A Oi (OIBR3) está oficialmente em recuperação judicial. De novo.
A empresa informou na madrugada desta sexta-feira (17) que seu mais recente pedido de proteção contra os credores foi acatado ontem à noite pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
A notícia vem à tona apenas três meses depois de a Oi (OIBR3) ter encerrado sua primeira recuperação judicial.
A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro nomeou a Wald Administração de Falências e a K2 Consultoria Econômica como administradoras judiciais do processo.
A Oi agora tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial. Aqui você confere a íntegra da decisão.
No comunicado, a Oi informou ainda que a divulgação de seu balanço referente ao quarto trimestre de 2022 foi adiada de 23 de março para 26 de abril.
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Como a Oi voltou à recuperação judicial
No início de fevereiro, a justiça fluminense aceitou um pedido feito pela empresa de telefonia para proteger-se de seus credores.
Concedida em caráter liminar, a proteção tinha validade de 30 dias. No início de março, a Oi formalizou o pedido de recuperação judicial.
Os argumentos apresentados na formalização do pedido de recuperação judicial eram parecidos com os da requisição de tutela cautelar.
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A Oi afirma estar em busca de sustentabilidade de longo prazo e informa que as negociações com os credores seguem em andamento.
Também qualifica a nova recuperação judicial como um passo crítico na direção da reestruturação de sua dívida e assegura que suas atividades serão mantidas normalmente.
De acordo com a empresa, já há um acordo com os credores em relação aos "principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo".
Agora acatado pela justiça, o pedido será submetido à ratificação dos acionistas em assembleia geral.
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Como a Oi (OIBR3) voltou para a recuperação judicial
A Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016. Complexo, o processo arrastou-se por seis anos e bateu alguns recordes.
Em meados de dezembro de 2022, quando a recuperação judicial foi formalmente encerrada, um novo horizonte parecia se abrir para companhia de telecomunicações.
Entretanto, um mês e meio depois, a Oi apresentou o pedido de tutela cautelar para proteger-se dos credores.
Não significava necessariamente que a empresa retornaria à recuperação judicial. Mas foi justamente esse temor que ganhou força nas semanas seguintes. Especialmente depois de a Oi ter pedido proteção também contra seus credores nos Estados Unidos.
Com R$ 35 bilhões em dívidas, aventa-se ainda o risco de a empresa ser colocada sob intervenção direta da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).