PP de Arthur Lira abraça candidatura de Bolsonaro e oficializa apoio à reeleição do atual presidente
Os mais importantes fiadores do governo junto à classe política são filiados à sigla, como os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações). O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), também é do PP.
Em convenção realizada nesta quarta-feira (27) o PP oficializou o apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição, lançada no último domingo no Rio de Janeiro. A votação foi simbólica.
Eleito em 2018 com discurso avesso ao Centrão, Bolsonaro abraçou partidos fisiológicos como o PP para conseguir se manter no cargo.
Os mais importantes fiadores do governo junto à classe política são filiados à sigla, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações). O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PR), também é do PP.
E fora o Bolsonaro, que o PP apoia?
Apesar de ter formalizado a coligação com o PL a nível nacional, o PP liberou seus diretórios estaduais para apoiar outros candidatos ao Palácio do Planalto.
No Mato Grosso, por exemplo, o deputado Neri Geller (PP), que deve se candidatar ao Senado, fechou acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro na eleição.
Considerado um partido pragmático, o PP apoiou em 2018 a candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin, então no PSDB.
Nesta sexta-feira (29), Alckmin será oficializado pelo PSB como vice de Lula na corrida pelo Palácio do Planalto.
Bolsonaro e o Centrão
Em agosto de 2020, após Bolsonaro ter tentado governar sem fazer alianças com os partidos no Congresso, Barros assumiu a liderança do governo na Câmara.
Depois, em fevereiro de 2021, Lira derrotou o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e foi eleito para a presidência da Casa com apoio do Palácio do Planalto.
Em julho do mesmo ano, Nogueira assumiu a Casa Civil, chamada por Bolsonaro de "alma do governo".
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Na ocasião, o presidente rebateu as críticas à sua aliança com os partidos que criticava na campanha eleitoral de 2018 e declarou: "Eu sou do Centrão."
Como parte do governo e no comando da Câmara, o PP acumulou poder nos últimos anos. E é nisso que o partido aposta para crescer, mesmo que Bolsonaro perca a disputa pela Presidência.
"Nós temos o presidente da Câmara, Arthur Lira, temos o ministério mais importante do governo federal, com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Nós crescemos muito e nos tornamos a segunda maior força política do País. E queremos manter essa performance na estratégia que montamos para a eleição", afirmou o presidente nacional em exercício da legenda, deputado Claudio Cajado (BA).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão
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