Gestora do DEVA11, fundo imobiliário vítima de calotes da Gramado Parks, diz que acionará Justiça contra emissora de CRIs inadimplentes
A Devant Asset pediu mais informações sobre os títulos inadimplentes à Fortesec, mas diz que suas tentativas extrajudiciais de contato não foram bem sucedidas

Em um ano que já ficou marcado pelo surgimento de diversos casos de recuperações judiciais e calotes, um dos que mais chamou a atenção dos investidores é o de um grupo de fundos imobiliários que tem laços com uma das fontes da inadimplência em seus portfólios.
Mas um desses laços pode estar enfraquecido e prestes a tornar-se alvo de uma batalha judicial, conforme indica o novo relatório gerencial do FII Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11).
No documento divulgado ontem (20), a Devant, gestora do fundo, informa aos cotistas que enfrenta problemas de comunicação e transparência com a Forte Securitizadora, emissora de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs) que estão no portfólio.
Entre esses títulos estão os lastreados em empreendimentos da Gramado Parks, grupo de turismo, hotelaria e multipropriedades. A companhia deixou de fazer os pagamentos de juros e amortizações dos títulos em março deste ano e três das holdings do grupo entraram em recuperação judicial no mês seguinte.
A Devant afirma que trabalha desde março para tentar sanar os problemas junto à Fortesec, requisitando mais informações e também por meio da concessão de waivers para os ativos, “desde que devidamente justificados”.
“Contudo, fato é que temos encontrado bastante dificuldade nesse processo, não nos tendo sido oferecidas informações minimamente adequadas e transparentes.”
Leia Também
No ano, as cotas do DEVA11 acumulam queda de mais de 50% na B3. O fundo conta com mais de 133 mil cotistas.
- Renda fixa “imune” à queda dos juros? Esses títulos premium estão pagando IPCA + 10% e gerando mais de 2% ao mês; acesse
Gestora do DEVA11 acionará Justiça contra emissora de CRIs inadimplentes
O relatório cita ainda que, sem sucesso nas tentativas de contato, os sócios da Devant utilizaram recursos próprios para contratar assessores jurídicos. O objetivo era solucionar a situação que, de acordo com a gestão, “tem trazido preocupações ao fundo”.
A Devant afirma que enviou diversas notificações extrajudiciais à Fortesec no início de agosto, que compreenderam, principalmente, a solicitação de esclarecimentos sobre os processos relacionados às operações de Gramado Parks, Resort do Lago e Búzios, outros dois CRIs inadimplentes.
Até o momento, entretanto, a gestora diz não ter recebido uma resposta formal sobre nenhuma das notificações. Por isso, decidiu mudar a abordagem e prometeu acionar a Justiça: “Gostaríamos de compartilhar com os investidores do DEVA11 que o passo seguinte será a adoção das medidas judiciais cabíveis, cujos preparativos já estão em curso.”
Procurada pelo Seu Dinheiro, a Fortesec disse que mantém um canal de comunicação permanentemente aberto com todos os seus parceiros de negócios. Segue abaixo o posicionamento enviado em nota:
"Por isso, a notificação extrajudicial da Devant nos causa muita surpresa e estranheza, já que a gestora conhece os ativos há anos. De toda forma, importante destacar que os questionamentos apontados em seu Relatório Gerencial foram respondidos.
Vale reforçar ainda que a Devant, como gestora, é responsável pelos investimentos feitos, é remunerada para tanto, e é seu papel estar atenta a todas as informações importantes para as suas tomadas de decisão. Aos invés de culpar terceiros pelas decisões tomadas, deveriam estar trabalhando pela resolução das operações, assim como vem fazendo a Fortesec e outros investidores".
A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio, ela pegou meu dinheiro e ‘me deixou'
Empresa e gestora fazem parte do mesmo grupo econômico
Vale destacar que a Devant e a Forte Securitizadora estão inseridas dentro de um mesmo grupo econômico.
Ambas fazem parte do portfólio RTSC, uma holding que investe em diversas empresas financeiras — incluindo gestoras de outros FIIs afetados pela inadimplência da Gramado Parks, como a Hectare e RCAP Asset.
Além disso, a própria empresa inadimplente também é ligada ao grupo por meio do FII Serra Verde (SRVD11), que é seu acionista e é gerido pela RCAP.
A base de investidores do SRVD11 inclui outros dois fundos imobiliários geridos por empresas da RTSC, o Hectare CE (HCTR11) e o Tordesilhas EI (TORD11).
Sequóia III Renda Imobiliária (SEQR11) consegue inquilino para imóvel vago há mais de um ano, mas cotas caem
O galpão presente no portfólio do FII está localizado na Penha, no Rio de Janeiro, e foi construído sob medida para a operação da Atento, empresa de atendimento ao cliente
Bolsa brasileira pode saltar 30% até o fim de 2025, mas sem rali de fim de ano, afirma André Lion. Essas são as 5 ações favoritas da Ibiuna para investir agora
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o sócio da Ibiuna abriu quais são as grandes apostas da gestora para o segundo semestre e revelou o que poderia atrapalhar a boa toada da bolsa
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
A terça-feira (19) foi marcada por fortes perdas na bolsa brasileira diante do aumento das tensões entre Estados Unidos e o Brasil
As cinco ações do Itaú BBA para lucrar: de Sabesp (SBSP3) a Eletrobras (ELET3), confira as escolhidas após a temporada de resultados
Banco destaca empresas que superaram as expectativas no segundo trimestre em meio a um cenário desafiador para o Ibovespa
Dólar abaixo de R$ 5? Como a vitória de Trump na guerra comercial pode ser positiva para o Brasil
Guilherme Abbud, CEO e CIO da Persevera Asset, fala sobre os motivos para ter otimismo com os ativos de risco no Touros e Ursos desta semana
Exclusivo: A nova aposta da Kinea para os próximos 100 anos — e como investir como a gestora
A Kinea Investimentos acaba de revelar sua nova aposta para o próximo século: o urânio e a energia nuclear. Entenda a tese de investimento
Entra Cury (CURY3), sai São Martinho (SMTO3): bolsa divulga segunda prévia do Ibovespa
Na segunda prévia, a Cury fez sua estreia com 0,210% de peso para o período de setembro a dezembro de 2025, enquanto a São Martinho se despede do índice
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho