a continuidade da negociação para compra do Polo Potiguar, da Petrobras (PETR4). A EcoRodovias também sobe com o balanço e os frigoríficos seguem entre as altas do Ibovespa com casos de gripe suína na China.
Na ponta negativa, os destaques vão para Hapvida (HAPV3) e EzTec (EZTC3), também repercutindo balanços com lucro líquido menor que o esperado pelo mercado. As petroleiras recuam mais de 1% com a forte desvalorização do petróleo em meio a aversão ao risco global.
No exterior, as bolsas americanas caem com cautela sobre bancos e à espera da decisão do Federal Reserve sobre os juros. A autoridade monetária reúne-se na próxima quarta-feira (22). Confira o desempenho de NY:
- Dow Jones: -1,35%;
- S&P 500: -1,26%;
- Nasdaq: -1,09%
Por fim, o dólar à vista opera em alta a R$ 5,2761.
Ainda repercutindo os casos de gripe suína na China, o que pode aumentar a demanda por carnes brasileiras, os frigoríficos sobem no Ibovespa:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRFS3 | BRF ON | R$ 6,92 | 3,44% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 7,23 | 1,83% |
JBSS3 | JBS ON | R$ 20,23 | 1,25% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 11,35 | 0,18% |
As ações da Vale (VALE3) operam em alta de 1,70%, a R$ 83,14, após o Itaú BBA elevar a recomendação de neutra para compra dos papéis.
Para os analistas do banco, a dinâmica do minério de ferro mais apertada deve seguir nos próximos meses, de acordo com os dados econômicos que apontam uma melhora na indústria siderúrgica chinesa. Hoje, a commodity metálica encerrou as negociações em leve alta de 0,44%, com a tonelada cotada a US$ 132,87
As petroleiras operam em forte queda no Ibovespa com a desvalorização do petróleo em 2,72% no mercado internacional, com a intensificação da cautela sobre os bancos e de olho nas decisões dos BCs sobre os juros na próxima semana.
Com exceção, a 3R Petroleum (RRRP3) sobe mais de 11%, com investidores repercutindo o balanço trimestral da companhia. Soma-se a isso, a confirmação de que a venda do Polo Potiguar da Petrobras (PETR4) para a 3R segue em negociação.
Confira as cotações do setor:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 30,54 | 12,28% |
PRIO3 | PRIO ON | R$ 31,56 | -0,44% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 22,98 | -1,20% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 25,85 | -1,52% |
A curva de juros futuros (DIs) operam em tom de estabilidade, com viés de queda, ancorada pelo alívio nos retornos (yields) dos títulos do Tesouro ameruicano (Treasuries). Contudo, a espera pelo novo arcabouço fiscal no cenário doméstico e a maior cautela sobre os bancos limitam o alívio.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,06% | 13,04% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,16% | 12,16% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,32% | 12,32% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,59% | 12,60% |
As construtoras operam em forte queda nesta sexta-feira, com investidores repercutindo os balanços trimestrais divulgados ontem (16).
Em destaque, a EzTec teve Ebitda — lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização — foi a R$ 25,233 milhões, queda de 49,8% na mesma base de comparação. Além disso, a empresa teve lucro líquido de R$ 31,511 milhões no quarto trimestre de 2022, resultado que foi 56,5% menor em comparação com o mesmo período de 2021.
O que mais afetou a lucratividade no balanço do quarto trimestre foi a provisão para pagamento de multas pelo atraso na obra do EZ Parque da Cidade, um residencial de luxo na zona sul da capital paulista. O empreendimento tinha a entrega prevista em novembro, com a carência de seis meses se estendendo até abril. Entretanto, a companhia terminará o projeto após o prazo de carência.
Confira a cotação das construtoras:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
EZTC3 | EzTec ON | R$ 13,73 | -7,91% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 3,96 | -5,76% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 15,13 | -5,02% |
MRVE3 | MRV ON | R$ 7,29 | -4,83% |
O Ibovespa cai 1,25%, aos 102.140 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 30,13 | 10,77% |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 5,07 | 6,96% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 7,03 | 5,08% |
MRFG3 | Marfrig ON | R$ 7,33 | 3,24% |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 1,10 | 1,85% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
EZTC3 | EZTEC ON | R$ 13,57 | -8,99% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 14,69 | -7,78% |
ENGI11 | Engie units | R$ 37,03 | -7,38% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 2,47 | -6,44% |
JHSF3 | JHSF ON | R$ 3,99 | -5,05% |
As bolsas americanas abriram em queda repercutindo o pedido de recuperação judicial do Grupo SVB, que aumentou a cautela sobre os bancos, em meio aos acontecimentos recentes.
Além disso, os mercados precificam uma alta na taxa de juros básicas dos EUA, de 25 pontos-base, na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), que acontece na quarta-feira (22). Vale lembrar que o BCE elevou os juros na zona do euro em 50 pontos-base, ontem, "ignorando" a crise do Credit Suisse.
Confira a abertura:
- Dow Jones: -0,32%;
- S&P 500: -0,19%;
- Nasdaq: -0,17%
O temor de que a Petrobras (PETR4) pudesse "rasgar o contrato" da venda do Polo Potiguar para a 3R Petroleum (RRRP3) não deve se concretizar. Isso porque a estatal ratificou a continuidade do processo após a decisão de suspender todas as transações por 90 dias.
A paralisação da venda do Polo Potiguar em particular preocupou o mercado porque o negócio já estava nas fases finais. A 3R assinou o contrato de compra do Polo Potiguar há um ano, por US$ 1,38 bilhão, e inclusive já fez parte do pagamento pelo ativo.
A retomada do processo impulsiona as ações da 3R no pregão desta sexta-feira na B3. Por volta das 10h25, os papéis RRRP3 disparavam 12,32%. Leia também nossa cobertura completa de mercados.
A ameaça de que o negócio no Polo Potiguar fosse cancelado castigou os papéis da companhia, que acumulam perda de 9,30% nos últimos 30 dias mesmo com a alta de hoje.
O Ibovespa intensificou a queda a 1,25%, aos 102.143 pontos. O tom negativo deve-se a maior cautela dos mercados internacionais sobre bancos, com o pedido de recuperação judicial do grupo controlador do Silicon Valley Bank (SVB).
Soma-se a isso, o forte recuo do petróleo e queda em bloco das construtoras no Ibovespa, repercutindo balanços trimestrais.
Os ativos da 3R Petroleum (RRRP3) e da EcoRodovias (ECOR3) segue com as negociações suspensas no Ibovespa, após alta de 12,32% e 8,-2%, respectivamente, na abertura dos negócios.
Os investidores repercutem os resultados das companhias reportados ontem (16) depois do fechamento dos mercados.
A 3R Petroleum (RRRP3) informou que a produção média diária consolidada dos oito polos que opera somou 28.203 boe em fevereiro de 2023, ante 31.063 em janeiro. Já o montante referente aos campos exclusivos da 3R atingiu média diária de 21.499 boe, queda de 6,94% na comparação com o mês imediatamente anterior.
Além disso, a Petrobras (PETR4) retomou a venda do Polo Potiguar à 3R Petroleum.
Por fim, a EcoRodovias (ECOR3) reportou lucro líquido recorrente de R$ 194,5 milhões no quarto trimestre, alta de 180,6% em relação a igual intervalo de 2021. O Ebitda foi de R$ 719,2 milhões, alta de 36,8%.
*Com informações de Broadcast
O Ibovespa abriu em queda de 0,92%, aos 102.484 pontos e acompanha a continuidade da cautela dos mercados internacionais de olho nos bancos.
Mais cedo, o grupo controladora do Silicon Valley Bank (SVB) entrou com um pedido de recuperação judicial em Nova York. Com isso, os futuros americanos e o petróleo, que ensaiam recuperação das perdas recentes, voltaram ao tom negativo.
Na agenda doméstica, mais esvaziada, os investidores tendem a repercutir os balanços trimestrais divulgados ontem (16) depois do fechamento dos mercados. Entre os destaques estão CPFL Energia, Cyrela, Fleury, EzTec. A Oi também voltou à recuperação judicial e a Petrobras retomou a venda do polo Potiguar pra 3R Petroleum.
O pedido de recuperação judicial do controlador do Silicon Valley Bank (SVB) injetou mais cautela nos mercados, que ensaiam alta nesta manhã.
Os futuros de NY operam em queda:
- S&P futuro: -0,66%;
- Dow Jones futuro: -0,75%;
- Nasdaq futuro: -0,24%.
O petróleo também zerou os ganhos e cai 2,05%, com o barril a US$ 73,28
O SVB Financial Group, empresa controladora do Silicon Valley Bank (SVB), entrou com pedido de recuperação judicial ("Chapter 11") em Nova York.
A companhia informou, na semana passada em meio a corrida bancária, que tem cerca de US$ 2,2 bilhões em liquidez e avalia suas alternativas estratégicas para a SVB Capital, a SVB Securities e outras ativos e investimentos da empresa, os quais já estão "atraindo interesse significativo".
*Com informações de Broadcast e Estadão Conteúdo
FINALMENTE, UM ALÍVIO
Lá fora, os mercados asiáticos se recuperaram nesta sexta-feira depois que o First Republic Bank foi resgatado por um grupo de grandes credores dos EUA, o que aliviou as preocupações sobre a atual turbulência bancária — o banco deve receber US$ 30 bilhões de um grupo dos maiores bancos da América, incluindo JPMorgan, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup.
Como não podia deixar de ser, a notícia acalmou investidores em pânico, preocupados com uma crise bancária após o colapso de dois bancos americanos e a turbulência no Credit Suisse.
Os mercados europeus e os futuros americanos começam o dia em alta, após o BCE aumentar o juro em 50 pontos-base — a inflação da Zona do Euro veio em linha com as expectativas nesta manhã, o que ajuda o ambiente econômico e o sentimento dos investidores (o apoio do BC suíço ao Credit Suisse também ajudou muito).
No Brasil, acompanhamos as discussões internacionais, enquanto aguardamos novidades sobre a nova regra fiscal. Alguns dados econômicos nos chamaram a atenção, como o IBC-Br de janeiro e taxa de desemprego da Pnad Contínua do trimestre até janeiro.
A ver…
00:55 — Será que vai agradar?
Por aqui, Fernando Haddad finalmente apresentará o novo arcabouço fiscal para Lula. A intenção é que a proposta, depois da aprovação do presidente, seja divulgada formalmente antes da reunião do Copom, na quarta-feira que vem.
Com isso, o BC teria já alguns motivos para começar um discurso flexibilizando a política monetária, podendo reduzir a taxa de juro já em maio, ainda que marginalmente — como argumento, a autoridade monetária ainda poderá se valer do risco da crise de crédito, no Brasil e no mundo, bem como a desaceleração da economia doméstica já no último trimestre de 2022.
Com o fortalecimento da credibilidade das políticas fiscal e monetária, gozando de harmonia entre elas, inclusive, podemos ganhar espaço para juros mais baixos já em 2023 e 2024, podendo até revisitar a regra de inflação no curto prazo, desde que de maneira técnica e diligente.
Com o movimento, teríamos espaço para a criação de um ciclo virtuoso para os ativos domésticos, como foi a última janela entre 2016 e o início de 2020, até o início da pandemia. O desafio, porém, é político, uma vez que conhecemos a natureza do governo.
01:51 — Respirando, pelo menos por enquanto
Nos EUA, as ações tiveram uma excelente quinta-feira. As notícias sobre bancos têm estado no centro das atenções, começando com o Silicon Valley Bank (SVB) na semana passada e, mais recentemente, com o nervosismo sobre o Credit Suisse, provocando grandes ajustes nos preços.
As ações do First Republic Bank estão sob pressão em meio a temores de que a empresa, que se concentra em private banking e gestão de patrimônio, vá à falência. No entanto, o banco anunciou ontem que receberia US$ 30 bilhões em depósitos não segurados de um consórcio de 11 bancos.
Ao mesmo tempo, as ações do Credit Suisse subiram depois que foi anunciado que obteria apoio financeiro do banco central suíço. Uma questão-chave, porém, é se as preocupações bancárias estão se acalmando ou se quinta-feira foi apenas uma pausa na tempestade antes que mais notícias ruins surjam.
Entendo que, embora seja muito cedo para avaliar o impacto total dos choques recentes, os efeitos macro serão limitados. Para tentar o humor, resta acompanhar hoje o índice de sentimento do consumidor americano, bem como os dados da produção industrial.
02:45 — Mais 50 pontos
Na Europa, o BCE elevou as taxas de juros em 50 pontos-base, para 3,5% ao ano, e sinalizou que seus próximos passos dependem dos dados, como está acontecendo nos EUA também (aliás, em qualquer banco central bem administrado, a política monetária sempre depende dos dados, mas isso não vem ao caso). Este aumento da taxa do BCE é uma boa notícia no contexto de taxas de inflação persistentemente altas.
Ao mesmo tempo, a autoridade reafirmou sua intenção de intervir com medidas de liquidez se a estabilidade do mercado financeiro estiver ameaçada. O BCE está tentando traçar linhas claras entre sua luta contra a inflação e seu trabalho de manter a estabilidade financeira. Este é um tema que outros bancos centrais provavelmente também debaterão. Resta saber o tom do Fed na semana que vem.
03:25 — A resiliência da inflação
Ainda não temos sinais claros de que a inflação nos Estados Unidos esteja desacelerando, principalmente se considerarmos que o índice de preços ao consumidor subiu em fevereiro. Sim, não podemos dizer que a inflação esteja fora de controle, mas a teimosia dos índices de inflação incomoda os agentes econômicos e as autoridades monetárias, não só nos EUA, mas no mundo inteiro. Essa é a razão técnica para a continuidade do aperto monetário das economias centrais.
Não resta outra opção para o Fed, a não ser continuar seu aperto monetária na reunião da semana que vem, devendo elevar a taxa de juros em 25 pontos. Caso ele opte por não fazê-lo, diferente da atitude corajosa do BCE, poderíamos assistir a uma desancoragem das expectativas de inflação e aumento da volatilidade nos mercados financeiros. De 2020 para cá, vimos alguns erros de condução da política monetária, algo que não pode se repetir em um momento tão delicado como o atual.
04:12 — Regras mais rígidas
Um grupo de democratas liderado pela senadora americana Elizabeth Warren propôs um projeto de lei para restaurar as regulamentações bancárias que foram desfeitas pelo ex-presidente Donald Trump. O projeto de lei proposto visa revogar uma lei aprovada de forma bipartidária em 2018 que relaxou as regulamentações Dodd-Frank em bancos de médio porte, aumentando o limite "too big to fail" (grande demais para quebrar) para US$ 250 bilhões em ativos (o valor antes era de US$ 50 bilhões). O projeto reverteria o limite referente aos requisitos de capital aprimorados.
Não apenas os parlamentares, mas o Fed também parece estar repensando várias de suas regras sobre bancos de médio porte após o colapso do SVB e do Signature Bank. Uma série de requisitos mais rígidos de capital e liquidez estão sendo revisados, bem como medidas para reforçar os "testes de estresse" anuais que avaliam a capacidade dos bancos de enfrentar uma recessão hipotética.
Provavelmente, portanto, veremos um endurecimento sobre a regulamentação dos bancos nos próximos anos. Até a China entrou na discussão, criando um órgão regulador financeiro dirigido pelo Partido Comunista (quer dar ao partido supervisão direta sobre os assuntos financeiros).
A curva de juros futuros (DIs) opera em viés de alta, mas próximo da estabilidade. Os investidores aguardam sinalizações sobre a nova regra fiscal, que ainda deve ser apresentada pelo governo.
Confira a abertura dos DIs:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,07% | 13,04% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,22% | 12,16% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,38% | 12,32% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,65% | 12,60% |
A semana dos investidores em criptomoedas não poderia ter sido melhor. O bitcoin (BTC) teve uma valorização de 35,69% e atingiu as máximas do ano. O patamar de US$ 26.900 não era visto desde meados de 2022, o que injeta um novo ânimo no mercado.
Isso porque a maior criptomoeda do planeta conseguiu se beneficiar de dois cenários diferentes ao longo dos últimos dias.
A crise bancária que começou com a falência do Silicon Valley Bank (SVB) impulsionou o BTC no começo da semana — você pode conferir mais detalhes do que rolou esta semana no final da matéria.
Após isso, a injeção de dinheiro nos bancos impulsionou as bolsas internacionais — e o bitcoin também conseguiu surfar essa onda. Foi a ajuda de US$ 30 bilhões ao First Republic Bank anunciada ontem (16) que fez o bitcoin renovar as máximas de 2023.
O dólar à vista inverteu o sinal há pouco e opera em tom negativo, a R$ 5,2364.
O dólar à vista abriu a R$ 5,2474, em leve alta de 0,15%.
O Ibovespa futuro abriu em leve queda de 0,15%, aos 104.215 pontos, acompanhando a volatilidade do exterior.
Os investidores locais aguardam a divulgação do novo arcabouço fiscal. O presidente Lula se reúne hoje com ministros para discutir a proposta antes de o texto ser encaminhado ao Congresso Nacional.
Soma-se a isso, a expectativa sobre a decisão do Banco Central do Brasil na próxima semana, com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado ainda não projeta um corte na taxa de juros, mas aguarda sinalizações da autoridade monetária, de olho na postura dos bancos centrais da Europa (BCE) e dos EUA (Fed).
No exterior, o alívio na pressão sobre os bancos impulsionam uma leve recuperação das commodities e dos mercados internacionais.
Com certo alívio nos mercados globais, depois que o First Republic Bank, banco regional dos EUA, recebeu ajuda de 11 bancos para não ir à falência com a queda do Silicon Valley Bank (SVB).
Com a melhora do humor, o minério de ferro, negociado em Dalian, na China, registra alta de 0,44%, com a tonelada a US$ 132,87.
O petróleo tipo Brent sobe 0,37%, a US$ 74,99 o barril.
Com a agenda corporativa mais esvaziada, apenas três companhias divulgam os resultados do quarto trimestre nesta sexta-feira (17), depois do fechamento dos mercados:
- Grazziotin
- M Dias Branco
- Paranapanema
HORÁRIO | PAÍS/REGIÃO | EVENTO |
7h | Zona do Euro | CPI e núcleo do CPI em fevereiro |
9h | Brasil | IBC-Br |
9h | Brasil | Taxa de desemprego |
10h15 | EUA | Produção industrial em fevereiro |
O Ibovespa encerrou o pregão do dia anterior em alta de 0,74%, a 103.434 pontos. O dólar à vista fechou em queda de 1,03%, a R$ 5,2398.
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis de Usiminas (USIM5).
USIM5: [Entrada] R$ 7.06; [Alvo parcial] R$ 7.28; [Alvo] R$ 7.63; [Stop] R$ 6.68
Recomendo a entrada na operação em R$ 7.06, um alvo parcial em R$ 7.28 e o alvo principal em R$ 7.63, objetivando ganhos de 8.1%.
