Quem será o “anti-Lula”? Os 5 nomes que devem liderar a oposição ao governo do presidente eleito
Olhando para o lado que foi derrotado, quem pode se tornar uma possível alternativa a Lula e ao PT daqui a quatro anos? Confira os nomes que saíram fortalecidos das urnas neste domingo

De Guilherme Boulos a Fernando Henrique Cardoso, a campanha vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República construiu um amplo arco de alianças da esquerda à centro-direita.
Isso significa que vários dos nomes que declararam apoio — seja por afinidade com o petista ou rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) — devem permitir uma "lua de mel" ao governo que toma posse no dia 1º de janeiro.
Alguns dos políticos de fora do PT inclusive são cotados a fazer parte do novo governo. São os casos, por exemplo, da senadora Simone Tebet e da ex-ministra e deputada eleita Marina Silva.
- LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui
Lula não terá vida fácil
Mas é claro que Lula não terá vida fácil depois que se sentar novamente na cadeira de presidente. Primeiro, porque a composição do novo Congresso fortaleceu a base de Jair Bolsonaro. E a futura oposição promete ser tão implacável como foi o próprio PT no passado.
Olhando para o lado que foi derrotado, quem pode se tornar uma possível alternativa a Lula e ao PT daqui a quatro anos? É claro que ainda é muito cedo para fazer qualquer prognóstico, mas os nomes que saíram fortalecidos das urnas sempre surgem como potenciais presidenciáveis no futuro.
Saiba a seguir quem são os cinco nomes que devem liderar a oposição ao novo governo e que podem se tornar o "anti-Lula" nas próximas eleições presidenciais:
Leia Também
Lula defende redução da jornada 6x1 em discurso do Dia do Trabalhador
1 - Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente a não conseguir a reeleição na história da nossa República, e já indicou que vai relutar o quanto puder para entregar a faixa presidencial a Lula.
Seja como for, a derrota nas eleições deste domingo não significa nem de longe o fim da linha para o atual presidente. Com um capital político de 58 milhões de votos, Bolsonaro segue como um nome forte e talvez seja único político, fora o próprio Lula, a conseguir mobilizar a população.
A propósito, Bolsonaro terá 71 anos em 2026 e, portanto, estará em plenas condições de disputar uma nova eleição presidencial se estiver bem de saúde.
Mas caso queira voltar ao poder, o primeiro desafio do presidente será manter os apoiadores unidos, a começar pela grande base que elegeu no Congresso.
Resta saber também o futuro do presidente após perder o foro privilegiado. Há quem aposte que ele terá problemas com a Justiça. Mas o exemplo recente de Lula mostra que nem mesmo uma eventual prisão de Bolsonaro deve representar o fim do bolsonarismo.
2 - Romeu Zema
Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) surge como uma das principais lideranças da direita após as eleições. Após o primeiro turno, ele fez campanha por Bolsonaro e por pouco não conseguiu virar o placar da votação no Estado.
Dependendo de como se sair no segundo mandato e da rejeição à futura gestão Lula, o governador pode alçar voos maiores. Mas Zema conta com pelo menos dois obstáculos nessa trajetória.
O primeiro é o Partido Novo, que encolheu em relação às eleições anteriores. Sem uma base partidária forte, dificilmente Zema conseguirá uma plataforma nacional para viabilizar uma eventual candidatura.
O segundo problema para Zema nos próximos quatro anos é se manter como uma figura de oposição sem prejudicar a gestão à frente do governo de Minas Gerais. Afinal, uma boa relação com o governo federal costuma ser fundamental para que os recursos continuem a fluir para o Estado.
3 - Sergio Moro
Uma das imagens mais surpreendentes do segundo turno das eleições presidenciais foi a de Sergio Moro ao lado de Jair Bolsonaro nos debates contra Lula.
Como se sabe, o ex-juiz foi para o governo com status de superministro, mas deixou o cargo atirando, ao acusar o presidente de interferência na Polícia Federal.
- LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui
Moro assumiu de vez a carreira política ao vencer a disputa pelo Senado no Paraná. Para isso, voltou a colar no bolsonarismo e apostou na rejeição ao PT.
Agora como senador, Moro surge como um dos "herdeiros" do presidente e um antagonista natural de Lula. Ou seja, dependendo de como se sair no mandato, tem condições de se colocar como uma alternativa na direita. Nesse sentido, ele inclusive já marcou posição:
Assim como Zema, porém, o ex-juiz deve esbarrar em pelo menos dois problemas. Ele precisará resolver a relação conturbada com o União Brasil, partido para o qual migrou na véspera da eleição e que lhe custou a chapa na disputa para a Presidência neste ano.
Moro também deve ter dificuldades em se apresentar como sucessor do atual presidente. A menos que o receba as bênçãos do próprio Bolsonaro, o que é no mínimo improvável.
4 - Tarcísio de Freitas
O governador eleito de São Paulo sempre surge como um candidato natural à Presidência da República, e não seria diferente com Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O ex-ministro de Jair Bolsonaro construiu uma carreira improvável na política. Depois de atuar como técnico no governo de Dilma Rousseff, assumiu o comando da infraestrutura e venceu as primeiras eleições que disputou graças ao apoio do presidente.
Agora como governador, Tarcísio terá primeiro de mostrar serviço e mostrar que tem vida política própria sem o padrinho. Mesmo assim, dificilmente terá espaço no plano federal se Bolsonaro se mantiver ativo na disputa.
5 - Eduardo Leite
A reeleição de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul foi praticamente o que restou ao PSDB nestas eleições. A vitória foi como o ressurgimento de uma fênix — ou melhor, de um tucano.
Leite originalmente tinha planos de se candidatar à Presidência, mas perdeu as prévias do partido para o então governador de São Paulo, João Doria. E por pouco não ficou de fora do segundo turno da disputa no Rio Grande do Sul.
No segundo turno, virou o jogo contra Onyx Lorenzoni, o candidato de Bolsonaro. Aliás, um dos momentos mais emblemáticos desta campanha foi o vídeo do debate em que Lorenzoni não responde a uma pergunta do tucano sobre o plano fiscal para o Estado (assista abaixo).
Leite apoiou a primeira eleição de Bolsonaro em 2018, mas neste ano ficou neutro na disputa, mesmo depois de receber o "apoio crítico" do PT. Portanto, o governador deve se manter na oposição e pode angariar a preferência de quem votou 22 nas eleições deste domingo.
- LULA X MERCADO FINANCEIRO: Siga nossa newsletter e acompanhe os impactos no novo governo na bolsa e na renda fixa pelos próximos 4 anos. Acesse aqui
Tudo isso, claro, se Bolsonaro eventualmente estiver fora da disputa e o PSDB conseguir se reerguer a ponto de viabilizar uma candidatura à Presidência.
Lula é reprovado por 59% e aprovado por 37% dos paulistas, aponta pesquisa Futura Inteligência
A condição econômica do país é vista como péssima para a maioria dos eleitores de São Paulo (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate à alta dos preços e a criação de empregos
A resposta de Lula a Donald Trump: o Brasil não é um parceiro de segunda classe
O presidente brasileiro finalmente sancionou, sem vetos, a lei de reciprocidade para lidar melhor com casos como o tarifaço dos EUA
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil — mas há chance de transformar Trump em cabo eleitoral improvável de Lula?
Impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia pode reduzir pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante no Brasil (se não acabar em recessão)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir
Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Lula reclama e Milei “canta Queen”: as reações de Brasil e Argentina às tarifas de Trump
Os dois países foram alvo da alíquota mínima de 10% para as exportações aos EUA, mas as reações dos presidentes foram completamente diferentes; veja o que cada um deles disse
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
A resposta de Lula às tarifas de Trump: Brasil pode pegar pesado e recorrer à OMC
O governo brasileiro estuda todas as opções para se defender das medidas do governo norte-americano e, embora prefira o diálogo, não descarta acionar os EUA na Organização Mundial do Comércio
Genial/Quaest: Aprovação do governo Lula atinge pior nível desde janeiro de 2023 e cai inclusive no Nordeste e entre mulheres
As novas medidas anunciadas e o esforço de comunicação parecem não estar gerando os efeitos positivos esperados pelo governo
O Brasil pode ser atingido pelas tarifas de Trump? Veja os riscos que o País corre após o Dia da Libertação dos EUA
O presidente norte-americano deve anunciar nesta quarta-feira (2) as taxas contra parceiros comerciais; entenda os riscos que o Brasil corre com o tarifaço do republicano
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Nova faixa do Minha Casa Minha Vida deve impulsionar construtoras no curto prazo — mas duas ações vão brilhar mais com o programa, diz Itaú BBA
Apesar da faixa 4 trazer benefícios para as construtoras no curto prazo, o Itaú BBA também vê incertezas no horizonte
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Lula firma acordos com Japão, mas frustração do mercado ajuda a derrubar as ações dos frigoríficos na bolsa
Em rara visita de Estado ao Japão, o presidente brasileiro e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, firmaram nesta quarta-feira (26) dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora
Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros