Unicórnio brasileiro, Neon capta R$ 1,6 bilhão com o BBVA de olho em públicos de média e baixa renda
Todo o investimento foi realizado pelo BBVA, que mais uma vez tenta entrar no Brasil depois de tentativas frustradas no passado
A letra de “Tente Outra Vez”, clássico de Raul Seixas, pode ser analisada sob múltiplos aspectos. De autoajuda fajuta a uma canção de persistência, o momento da vida do ouvinte influencia diretamente a forma como ela será interpretada.
Se os executivos do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) ouviram a música durante sua estada no Brasil na virada do milênio, não temos como saber, mas é inegável que de algum modo sua mensagem universal acabou captada por seus sucessores.
O BBVA era parte integrante da paisagem de diversas capitais brasileiras na passagem do século 20 para o 21. A instituição financeira espanhola havia comprado o banco Excel Econômico em 1998 e tinha grandes planos para o Brasil. Em 2003, entretanto, o BBVA acabou vendendo sua operação local para o Bradesco por R$ 2,7 bilhões.
Laçando o unicórnio
Agora o BBVA tenta regressar ao país por meio de um unicórnio brasileiro. Desde 2016, a instituição vem sondando fintechs latino-americanas por intermédio da BBVA Ventures. Agora, o banco espanhol decidiu aportar US$ 300 milhões, quantia equivalente a R$ 1,6 bilhão, na brasileira Neon.
Fundada em 2016, a Neon é vista como um dos mais promissores unicórnios brasileiros, como são designadas as startups cujo valor de mercado supera a marca de US$ 1 bilhão.
Foco nos trabalhadores
A expectativa é de que o dinheiro seja investido em tecnologia, marketing e produtos para acelerar a meta da Neon de se transformar no principal fornecedor de crédito a trabalhadores de média e baixa renda.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
Para isso, a empresa quer turbinar a criação de produtos baseados na Democredit, uma plataforma de inteligência proprietária para o direcionamento de crédito.
A Neon afirma ter triplicado de tamanho ao longo de 2021, chegando a 15 milhões de clientes. Destes, 88% pertencem às classes C, D e E. A movimentação mensal em transações da fintech gira em torno de R$ 5,8 bilhões.
“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa”, diz Pedro Conrade, fundador da Neon.
“A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores. A Neon já cresceu muito e está cada dia mais sólida, mas uma coisa nunca mudou, nosso propósito de melhorar as finanças do trabalhador brasileiro, que é o que nos move. Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores.”
Pedro Conrade, fundador da Neon.
Na avaliação de Carlos Torres Vila, presidente do conselho do BBVA, os produtos financeiros da Neon estão conectados às necessidades financeiras do público brasileiro. “Além disso, tem capacidade para continuar crescendo rapidamente, além de ter um potencial de lançamento de produtos com muita agilidade em um mercado com tanto potencial como é o Brasil”, diz ele.
Desde maio de 2018, considerando a captação anunciada hoje, a Neon já recebeu quase de R$ 3,7 bilhões em investimentos.
Confira a cronologia dos aportes recebidos pela Neon:
- Maio de 2018: R$ 72 milhões em rodada série A (participantes: Propel Venture Partners, Monashees, Quona Capital e Flourish Ventures);
- Novembro de 2019: R$ 400 milhões em rodada série B (participantes: General Atlantic, Banco Votorantim e alguns acionistas, entre eles a Propel);
- Setembro de 2020: R$ 1,6 bilhão em rodada série C (participantes: General Atlantic, BlackRock, Vulcan Capital, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e Propel).
- Fevereiro de 2022: R$ 1,6 bilhão em rodada série D (participante: BBVA).
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil