Fim da linha para a Westwing (WEST3)? JP Morgan retira recomendação de compra para as ações — entenda por quê
O banco, que foi um dos coordenadores da oferta de ações da empresa em fevereiro de 2021, revisou para baixo as suas avaliações, diante da fraqueza do segmento
A Westwing (WEST3) está se tornando uma figurinha carimbada entre as influenciadoras digitais ligadas à moda e decoração. Não é difícil abrir um story no Instagram e dar de cara com uma publi, com direito até a cupom, ou ver a marca patrocinando casamentos milionários.
Essa tentativa de popularização não é sem motivo. E acontece em um momento no qual o mercado de produtos para casa e decoração está — como muitos outros da economia — enfrentando um cenário bem complicado, com inflação e juros altos.
Basta lembrar da Etna, uma empresa pertencente à família Kauffman — donos também da rede de joalherias Vivara —, e que, em março, anunciou o fim das atividades depois de 17 anos atuando no segmento.
Westwing (WEST3): a artilharia pesada vai funcionar?
Ainda que a Westwing esteja usando as armas que tem para driblar a crise, o JP Morgan não acredita que o setor terá uma recuperação tão rápida quanto assistir a um story.
O banco rebaixou a recomendação para as ações WEST3, de compra para neutra. Os analistas do JP Morgan enxergam um valor justo para a ação na faixa de R$ 1,90 a R$ 4,50.
Vale lembrar que o JP Morgan foi um dos coordenadores da oferta de ações (IPO) da Wetwing em fevereiro de 2021; os papéis chegaram ao mercado com o preço de R$ 13,00.
Nesta segunda-feira (13), as ações WEST3 fecharam a R$ 2,30, em queda de 5,3%.
Segundo o banco, devido à atual fraqueza no mercado de produtos para casa e decoração, o volume geral de vendas (GMV) da Westwing deve cair no segundo trimestre e chegar a apenas 11% no ano como um todo, sem gerar Ebitda positivo.
Projeção de crescimento da Westwing segundo o JP Morgan:
GMV:
- 2022: 4%
- 2023: 6%
Receita:
- 2022: 5%
- 2023: 6%
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