O stop deve ser colocado em R$ 6.68 evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
Os índices futuros de Wall Street estendem os ganhos do dia anterior.
As bolsas por lá fecharam em alta de mais de 1% ontem após a ajuda de US$ 30 bilhões ao First Republic Bank. Nesta sexta-feira, os investidores mantém o viés positivo.
Confira:
- Dow Jones Futuro: +0,02%
- S&P 500 Futuro: +0,08%
- Nasdaq Futuro: +0,07%
Os índices europeus amanheceram em alta nesta sexta-feira (17).
A ajuda ao First Republic Bank anunciada ontem por um grupo de 11 bancos auxiliou no viés positivo das bolsas por lá.
Confira:
- Frankfurt: +0,38%
- Paris: -0,03%
- Londres: +0,61%
- Euro Stoxx 50: +0,42%
As bolsas da Ásia fecharam o pregão desta sexta-feira em alta.
Um grupo de grandes investidores dos Estados Unidos ofereceu ajuda financeira ao First Republic Bank. Entre os membros, estão nomes como JP Morgan, Bank of Amerina e Wells Fargo.
O First Republic Bank vinha enfrentando dificuldades após a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e o grupo resolveu ajudar com um auxílio de US$ 30 bilhões.
Assim, as bolsas da Ásia conseguiram aproveitar o momento para subir. Confira:
- Xangai: +0,73%
- Nikkei: +1,20%
- Hang Seng: +1,64%
O grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon pretendia levantar o equivalente a cerca de R$ 3 bilhões com a venda de uma fatia na rede de atacarejo Assaí (ASAI3).
No entanto, a demanda pela oferta secundária de ações foi tamanha que o Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil, levantou mais de R$ 4 bilhões na operação.
O Casino emplacou a venda de 254 milhões de ações a R$ 16 cada. Trata-se de um desconto de apenas 1,5% em relação ao fechamento de ASAI3 ontem.
No início da semana, o Casino manifestou a intenção de desfazer-se de pelo menos 174 milhões de ações. Se houvesse demanda, a operação poderia chegar a 254 milhões de ações.
Queridinho dos investidores quando os juros estão altos e a bolsa vai mal, o mercado de renda fixa passou por um susto neste início de ano: as debêntures, títulos de dívida emitidos por empresas, sofreram fortes desvalorizações com a divulgação de um rombo bilionário na Americanas e as notícias de dificuldades financeiras de uma série de outras empresas abertas, como Light, Marisa, CVC, Oi, Gol e Azul.
Como essas companhias têm debêntures negociadas no mercado brasileiro, as más notícias impactaram negativamente os preços dos papéis e fizeram suas taxas de juros dispararem à medida que investidores correram para se desfazer de seus títulos, diante de uma percepção de risco de crédito aumentado.
O movimento se alastrou por todo o mercado de debêntures, afetando de forma generalizada os títulos negociados, num contágio oriundo daquele pânico momentâneo. Dessa maneira, vimos uma reprecificação geral nesse segmento, piora na captação dos fundos de crédito privado e redução nas emissões de debêntures.
Diante da Selic elevada por tempo prolongado, o aperto monetário nos países desenvolvidos, as notícias de dificuldades financeiras numa série de empresas por causa do custo do crédito e, mais recentemente, da crise bancária nos Estados Unidos, cabe questionar se estamos, afinal, diante de uma crise de crédito no Brasil, ou se, na verdade, abriram-se oportunidades de investimento em bons títulos de crédito privado.
A Oi (OIBR3) está oficialmente em recuperação judicial. De novo.
A empresa informou na madrugada desta sexta-feira (17) que seu mais recente pedido de proteção contra os credores foi acatado ontem à noite pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A notícia vem à tona apenas três meses depois de a Oi (OIBR3) ter encerrado sua primeira recuperação judicial.
A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro nomeou a Wald Administração de Falências e a K2 Consultoria Econômica como administradoras judiciais do processo.